Eu estava sentada ao seu lado e olhava para o seu perfil concentrado no que fazia. Reparei o quanto bonito ele era, disfarcei assim que ele virou seu rosto.
— O que foi Elena?
— Nada.
— E por que estava me encarando?
— Não foi nada, Thur. — Apressei-me a sair da cama.
Ele ficou me olhando, então resolvi falar o que sentia.
— O que aconteceu com a gente, Arthur? Sinto falta da nossa amizade.
— Não sei. — Ficou calado e não me olhava.
— Thur, olhe para mim.
— Para que, Elena? — Seus olhos não encontravam os meus.
— Eu quero falar com você, olhando nos seus olhos.
Ele levantou seu olhar, inseguro, apreensivo.
— Fala?
— Eu acho que gosto de você.
— Você acha? — perguntou com um sorriso fraco.
— Acho.
— Mas você sabe que nunca vai poder rolar nada entre a gente, não é?
— Por quê? — perguntei baixo.
— Nossa família, seu pai, somos primos!
— Mas, não somos primos de verdade. Thur.
— Mas para nossa família somos. Vamos deixar tudo como está, ok?
— Eu não tenho medo de falar com meus pais, eu gosto de você e não aguento mais esconder isso.
— Por favor, não torne tudo mais difícil. — Arthur, falou se levantando e andando pelo quarto.
— Mais difícil?! — fui em sua direção.
— Por favor, Elena. — Ele tentou se esquivar.
Eu o abracei e coloquei meu rosto em seu peito.
— Mas que droga, Elena! Não faz isso — falou me tirando de seus braços
— Mas eu sempre te abracei!
— Mas agora é diferente. Você não entende? Não somos mais crianças, podemos cometer erros que levaremos para o resto das nossas vidas.
— Não leve tudo tão a sério, Arthur.
— Não consigo agir de outra forma.
— Fica comigo. — Pedi com meus olhos fixos nos dele.
— Não. Não podemos.
— Se quiser manteremos tudo escondido. Ninguém nunca saberá.
— Estou namorando.
— O que? — perguntei em um sussurro.
— Estou namorando com a Bruna.
Caí sentada sobre a cama e não podia acreditar. Ele estava com ela?!
— É mentira! Você está dizendo isso para fugir. Para não enfrentar o que estamos sentindo.
— Não é isso.
— Vai em embora! Sai daqui! Esquece tudo o que eu te disse. Sai!
Ele me olhou indeciso, mas saiu.
Caí em minha cama e chorei muito.
Nossa rotina na faculdade continuou. Nos primeiros dias não nos falamos, depois aos poucos voltamos a nos falar, mas nunca tocando no assunto sobre aquele dia. Fizemos como se ele nunca estivesse existido. Comecei a sair com minhas amigas e nos esbarrávamos em algumas baladas, mas só nos cumprimentávamos, fiquei com alguns carinhas, mas nada passou de uns beijinhos, não queria um namorado, meu coração já tinha dono e por mais que eu tentasse arrancá-lo de dentro de mim ele permanecia lá, intocado, guardado. Eu cheguei a vê-lo com a talzinha duas vezes e quase morri.
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Espera-me (Degustação)
RomanceCapítulos para degustação O livro ficou completo na plataforma até dia 14/08 Lançamento na Amazon dia 20/08 Sinopse Estava silencioso, estava escuro, mas eu sentia o perfume. Pelo menos aquilo não me fora tirado... Tentei mexer o meu corpo, mas ele...
Capítulo quatro
Começar do início