Quando em Vegas

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Ele não acredita em mim, mas não expressa isso em palavras. No lugar, opta por perguntar da minha vida.

— Você parece íntima dos seus sócios, conhece eles há muito tempo?

— Namorei o Pierre na escola, depois o Oliver na faculdade, e o Pierre de novo então, aí vi que não nasci pra isso e foquei na minha carreira.

Ele ergue uma sobrancelha.

— Nós somos casados, você lembra, certo?

— O modo como nos casamos só comprova o meu ponto. Não é como se eu nunca quisesse me casar, estava até olhando em um aplicativo alguém para fazê-lo e mostrar a minha família que me casei, assim eu poderia ficar livre das questões do tipo "por que você está sempre sozinha?" com uma cara de choro e uma explicação de que sou divorciada. Você apareceu, não precisei do aplicativo. Obrigada, eu acho.

Ele ri. Olho para ele, e a risada morre.

— É sério isso? Você ia se casar com um cara qualquer de aplicativos de encontros?

— Que eu saiba, você é um espécime de um cara qualquer.

— Eu não farei mal a você. — ele franze o cenho.

— Negação é o primeiro passo de um criminoso.

— Julia. — ele diz irritado.

— Raiva o segundo.

— Você está citando as fases do luto para justificar algo que nem existe? Eu não sou um criminoso, Julia. Sei que você viu que não tenho ficha.

Não tem mesmo, mas irritar ele é divertido. O garçom chega com a comida e eu devoro ela. Ergo o olhar para um Dustin chocado.

— Que foi?

— Como você consegue comer tão rápido e para onde vai toda essa comida?

Olho para o prato ainda cheio dele e não escondo a minha surpresa.

— Por que você come tão devagar?

— Por que é saudável? Eu tenho um estômago no lugar de um triturador, já você eu duvido muito.

— Não tenho tempo para descobrir cada grama de sal de uma batata frita.

— Mas terá para os problemas estomacais que você irá adquirir, certo? Acho importante saber, só para o caso de... você sabe, sua herança e tudo mais. — ele pisca.

Entorto a cabeça, interessada.

— O que você acha que tem a ver com a minha herança, Dustin?

Ele faz uma expressão surpresa.

— Você sabe o meu nome!

— Eu já disse o seu nome hoje, Dory. Isso foi pelo peixinho. Mas sabe, você combina mais com... não sei, Dalton. — arregalo os olhos — Dalton é perfeito! Você entendeu a piada? Rutherford e Dalton?

— Eu entendi que foi uma coincidência química, mas para ser um pouco engraçado pelo menos, você deveria se esforçar um pouco mais. Do tipo escorregar em uma ladeira ou talvez contratar alguém realmente engraçado para dizer isso. Aqueles caras que contam tudo com uma risada engraçada por exemplo, ou melhor! Literalmente qualquer pessoa no mundo!

Dou de ombros, nada ofendida.

— Eu já perdi um concurso por isso, você dizer nem me faz cócegas. Continue me ofendendo, ou tentando, em público principalmente, e eu vou conseguir uma grana sua no divórcio e doar para qualquer coisa que você odeie.