— Bem vindo ao Time, Nara é meu nome a propósito.
Durante maior parte da viagem Nara não disse mais nada, se limitava apenas a segui-los. Não porque preferisse assim, mas porque não entendia tudo o que eles diziam. Quando Dona Kaline a abraçou alguma coisa mudou e de repente podia entender a todos.
— Já sabemos qual a habilidade recém adquirida da mamãe. — disse Marcos.
Enquanto os outros conversavam a cabeça de Ulisses não parava de trabalhar. Foi quando ele bateu na própria testa:
— Entendi, quando acertei aquela besta eu não queria machucá-la eu queria apenas que ela parasse de te atacar.
— Então você bateu nela com o osso e ela magicamente desmaiou... — concluiu Argon sarcasticamente.
Ulisses colocou o osso nas mãos de seu interlocutor e este entendeu. Aquele osso era leve como uma pluma, não teria como ferir ninguém com ele.
— Este objeto pode fazer dormir todos que o tocarem.
— Se é assim porque o papai continua de pé? — perguntou Marcos.
— Acho que entendi, tenho que desejar para que aconteça.
Palmer aproveitou a caminhada, aparentemente tranquila, para conversar com Nara, queria tirar algumas dúvidas com ela. Porém, quando este lhe inquiriu sobre como chegou àquele mundo, ela pareceu não saber, o que já era de se esperar, ninguém tinha a resposta para a pergunta mesmo.
— Como fez aquilo, sabe aquele lance de Canário negro super assustador?
— Apenas fiz. Sua mãe me protegeu das formigas até o fim. Aliás, se eu não fizesse alguma coisa estariam recolhendo pedacinhos nossos até agora.
— Obrigado por isso.
— Não agradeça, por dois motivos, primeiro; ela certamente teria feito o mesmo e, segundo; esse tipo de formigoide geralmente não ataca em grupos tão pequenos, certamente não estão agindo por vontade própria.
Quando Dona Kaline tentara proteger a garotinha ela havia se ferido, apenas um pequeno corte, deu pouca importância, com o decorrer do tempo enquanto caminhava o corte aumentou de tamanho.
Além de serem muito feias e grandes, aquelas formigas segregavam algum tipo de substância tóxica. Dona Kaline deteve-se em dizer o que havia acontecido, mas a dor havia se tornado tão forte que a fez perder os sentidos.
Marcos impediu sua mãe de cair. Por sorte estava por perto quando ela desfaleceu.
— Palmer! Pai!— gritou ele. — Alguém ajude aqui.
— O que houve? — inquiriu Argon correndo para perto de sua esposa.
A primeira a chegar, depois de Argon foi Nara, que ajudou a deitá-la de forma que pudesse respirar melhor.
— Minha nossa, de onde foi que saiu isso? — disse a menina, mostrando um corte profundo nas mãos de Kaline que mesmo inconsciente demonstrava sinais de sofrimento.
Palmer chegou seguido de Ulisses, haviam ficado para trás a fim de avisarem caso alguma coisa se aproximasse e também porque queriam testar suas novas habilidades. Argon havia tomado a dianteira para proteger os outros de um possível ataque frontal. Marcos ficou, já que ainda não descobrira suas habilidades.
— Este é o momento de usar seus poderes para alguma coisa. Temos que ajudar a mamãe. — disse Marcos quase em prantos.
Estavam todos preocupados, até aquele instante fizeram uso de seus poderes como forma de proteção e nenhum deles sabia exatamente como ajudar à amiga.
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Acesso Irrestrito
FantasyA viagem entre universos é controlada por facções e povos isolados. No mais brasileiro dos jeitinhos, humanos da Terra 1( todos tem essa ideia fixa na cabeça), se infiltram nas instalações de uma dessas facções e conseguem acessar sua base de dados...
08 - O poder da amizade
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