08 - O poder da amizade

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— Bem vindo ao Time, Nara é meu nome a propósito.

Durante maior parte da viagem Nara não disse mais nada, se limitava apenas a segui-los. Não porque preferisse assim, mas porque não entendia tudo o que eles diziam. Quando Dona Kaline a abraçou alguma coisa mudou e de repente podia entender a todos.

— Já sabemos qual a habilidade recém adquirida da mamãe. — disse Marcos.

Enquanto os outros conversavam a cabeça de Ulisses não parava de trabalhar. Foi quando ele bateu na própria testa:

— Entendi, quando acertei aquela besta eu não queria machucá-la eu queria apenas que ela parasse de te atacar.

— Então você bateu nela com o osso e ela magicamente desmaiou... — concluiu Argon sarcasticamente.

Ulisses colocou o osso nas mãos de seu interlocutor e este entendeu. Aquele osso era leve como uma pluma, não teria como ferir ninguém com ele.

— Este objeto pode fazer dormir todos que o tocarem.

— Se é assim porque o papai continua de pé? — perguntou Marcos.

— Acho que entendi, tenho que desejar para que aconteça.

Palmer aproveitou a caminhada, aparentemente tranquila, para conversar com Nara, queria tirar algumas dúvidas com ela. Porém, quando este lhe inquiriu sobre como chegou àquele mundo, ela pareceu não saber, o que já era de se esperar, ninguém tinha a resposta para a pergunta mesmo.

— Como fez aquilo, sabe aquele lance de Canário negro super assustador?

— Apenas fiz. Sua mãe me protegeu das formigas até o fim. Aliás, se eu não fizesse alguma coisa estariam recolhendo pedacinhos nossos até agora.

— Obrigado por isso.

— Não agradeça, por dois motivos, primeiro; ela certamente teria feito o mesmo e, segundo; esse tipo de formigoide geralmente não ataca em grupos tão pequenos, certamente não estão agindo por vontade própria.

Quando Dona Kaline tentara proteger a garotinha ela havia se ferido, apenas um pequeno corte, deu pouca importância, com o decorrer do tempo enquanto caminhava o corte aumentou de tamanho.

Além de serem muito feias e grandes, aquelas formigas segregavam algum tipo de substância tóxica. Dona Kaline deteve-se em dizer o que havia acontecido, mas a dor havia se tornado tão forte que a fez perder os sentidos.

Marcos impediu sua mãe de cair. Por sorte estava por perto quando ela desfaleceu.

— Palmer! Pai!— gritou ele. — Alguém ajude aqui.

— O que houve? — inquiriu Argon correndo para perto de sua esposa.

A primeira a chegar, depois de Argon foi Nara, que ajudou a deitá-la de forma que pudesse respirar melhor.

— Minha nossa, de onde foi que saiu isso? — disse a menina, mostrando um corte profundo nas mãos de Kaline que mesmo inconsciente demonstrava sinais de sofrimento.

Palmer chegou seguido de Ulisses, haviam ficado para trás a fim de avisarem caso alguma coisa se aproximasse e também porque queriam testar suas novas habilidades. Argon havia tomado a dianteira para proteger os outros de um possível ataque frontal. Marcos ficou, já que ainda não descobrira suas habilidades.

— Este é o momento de usar seus poderes para alguma coisa. Temos que ajudar a mamãe. — disse Marcos quase em prantos.

Estavam todos preocupados, até aquele instante fizeram uso de seus poderes como forma de proteção e nenhum deles sabia exatamente como ajudar à amiga.

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