𝐓𝐰𝐞𝐧𝐭𝐲-𝐓𝐰𝐨

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𝟐𝟓 𝐝𝐞 𝐣𝐮𝐥𝐡𝐨 𝐝𝐞 𝟐𝟎𝟏𝟗.
𝐑𝐢𝐨 𝐃𝐞 𝐉𝐚𝐧𝐞𝐢𝐫𝐨, 𝐁𝐫𝐚𝐬𝐢𝐥.

Como o prometido, Francisco embarcou em uma viagem para o Brasil, logo depois de entrar de férias. As férias do jogador coincidiram com a data do aniversário da brasileira, o que só fez tudo ser ainda mais especial.

O recesso não era longo, mas era o suficiente, para eles conseguirem fazer uma ótima viagem até o Brasil, para apresentar o país, a família Alarcón.

A viagem começou na cidade do Rio De Janeiro, onde a família espanhola se encontrou com a brasileira, e aprenderam, juntos, um pouco mais daquela cultura, que era bem diferente da deles.

Mas como Camila não queria que a viagem acabasse por ai, ela planejou uma ida, não muito longa, até Arraial Do Cabo, um dos lugares preferidos da garota.

A cidade era pequena, e Camila sabia que não seria preciso mais de cinco dias para que o noivo e sua família conhecessem tudo.

Naquele dia, a menina estava completando os seus vinte e seis anos de vida, e sabia que a melhor maneira de comemorar, era levando todos para um passeio de barco, onde passariam pelos locais mais belos que alguém poderia conhecer.

— Cala, o barquinho vai nos levar aonde? — Junior perguntou.

— Nós vamos a vários lugares hoje, vamos visitar várias praias e nadar em alto mar, na água bem geladinha. O que acha? — Camila respondeu, pegando o enteado no colo.

— Mas eu não trouxe minha bóia!

— Você achou mesmo, que eu fosse trazer você pra fazer um passeio desses, e não traria a sua bóia? — ela disse, fazendo cócegas na criança, que se contorceu e riu.

— Sobre o que os amores da minha vida estão conversando? — Francisco perguntou, se sentando ao lado dos dois.

— Cala tava me dizendo, que nós vamos nadar no mar, e conhecer várias praias!

— É mesmo? Que passeio legal esse que nós vamos fazer, não é?

— Sim! — Junior disse, e soltou um gritinho animado.

Camila riu, e começou a pensar, em como aquela criança havia entrado em seu coração, de uma maneira, que provavelmente, nunca mais sairia.

🌼🌼🌼

O passeio não estava muito longe de acabar, já que eles estavam na última etapa: Nado em mar aberto.

Depois de colocar as bóias de braço no enteado, Camila pulou do barco junto da criança, e logo depois, foi a vez de Francisco.

— Cala, é tão clarinho e limpinho! — Isquinho disse, encantado com aquela imensidão de água salgada.

— A água aqui, é muito limpinha! Mas isso só acontece, porque isso aqui é uma reserva ambiental, controlada pela Marinha brasileira, e eles cuidam muito bem! — Camila explicou, vendo que a família espanhola prestava atenção na conversa dos dois.

— O que é uma reserva ambiental? — a criança perguntou.

— É um lugar que tem plantas naturais. E por ser controlado pela Marinha, acaba se tornando uma reserva ecológica também! — a brasileira explicou.

— Reserva ecológica? — Junior perguntou, de novo.

— Um lugar que cuida de plantas e animais, para que eles continuem seguros em suas casinhas!

— Ah! Papai, a nossa casa pode ser uma reserva ecológica?

Os adultos gargalharam.

— Podemos tentar!

Camila explicou a família, sobre como as pessoas tem se mobilizado no Rio De Janeiro, e trocado os plásticos e coisas não degradáveis, por coisas reutilizáveis ou biodegradáveis. Inclusive, citou Fernando De Noronha em sua fala, e falou sobre o lugar ser o primeiro no mundo, a proibir objetos de plástico.

— Muito legal a atitude que vocês estão tendo em relação a isso! — Jenny falou.

— Não vai ser a solução de todos os problemas, mas já é um começo! — Camila disse — Mas as pessoas também precisam se conscientizar, porque não adianta começar a usar produtos veganos e biodegradáveis, e continuar jogando lixo nas ruas.

O barqueiro chamou eles para voltarem ao barco, pois o tempo do passeio estava acabando.

Depois de todos voltarem ao barco, Francisco tirou as bóias do filho, e deixou a criança correr pelo barco.

Camila estava deitada do outro lado do barco, em um espaço destinado a isso, enquanto conversava com a sogra e a mãe. Francisco foi até elas, mas antes mesmo que pudesse falar algo, Jenny e Monica se levantaram.

— Nós vamos pegar alguma coisa pra comer, e deixar vocês dois a sós! — Jenny disse, e Monica assentiu.

Depois que as duas mais velhas saíram de perto, o espanhol se deitou ao lado da noiva, e a puxou para seus braços.

Os dois ficaram alguns minutos abraçados, sem falar nada, apenas aproveitando o momento.

— Essa está sendo a melhor viagem da minha vida! — o espanhol disse, e viu a garota sorrir.

— Nunca tive um aniversário tão incrível como esse!

— Que bom, porque essa era a intenção.

Os dois ficaram mais alguns minutos abraçados, enquanto conversavam sobre assuntos aleatórios e riam.

Do outro lado do barco, os pais do casal conversavam sobre os filhos, enquanto observavam os dois.

— O amor desses dois é muito forte, pra ter surgido nessa vida. — Monica falou.

Camila fora criada indo ao Lar De Frei Luiz, uma casa espírita na zona oeste do Rio De Janeiro, e da qual se orgulhava muito de dizer que tinha frequentado.

E o espiritismo tinha uma explicação muito simples para os amores tão fortes, como o de Camila e Francisco: Eles se conheceram em outras vidas, se amaram em todas, e eram realmente destinados a ficarem juntos, mesmo depois que essa vida acabasse, e outra começasse.

— Só Deus sabe o quanto nós oramos, para nossa garotinha ficar bem! — Marcelo, pai de Camila, falou.

— Deve ter sido horrível para vocês, vê-la passando por tudo aquilo! — Jenny disse.

— Nós achávamos que ninguém conseguiria ajudá-la, e que tudo o que poderíamos fazer, era apoiá-la, enquanto ela se recuperava, sozinha. — Monica disse — Mas no final, descobrimos que o Francisco era a única pessoa que realmente poderia ajudar. Ele trouxe a nossa filha de volta, e nós seremos eternamente gratos por isso!

Os pais do espanhol sorriram, emocionados com a fala dos dois brasileiros.

A família Bianco-Ambrosia era uma família muito unida, e que se amava muito, e por muito tempo, durante o ex-relacionamento da filha, se afastaram. E com a recuperação total da filha, eles voltaram a se unir. Por isso, diziam que Francisco, além de ter trazido a garota de volta, ajudou a família a se unir novamente.

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