— Nem um pouquinho? — Perguntei, me acovardando e sentindo que estava chegando a hora de a gente conversar. 

— Nem um pouquinho. — Ela respondeu, dando um sorriso. 

De algum jeito, eu sabia que iria voltar pra ela, aquele sorriso me confirmava. Mesmo que eu ainda não conseguisse acreditar que eu conseguiria ficar com uma pessoa só, Lívia me dava uma certa esperança. 

A parte ruim é que para que ela tivesse esperança eu tivesse que ir embora. E eu sabia. 

— Tu não quer assistir um filme? — Perguntei, minhas mãos tocando as suas pernas, a nossa posição inundando meus pensamentos de novo. 

Eu senti minha pálpebra cair enquanto examinava a sua boca rosada, o jeito que ela passava a língua no seu lábio inferior, os olhos um de cada cor passando pelos meus braços e indo até meu torso, suas mãos seguindo o mesmo caminho. 

Lívia não precisava responder que eu já sabia o que ela estava pensando, só não conseguia acreditar.

Fiquei quieto e esperei ela parar de explorar meu corpo. Quando ela terminou, se levantou devagar nos joelhos, ajeitando o seu corpo que ficasse mais perto de mim, o meio das suas pernas encaixando com o meio das minhas e a minha coluna arrepiou. 

— Tu não quer fazer isso, Lívia. Fala que tu quer que eu vá embora. — Disse, segurando a cintura para que ela parasse com aquela tortura, a mistura dela chorando e a vontade que nos rondava. 

— Eu quero que tu vá embora. — Ela disse, a voz fraca e embargada, mas decidida. — E se tu quiser ir agora, tudo bem...Mas fica mais um pouco.

— Lívia, — Falei o nome dela, uma súplica. — Por favor, sonho. 

— Eu sei que no final não vai adiantar nada, — voltou a falar, segurando o meu rosto. — Eu estou magoada e irritada, mas eu ainda penso em nós. Então pensa em mim. Tu sabe as respostas já, então... Fica comigo. 

Suas mãos me puxaram em desespero e eu beijei sua boca de forma raivosa. 

Eu pensava nela, a todo momento. Pensava em nós dois, pensava em como eu ia parar e todos os dias eu ia continuar tentando melhorar. Eu tinha as respostas, de verdade. Sabia que o melhor pra ela era não me ter morando ali, o melhor para mim era parar de beber, o melhor para nós dois era passar um tempo afastados para colocar tudo em ordem. 

E do mesmo jeito que tudo nos fazia pior um pro outro, ela ainda era a melhor coisa que tinha me acontecido. 

Virando nossos corpos, coloquei Lívia com as costas no colchão, minhas mãos passando pelo seu corpo e nossas lágrimas se misturando no beijo. 

Minha mão tocava o seu seio, indo na direção da sua calça simples e de pijama. Eu abaixei sua calça, saindo do nosso beijo para ver a certeza no seu rosto, e então minha mão desceu até onde ela estava molhada e me esperando. 

Gemi e ela também, enquanto eu dei uma puxada de leve nos pelos que ela deixava e então passava o dedo nos seus lábios e onde ela estava lisa. Nosso beijo continuou e eu massageei de leve o seu clitóris, sempre prestando atenção no seu corpo e nas suas reações. 

Lívia não se aguentou e tocou o meu membro por cima da calça, causando mais gemidos de nós dois. 

Em algum momento, os toques aceleraram e nossas bocas deixaram uma a outra só para que a gente ficasse se olhando. 

Na minha vida tinha crescido com um nome que se encaixava com tudo o que eu fazia, mas nunca tinha encontrado o que todos sempre falavam sobre o tal calcanhar. Pensava que era o fato de eu nunca conseguir ficar com uma pessoa só, mas olhando pra Lívia descobri que era sentir. 

Boa noite, Aquiles ✓Where stories live. Discover now