— Namorando? Mas você disse que não queria isso agora... Espera, é o Lino? Ah, meu Merlin, parabéns! Sabia que uma hora você ia parar de ser boba e assumir logo! — Alicia comemorou e a puxou para um abraço sufocante.

— Não! — Tori negou assim que conseguiu se livrar dos braços da amiga — Não é o Lino. Ele é só meu amigo, nada mais! — suspirou.

— Quem é então? — as três perguntaram ao mesmo tempo.

Outra vez Tori fez suspense, enquanto pensava nas palavras de seu professor e vasculhava sua mente a procura do nome menos óbvio o possível para usar como seu álibi na situação.

Até que um apareceu, parecendo perfeito para isso. Só teria que ser rápida o suficiente para convencer o menino antes dele ser atacado por milhões de perguntas das amigas.

— Cedrico Diggory! — acabou com a suspense.

Novamente as três ficaram pálidas de tamanha surpresa.

— Mas não contem a ninguém ainda. Vou contar nos próximos dias, no meu tempo. Se contarem, vou espalhar também todos os segredos das senhoras! — ela ameaçou.

— Não vamos contar nada. — garantiu Rita.

— Mais uma saindo do Clube dos Encalhados. Parabéns pela sábia decisão, Tori! — comemorou Angelina, enquanto soltava risinhos travessos.


   No dia seguinte, no café da manhã, as três meninas não conseguiam disfarçar os enormes sorrisos em direção a Tori, que as encarava com uma sobrancelha arqueada. O risinho piorou quando Cedrico adentrou o salão e seguiu para a mesa da Lufa-Lufa.

— Vocês estão com algum tipo de doença? Espero que não seja contagiosa! — Fred perguntou enquanto encarava as quatro com expressão de dúvida.

— Não podemos rir? — rebateu Angelina.

— Não se nós não soubermos da piada também! — resmungou Jorge.

— Não interessa! — resmungou Angelina, enquanto enchia a boca para não precisar fazer mais nada.

As outras duas fizeram a mesma coisa, enquanto Tori ficou quieta e com olhar meio distante.

— Tori, você é nossa melhor amiga. Nos conte! — Lino pediu e a segurou pelos ombros.

— Ai, gente, por que acham que tem alguém escondendo algo? Ninguém pode rir para o vento só por ser bobo? — ela se soltou — Eu não sei de nada, meninos, eu só sei de uma coisa... — puxou as pernas até ficar de pé no banco.

Assim como os amigos, vários olhares se direcionaram para a menina, que ficou ligeiramente corada. Ela pigarreou e respirou fundo, ergueu as mãos e começou a bater palmas de forma ritmada.

Parabéns para vocês, nessa data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida... — cantarolou lentamente e acelerou o ritmo — É pique, é pique, é pique é pique é pique. É hora, é hora, é hora é hora é hora. Rá-tim-bum... Fred e Jorge, Fred e Jorge! — deu alguns pulinhos.

Todas da mesa bateram palmas juntos, mesmo se não conheciam aquela canção. Urraram para os aniversariantes assim que Tori parou de cantar.

— Você é doida, senhorita! — concluiu Fred, enquanto encarava a amiga com um olhar e sorriso diferentes.

— Obrigada! — agradeceu, enquanto voltava a se sentar — E feliz aniversário, seus dois insuportáveis! — mesmo com os braços meio curtos, ela conseguiu abraçar os dois irmãos mesmo se pela metade.

A Bastarda de Lily Potter ⎯⎯⎯  𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈Where stories live. Discover now