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CAPÍTULO DEZOITO

Acordo com o toque estridente do meu celular soando no quarto e logo começo à procurá-lo por toda parte.

— Boa tarde, finalmente a bela adormecida resolveu atender. — escuto a voz de Elliot do outro lado da linha.

— Onde você está? — pergunto, buscando seus vestígios pelo quarto.

— Ah, sim. Já almocei. — fingiu uma gargalhada. — Sua preocupação me encanta.

— Ok, entendi. Tenho que fingir estar apaixonada agora?

— Sempre tão engraçadinha, Kate.

Aparentemente, Elliot está em público e como de costume estou conseguindo estragar todo o show.

— Onde você está, querido? — tento parecer uma mulher dócil.

Ele demora alguns minutos para me responder e escuto suas frases aleatórias mandando alguém segurar o elevador.

— Estou na empresa. Quero você aqui em 20 minutos, ok? Brian já deve estar a caminho. — diz rapidamente e desliga.

Encaro por alguns segundos o celular completamente incrédula.
O que era àquilo, afinal? Uma ordem?

Me direciono ao banheiro e, sem dúvidas, tentarei fazer com que esse banho demore horrores.
Sei que não tenho direito algum em reclamar porquê pedi para estar nessa situação. Porém, ser um pouco vingativa está no meu sangue.

Escolho ir vestindo um sobretudo preto estilo militar e uma bota cano curto que pedi de presente à Peter na nossa excursão ao império Jimmy Choo Ltd. Seja lá o que Elliot for aprontar, ao menos estarei apresentável.

Um momento depois — mais longo do que deveria, admito — estou passando pelas ruas movimentadas de Long Beach com Brian.

Não trocamos muitas palavras além de boa tarde e entre, por favor.
Ele é tão reservado e quieto que chega a ser assustador a quantidade de tempo que pode ficar imóvel.

Quando o veículo parou, Brian foi como um raio abrir a porta. Agradeci com um sorriso forçado e contenho a minha vontade de socar seu corpo para sentir seus ossos e músculos. Queria ter a certeza que não estava lidando com um robô, mas minha sanidade optou por caminhar até a grande fachada da empresa.

Esperei ser levada até lá dentro por Brian, mas ele simplesmente entrou no carro e saiu cortando o vento, me deixando sozinha em frente um idoso sem saber o que fazer.

Ok, ok. É só uma empresa.
Só preciso me identificar e pedir para falar com Elliot a qualquer pessoa bem vestida.

Suspiro três vezes antes de passar por uma porta automática deslizante e entrar.

Recebo alguns olhares alheios e peço aos céus que alguém venha falar comigo. Mas, não foi o que aconteceu.
Vejo uma loira atrás de um balcão enorme e caminho até ela.

— Olá, com licença. Você pode me informar onde encontro Elliot Watson? — perguntei formalmente e recebi um grande nada como resposta. — Ei, você! Não vai me responder? — balanço a mão perto dos seus olhos.

Procura-se uma Noiva [concluída]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora