⇒ NASH GRIER
Cancun, México.
DOIS DIAS ANTESOuvia o som do mar e respirei fundo, fechando os olhos e sentindo a brisa fresca invadir cada canto do meu corpo. Pude me deixar em paz por um segundo.
Eu disse um segundo.
— Alô? — atendi o telefone quando o mesmo tocou, sem mesmo ver quem era no visor.
— Alô? Você é doido, garoto? — Frankie soou. Me amaldiçoei mentalmente por ter atendido.
— Oi, pai.
— Você não me atende há dias. Não pode simplesmente sumir e ir para o México quando se cansa, Nash! Ainda mais faltando um mês para a sua turnê! — ele esbravejou. — Você vai pegar um avião amanhã e vai voltar à Los Angeles. Não sei o que te deu na cabeça.
Bufei, controlando a vontade de jogar o telefone longe. — Bom falar com você também, pai.
Deslizei as mãos pelos fios e me irritei só de pensar que todo aquele estresse voltaria em poucas horas e o meu bendito sossego tinha hora para acabar.
Todos os paparazzis. Todos os namoros por contrato. Toda falta de privacidade. Toda falta de tempo e toda exploração. Espairecer sempre foi um sonho que esteve longe demais para ser alcançado.
— Hola, muchacho.. — Cameron se aproximava carregando um coquetel. Sua expressão logo que fechou quando percebeu a minha. — o que aconteceu?
— Você contou, não foi, Cameron? — mantinha o olhar baixo para a areia nos meus pés.
— Desculpa, cara. Ele me pressionou. — meu amigo se sentou na cadeira de praia ao meu lado enquanto seu olhar trazia dúvidas sobre como eu me sentia.
— É claro que pressionou. — revirei os olhos.
— Qual foi, Nash? Eu precisei contar! — Cameron brigou. — Não podemos nos esconder no México pra sempre.
— Você não sabe! E não me trate como uma adolescente mimada.
— Então pare de agir como uma.
Movi olhar lentamente à ele. Era fácil para Cameron julgar tudo na minha vida, afinal, ele não era submetido a nada. Não era submetido à exposições e nem à fama.
— Cala a boca, Cameron. Você tem uma vida. Não sei o que ainda faz aqui e não está aproveitando-a. — coloquei os óculos e encarei o mar à nossa frente.
— Eu estou, muchacho. — ele deu um gole do seu coquetel e o passou pra mim. — Pega leve. Você consegue fazer isso.
— Tudo bem..
— Melhores amigos desde à nona série do colegial e parceiros unidos até a morte da Lady Gaga? — ele estendeu à mão para fazermos o nosso toque. À época do colégio logo veio a minha mente.
— Até a Gaga.
•
Me remexia na cadeira do avião enquanto Cameron tagarelava um monte sobre o quão fodido eu estaria se minhas fãs descobrissem que eu fiz uma viagem escondido para o México. Ignorava tudo, rolando o feed do Instagram.
Ri quando vi que Frankie estava postando na minha conta de passando por mim, e falhando completamente. Em alguns minutos o avião pousou e eu já pude enxergar dezenas de pessoas no aeroporto.
Uma gritaria imensa foi ouvida quando Cameron saiu do avião. Antes que eu pudesse seguir seus passos, Phoebe se juntou à mim.
— Hey, Nashy! Onde esteve? — ela posicionou seus óculos e me entregou outros.
— Não é da sua conta. — dei de ombros.
— Não deveria falar assim com sua namorada.
— Você não é minha namorada, Phoebs.
— Meu contrato diz o contrário.
Revirei os olhos, suspirando e vendo todos os segurança se instalarem ao meu lado, junto à Phoebe, que é lógico, aproveitou toda a gritaria para chamar atenção.
Coisa que ela não deveria ter feito, visto que em poucos minutos o aeroporto de encontrava abarrotado de garotas.
Esperei minha mala azul vir rápido, e ela havia chegado completamente surrada e amassada. Ignorei o fato, correndo para o carro o mais rápido que eu pude.
E eu estava de volta à aquela morte dolorosa e mais disposto do que nunca para largar tudo e voltar para o México.
YOU ARE READING
STARSTRUCK ➶ n. grier
Fanfiction+nashgrier | ❝As pessoas não são o que parecem, Tatte❞ No qual Tatte se vê em uma bola de neve quando troca, por engano, suas malas com o popstar Nash Grier. ✽ darknessgrier, 2018.