A vontade de chorar se faz presente. Não sei exatamente porque chorar, mas quero.
Quero me livrar desse nó que se formou em minha garganta, de uma forma que parece as pessoas que me fizeram ficar assim. Me sufocando até eu implorar por ar.
Mas quem disse que eu quero ar?
Nessas horas a morte seria bem vinda, bem recebida e melhor ainda:
- Seria libertadora!
Mas ao mesmo tempo que penso em desistir, uma força descomunal se fazer presente, querendo que cada pessoa sofra, pelo que já me fizeram passar.
Não pareço normal. Não sou!
Para minha idade seria ótimo arrumar um emprego, e sair, do fundo do poço, onde me encontro neste exato momento.
Sem força, sem vontade, sem consciência, em minha mente. Mais pareço um boneco, onde se as pessoas falam eu fasso.
Com isso sou guiada até um lago. Neste lago se encontra minha salvação. A única coisa que me acolhe de braço abertos, sempre disposta se ajudar, ou curar este sentimento tão forte, contra os outros.
- Raiva é o nome desse lago!
Lago onde se eu quisesse me afundar, poderia, ninguém estaria por perto para dizer "NÃO!" ou "vamos conversar".
A morte por esse lado seria mais fácil. Poder descontar minha raiva em alguma pessoa, com certeza é a coisa que eu mais gostaria.
- Chorar (tristeza, angústia, sofrimento) morrer sufocada pelas pessoas a minha volta.
- Raiva (sem controle, impulsividade, cagando e andando pro mundo) morrer afogada, depois da vingança a todos que me fizeram sofrer, gritando e implorando para eu os matar.
Mas a diversão não dura para sempre, basta agora escolher, entre essa duas opções!
como morrer?
VOCÊ ESTÁ LENDO
O meu lado sociopata
PoesiaÉ fácil julgar uma pessoa, com esse tipo de "problema" psicológico. Eu sei.... Eu era assim, até me encontrar, até descobrir que vivia em um casulo onde era protegida das pessoas e do mundo.
