Capítulo 1- O voto

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Era colonial. Aldeia de Luambaka, quinhentos quilômetros de distância da cidade. Chikinha, a virgem. Com o corpo e cabelos da cor do caramelo. Um metro e sessenta e seis de altura. Pele lisa que brilhava como se fosse ouro e dona de um doce e inocente olhar. Uma morena rara, não só por ter chegado aos vinte e cinco anos pura, mas, por ser considerada a mais limpa entre as negras da senzala. A cada aniversário, sua virgindade era o assunto principal entre os brancos. Ela tinha um esbelto corpo de deixar maluco qualquer homem que a observava, até mesmo gozar só de olhar para ela andando, bailando as grandes nádegas duras e empenadas, com as fitas dos vestidos deslizando-se suavemente pelos braços, transparecendo assim os mamilos dos seus peitos de tão acesos e pontuados que eram. Chikinha, sempre quis casar, aliás, esse era um voto que fizera a si mesma quando viu sua tia Penina a ser chamada de "bandida" ao descobrirem que estava grávida de um homem casado , mesmo não tendo opção para construir uma família, de tão feia que era. O mesmo drama que sua mãe viveu em sua gravidez, nem ela sabia quem foi seu pai. Para ela, a palavra "prazer" só seria conhecida , na noite de núpcias de seu casamento.

Essa era a resposta que os homens daquela aldeia já sabiam decorado, que a princípio muitos não acreditavam, pois o assédio sobre a jovem eram além fronteiras. Homens ricos e poderosos, das aldeias vizinhas, em visita de negócios, traziam também fortunas só para terem nem que seja uma noite com a virgenzinha, que se mantinha fielmente a sua promessa, tendo negado-os a todos .

Chikinha sabia muito bem o que queria na vida, apesar das boas condições ao lado de sua senhora, nunca foi de se interessar por jóias, ouros ou roupas de luxo. Ela mantinha sempre as suas condições de casamento, e, infelizmente, nem brancos, como negros, a queriam casar, por tamanho assédio que ela acumulava ao seu redor.

A aposta estava aberta, a sorte foi lançada no ar e o homem que concordasse em casar com ela, seria acomodado de bens, caso resolvesse contar detalhadamente a todos em praça pública, como a fez gritar de prazeres, e, vingando-se assim dela por ter renunciado a todos. Na verdade, seria um casamento de brincadeira. Só mesmo para amputar a frescurinha da negrinha que não queria abrir as "pernas".

Isso era um desafio e tanto, a negrinha era esperta demais, pois sua senhorinha Kerolaine, era uma viúva assanhada, recebia muitas cartas de admiradores e ensinou Chikinha a ler e escrever, saber ser uma dama e deixar os homens doidos por ela, essa era a táctica que Kerolaine usará, para seduzir o seu segundo marido, que infelizmente morreu de cancro, mas porém, deixou-lhe uma fazenda cheia de riquezas, inclusive, uma mina de petróleos.

Uma donzela na senzala (Retirado no dia 10/09/2018 para publicação )Where stories live. Discover now