Bingley foi pontual em seu compromisso; e ele e Mr. Bennet passaram a manhã juntos, como fora combinado. O último estava muito mais agradável do que seu companheiro esperara. Não havia nada de presunção ou de fantasia em Bingley que poderia provocar seu ridículo ou enojá-lo em silêncio; e estava mais comunicativo e menos excêntrico do que o outro jamais o vira. Bingley, claro, voltou com ele para o jantar; e, à noite, a invenção de Mrs. Bennet foi novamente colocada em trabalho para tirar todos do caminho dele e de sua filha. Elizabeth, que tinha uma carta para escrever, foi para a sala de desjejum com esse propósito, logo depois do chá; pois, como todas as outras iam se sentar para os jogos de cartas, ela não poderia ser cobrada a contra atacar os planos de sua mãe.

Mas, ao voltar para a sala de estar, ao concluir sua carta, viu, com infinita surpresa, que havia razão para temer que sua mãe fora muito engenhosa para ela. Ao abrir a porta, percebeu sua irmã e Bingley juntos diante da lareira, como se engajados em firme conversa; e tivesse isso levado a nenhuma suspeita, os rostos dos dois, já que eles apressadamente se voltaram e se distanciaram um do outro, teriam dito tudo. A situação era muito constrangedora; mas a dela, ela pensou ser ainda pior. Nem uma sílaba foi emitida por ambos; e Elizabeth estava a ponto de ir embora novamente, quando Bingley, que assim como a outra tinha se sentado, subitamente se levantou e sussurrando algumas palavras para a irmã dela, saiu da sala.

Jane não poderia ter reservas com Elizabeth, de quem a confiança lhe dava prazer; e, instantaneamente lhe abraçando, reconheceu, com vívida emoção, que ela era a criatura mais feliz do mundo.

"Isto é demais!", ela acrescentou, "excessivamente demais. Não mereço isto. Ó! Por que não estão todos felizes?"

As congratulações de Elizabeth foram dadas com uma sinceridade, uma candura, um prazer, que as palavras mal poderiam expressar. Cada frase de bondade era uma nova fonte de felicidade para Jane. Mas ela não se permitiria ficar com sua irmã, ou dizer metade do que restou para ser dito sobre o presente.

"Devo procurar agora para minha mãe", ela exclamou. "Eu não iria de forma alguma desprezar a afetuosa ajuda dela; ou permitir que escute de alguém que não eu mesma. Ele já foi falar com meu pai. Ó! Lizzy, saber que o que tenho para contar dará tanto prazer para toda a minha família! como devo suportar tanta felicidade!"

Ela então correu até sua mãe, que de propósito interrompera o jogo de cartas, e estava em seu quarto com Kitty.

Elizabeth, que foi deixada sozinha, agora sorria com a rapidez e a tranquilidade com que o caso foi finalmente resolvido, que lhe dera tantos meses de suspense e irritação.

"E isto", disse ela, "é o fim de toda a circunspeção ansiosa de seu amigo! De toda a falsidade e artifício da irmã dele! O conclusão mais feliz, mais sábia e mais lógica!"

Em poucos minutos Bingley se juntou a ela, cuja conferência com o pai dela tinha sido curta e objetiva.

"Onde está sua irmã?", disse ele apressadamente, assim que abriu a porta.

"Com minha mãe, no andar de cima. Descerá em um instante, ouso dizer."

Ele então fechou a porta e aproximando-se dela, rogou pelos bons votos e a afeição de uma irmã. Elizabeth honesta e sinceramente expressou seu prazer com o futuro do relacionamento deles. Cumprimentaram-se com grande cordialidade; e assim, até que a irmã descesse, teve de ouvir tudo o que ele tinha a dizer sobre sua felicidade e as perfeições de Jane; e, apesar de estar apaixonado, Elizabeth realmente acreditou que todas as expectativas de alegria eram fundamentadas na razão, pois tinham como base a excelente compreensão e o temperamento extraordinário de Jane, e uma similaridade geral de sentimentos e de gostos entre ela e ele.

Orgulho e Preconceito (1813)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora