- Isabela! Daqui  a 10 minutos esteja dentro de casa.

Me assustei  com a atitude dele e respondi  que entraria  em alguns instantes. Ele se virou  para o Leonardo  e foi ríspido.

- Quanto  a você  deputado. Minha filha é muito nova para abraçar  problemas alheios. - se vira e entra. 

Sinto Léo ficar tenso  e olho  para ele. Não  me olha, continua  com os olhos  vidrados na porta de casa.

Seguro seu rosto  e o obrigo a olhar para mim. Ele faz e vejo medo em seus olhos.

- Esquece  o meu pai. Deve ter sabido tudo de forma deturpada.  Confia  em mim.  - peço e o beijo.

Ele se agarra em mim como se fosse nosso último  contato.  Me beija com uma furia que me assusta.  Começo  a fazer carinho nas costas dele e vai diminuindo o ritmo e me beija de forma branda.

- Por favor, não  me deixa. Não  agora. - pede  desesperado. 

- Não  vou te deixar. Ainda estou muito magoada com você  mas serei incapaz  de te abandonar  num momento desses. - digo sinceramente.

- Agora vai. Não  piore sua situação  com seu pai. Nos falamos  mais tarde! -  ele diz, me espera abrir  o portão  e entra no carro.

Ficamos nos olhando  por um  bom tempo. Ele estava tão  triste  que me deu vontade  de abraçá-lo e nunca mais soltar.

- Bella!! - Ele fala  e me volto  para olhá-lo. - EU TE AMO!!!! - ele grita e não  acredito  no que escuto.  Dou o meu  melhor  sorriso  e ele sai.

Entro em casa ainda em êxtase. Léo disse que me ama pela primeira vez. Que felicidade.  Estou parecendo  uma boba. Nem consegui responder  nada. A verdade é que também  o amo, mas nunca senti  segurança  para dizer.

Meus pais estavam na sala sentados no sofá  me esperando. Sei o que me espera. Para que protelar?

- Estavam me esperando? - pergunto.

- Sim senhora.  Ainda bem que sabe. Sente! - diz zangado.

- Otávio! Vá devagar. - minha mãe  o repreende.

- Isabella. Me orgulho muito de você  nunca ter dado trabalho.  E sei que vai continuar  assim. - diz.

- Vai direto  ao ponto pai. - Peço impaciente.

- Se afaste desse homem Isabellla. Ele não tem nada a te oferecer. Soube que ele é casado. - diz nervoso.

- Eles não vivem  mais como um casal pai. Por isso ela inventou essa maluquice. - respondo  rápido.

- Que seja. Mas não quero esse relacionamento entre vocês e tenho certeza que você não vai querer  comprar essa briga comigo.  - Fala e se retira.

- Mãe! Me ajuda.  - apelo chorando.

- Tenha calma meu amor.  Espera até amanhã que a raiva dele passa. 

- E se não passar? O que eu faço? - falo sussurrando.

- Ai então veremos o que vamos fazer. - ela me beija e também  sai.

Vou para meu quarto e começo  a chorar.  Logo agora meu pai vem com essa. Justo no dia mais feliz  que escutei o homem da minha vida dizer que me ama.

Nao sei que horas dormi, mas acordo com os olhos  inchados de tanto que chorei a noite. Isso mais parece  um pesadelo.

Meu pai entra no quarto depois de bater de leve na porta. Me beija na testa.

Primeiro  olharWhere stories live. Discover now