Capítulo 5

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Por Lizzy

Eram cinco horas da tarde, quando ele entrou no meu quarto e ordenou me retirar da casa até amanhã. Por um momento fiquei sem entender. Só me pedia isso quando haveria algum roubo. E logo me dei conta de que era isso! Ele não gostava da presença de ninguém na casa quando isso acontecia. Pois costumava comemorar com seus capangas se a missão era bem sucedida, ou se drogar caso alguma coisa desse errado! Fiquei com medo se por um acaso a segunda opção pudesse acontecer. Pois a casa não estaria totalmente vazia. Sam estava aqui! Mas nada iria adiantar se eu falasse isso. Peguei minhas coisas, e estava saindo da casa rumo a um hotel não muito distante, com alguns de seus capangas em minha cola. A todo momento da noite fiquei apreensiva e o aperto no peito não passava. Me revirei naquela cama várias vezes e não conseguia pegar no sono. Quando a madrugada chegou e eu ainda estava encarando a janela meu celular tocou._ "Alô?"

"Lizzy. Graças a Deus. Preciso que venha correndo para casa! É urgente!_ sua voz estava ofegante e logo o aperto no peito voltou. Alguma coisa não estava certa.

"Já estou indo!"_ falei de uma vez. Não iria adiantar de nada fazer perguntas. Desci e logo um deles me barraram na saída. Como vou sair daqui agora?_ "Preciso voltar!"_ ele me olha com reprovação e volto a implorar. E por um milagre ele aceitou, voltamos para a casa e ele estacionou do lado de fora. Abri a porta o mais depressa possível e lá estava Sam deita no sofá toda ensanguentada e desmaiada. Corri até ela e me virei para ele._ "Traga um quite de primeiros socorros, rápido!"_ sem nem pensar, ele se afasta voltando com uma maleta. Limpo todo sem rosto, coloco curativo nos cortes e passo pomada nos hematomas espalhados por todo seu corpo. Ele acabou com ela! Pego um algodão e passo álcool colocando em seu nariz. Aos poucos ela vai despertando._ "Onde ele está?"_ pergunto para ele que olhava atentamente Sam.

"Tranquei dentro do quarto."_ assenti. Ajudo Sam a se sentar no sofá.

"Como está?"_ pergunto alisando seu rosto.

"Um pouco dolorida. Mas estou bem. E quem é você?"_ desvia seu olhar de mim.

"Eu te salvei daquele monstro. Meu nome é Peter."_ ela fica pensativa e por fim assenti.

"Vem Sam. Vou te levar para descansar."_ Peter me ajuda a levá-la para meu quarto. Abro a porta e arrumo a cama para ela deitar._ "Agora descanse um pouco."_ dou um beijo em sua testa e saímos do quarto._ "O que aconteceu? E porque estava em casa?"_ pergunto assim que nos sentamos no sofá. Já estava começando a amanhecer.

"Tinha ido para casa de Tyler, mas não me senti bem e voltei. Foi então que escutei os gritos no porão. E o vi batendo naquela garota. Ele estava completamente drogado. Se eu não tivesse chegado a tempo, ele iria matá-la."_ meu coração gela em tal possibilidade. Sam não merece nada do que está acontecendo com ela. E entendo perfeitamente.

"Meu Deus. Samantha é como se fosse minha filha. Se algo acontecesse com ela iria ficar desolada. Aquele monstro merece apodrecer no inferno."_ ele assente.

"O que ela estava fazendo lá?"_ pergunta com a curiosidade nos olhos.

"Ele a sequestou."_ sua expressão muda, ficando totalmente sério.

"Co...como ele pôde fazer isso?"_ levanta e começa a andar em círculos pela sala. Já estava ficando tonta.

"Sabe que ele é capaz de fazer o impossível, para que nada saía do planejado."_ ele assenti. Conhecemos muito bem o dono de tudo isso, principalmente ele.

"Ela não pode ficar lá."_ fala se sentando novamente no sofá.

"Vai fazer o que? Se ele souber disso vai matá-la. No momento só podemos protegê-la, para que isso não aconteça novamente."_ a porta da frente se abre e o segurança que estava no carro entra.

"Que demora. Você tem que voltar."_ fala e olha para Peter ao meu lado.

"Pode ir embora. Ela fica aqui."_ responde Peter, ele o olha desconfiado e por fim assenti e saí.

"O que vai acontecer quando ele acordar?"_ pergunto.

"Deixa que com ele eu me resolvo. Fique com Samantha."_ ele fala se levantando indo até a porta.

"Aonde vai?"

"Resolver algumas coisas. Mas não se preocupe, volto antes dele acordar."_ concordo. Vou para a cozinha e faço o café da manhã. Os primeiros raios de sol já estavam surgindo. E não havia dormido nada na noite passada. Teria que esperar para isso. Agora acima de tudo, preciso cuidar de Sam. Coloco tudo na mesa, como um pouco e volto para o quarto. Ela estava em um sono profundo, às vezes se remexia na cama resmungando algumas coisas, que não conseguia entender. Já estava ficando preocupada por Peter não ter aparecido. Quando estava pegando meu celular para digitar seu número, ele aparece abrindo vagarosamente a porta do quarto, junto de mais dois garotos.

"Ela está bem?"_ pergunta baixo e os outros dois olham para a cama.

"Ainda não acordou. Mas tomara que esteja bem."_ ele assente olhando pra ela.

"Vou descer até o porão. Não saía do quarto de formar alguma e tranque a porta! Já barrei os seguranças de entrarem na casa, mas quando a discussão começar vão invadir."_ continua falando baixo, balanço a cabeça em concordância. Eles olham uma última vez para mim e Sam, e saem do quarto. Fecho a porta, passo chave e me sento na poltrona ao lado da cama. Tomara que tudo dê certo.

The Party (PAUSA)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora