Fiquei feliz quando o pai dele disse que ele tinha falado sobre mim. E deu uma esperança. Para no final ele acabar com ela e comigo ao mesmo tempo.

Já tem mais ou menos uma hora que estou aqui esperando dr. Eduardo. Já estou cansada, com fome e com sono. Resolvo me virar sozinha para voltar para casa.

Levanto e vou em disparada para a porta. Como se desgraça pouca fosse bobagem, me bato de frente com uma mulher e quase a levo ao chão.

- Você é retardada ou o que sua imbecil? - Vocifera a mulher e me encara.

- Desculpa senhora. Nao a tinha visto. Estava distraída. - Falo sem graça.

- Proxima vez olhe por onde anda. Quase me derrubou. - Ela continua falando alto.

- Certo. Já pedi desculpas. O que mais quer que eu faça? A senhora nem caiu, quanto drama! - Falo indignada.

- Olha como fala garota! Você não tem educação? - fala uma senhora mais velha.

- Educação até tenho, mas minha paciência para drama é pouca. - Falo encarando as duas.

- Só não vou te ensinar boas maneiras porque preciso subir. Meu marido está internado e não estou com saco para adolescente mal educada. - Nossa que insuportável.

- Sorte sua. Eu vim visitar meu ex namorado, que disse na minha cara que não me quer e nem por isso estou azeda assim. - Falo e encaro as cobras.

- Sorte a dele. - Responde a senhora e pega no braço da bruxa. - Vamos Mila. Esquece essa moça.

Nunca vi duas pessoas iguais no nível master de gente ruim. Eita urucubaca. Vou para o ponto de táxi que ganho mais.

- Isabella! - Do lado de fora estão dr. Eduardo e Lara.

- Oi. Tem uma hora que te espero na recepção. - Estou exausta.

- Saímos pelo estacionaento de baixo. O Júlio vai levar você e a Lara. - ele diz me puxando com um certa pressa.

- Vamos meninas. Vou deixar a senhorita Isabella primeiro. - Júlio fala abrindo a porta.

Estramos no carro e começamos a conversar. Lara fala que tem prova amanhã mas que não conseguiu estudar por conta do pai.

- Prova de que Lara? - Pergunto curiosa.

- Matemática. Se tirar nota baixa, to perdida. - Diz nervosa.

- Sou ótima em matemática. Sempre gostei se quiser, te ajudo a estudar agora. - falo tentando ajudá-la.

- Então fechou! Júlio pode ir direto lá para casa. A Isabella vai me ajudar com matemática.

Leonardo

Cada vez que olho para a Bella e vejo o seu sofrimento me odeio ainda mais. Ela não merece isso.

Ela me beijou, deveria resistir mas não consegui. Sou louco por ela e sua proximidade me afeta tanto que não consigo nem pensar.

A coloquei em risco por conta dos meus hormônios. Meu pai nos pegou no flagra. Se fosse outra pessoa, estávamos em maus lençóis. Ainda mais minha mãe e a Camila rondando o hospital o tempo inteiro. Nem aqui elas me dão folga.

Bella se chateou comigo. Pois ela achou que estávamos bem porque nos beijamos. Mas disse que continuávamos do mesmo jeito. Que ela precisava se afastar de mim. Ela saiu do quarto feito um furacão.

Não tive como ir atrás dela e me preocupei. Certamente, ela irá atrás de Eduardo. Fico mais tranquilo. Pego meu celular e ligo para ela. Chama até cair na caixa postal. Torno tentar e nada. Fico nervoso. Ligo para Eduardo.

- Diga mané! Já acabou a sessão de sexo selvagem? - Ele brinca.

- Cara, você não leva nada a sério. - respondo sério.

- Depende da situação. - Ele gargalha

- A Bella saiu daqui zangada. Procura ela por favor e a leve para casa. - Peço cansado.

- Eita. Então não teve reconciliação? - Pergunta ficando sério.

- Não. Por isso ela saiu daqui igual a um raio. - Explico.

- Ok! Vou procurar ela. A Lara está comigo. - Ele fala e desliga.

Fico na expectativa de Eduardo me ligar e nada. Lá se vão quase uma hora. Tento novamente o celular da Bella e ela não atende. Que agonia.

Penso em ligar para a recepção do hospital para ver se alguém a viu. Mas não quero alarde. Decido esperar um pouco mais. Meu celular toca.

- Caralho irmão. Você está lascado. - Ele fala e eu me assusto .

- O que foi Eduardo. Deixa de suspense. - Digo irritado.

- Deixei a Lara com o Júlio la fora e vim atrás da sua ninfa. A encontrei batendo boca com a Camila. - Levanto no susto.

- Esuardo. Não deixa ela fazer nada com a Bella. Vou descer ai. - falo desesperado.

- Te aquieta irmão. Elas se bateram. Pela conversa uma nao sabe quem é a outra. - me fala despreocupado.

- Jura!? - Pergunto aflito.

- Sim. Sua moleca é ousada. Chamou Camila de dramática. - Ele fala e solta uma gargalhada.

- Não estou achando graça Eduardo. - o repreendo.

- OK! Parei. - Ele fala sério.

- Tira a Bella daqui por favor. - Falo agoniado.

- To indo na direção dela já que a Najamila e a najamãe já entraram. - Fala e desliga.

Fico preocupado. O que será que elas falaram? Que agonia ficar aqui nessa cama. Gosto de ser o dono da situação.

A porta abre e por ela entra Camila e minha mãe. As duas com caras de poucos amigos. Lembro do apelido colcado pelo Edu e sorrio.

- Esse hospital já foi melhor frequentado. Você precisava ver a favelada que quase me jogou no chão la na entrada. - Falou espumando.

- Não fale assim dela. - Não me controlei.

- Dela quem Leonardo? Você por acaso conhece? - pergunta desconfiada.

- Não sei de quem você está falando. Mas não gosto quando menosprezam as pessoas. - Conserto.

- Mal educada e ousada. Menina petulante. - Minha mãe fala azeda.

- Por favor, vocês duas, me deixem descansar. - Peço grosseiro.

- Isso é o que dá sogra, a gente querendo mimar e ele paga assim. - Diz cínica.

- Está bem meu filho. Vou relevar esse seu mau humor. Amanhã volto. - Fala e me beija.

- Também vou indo. Amanhã a hora que der, retorno. - Vem para me beijar e viro o rosto.

Camila me olha com cara de desgosto e sai. Minha mãe também me repreende com o olhar e meneia a cabeça negativamente antes de fechar a porta.

Enfim, respiro aliviado. Que dia foi esse? Ainda bem que tudo deu certo. Me ajeito na cama e me preparo pára descansar quando meu celular toca.

- Leonardo, estou seguindo o carro do Júlio e ele ignorou a Avenida Brasil, está indo em direção a sua casa. - James fala preocupado.

- Indo para minha casa? Você quer dizer que ele está indo com a Bella dentro do carro? - Falo nervoso.

- Isso mesmo. - A Lara e a senhorita Isabella. - Essa não.

O ar dos meus pulmões parece cada vez mais escasso. O que eu faço. A Isabella não pode pisar os pés lá em casa. A Camila também está a caminho.

- Meus Deus! James. Faça alguma coisa. - Falo em desespero. Isso não pode acontecer.

Primeiro  olharWhere stories live. Discover now