Capítulo II

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-Agora já tens a boca limpa. – Andrija Zivkovic sorriu para ela e sentara-se novamente na sua cadeira. Benedita tinha prometido a si mesma que não iria deixar-se seduzir por aquele homem, mas caíra no truque mais antigo mais antigo que se inventara para se roubar um beijo.

-O meu avô conhece dicas mais modernas, Ziv.

-No entanto, surpreendi-te, não foi? De outra forma, não tinhas me tinhas deixado beijar-te.

-Porque eu não o queria.

-Então porque não me afastaste?

-Porque talvez até beijes bem. – Saíra-lhe da boca com naturalidade e no segundo a seguir, arrependeu-se. – Eu vou à casa de banho, já volto. – Levantou-se e passou a cara por água, olhou para o espelho à sua frente e tentou convencer-se. – Controla-te Benedita, ele só te quer comer, tu sabes disso.

-Porque me pintas como um verdadeiro playboy? – Fora surpreendida por uma voz nas suas costas e virou-se até ficar de frente para ele.

-Conheço muitos como tu, não és novidade nenhuma.

-Isso não te impede de me desejares. Ou vais dizer-me que não te faço arrepiar nem um bocadinho? – Sussurra as últimas quatro palavras bem junto do ouvido de Benny, que estremecera por completo. – Não nego a minha natureza, mas se ambos o queremos, porque não seguir em frente?

-Porque... Porque eu não te quero. – Disse quase impercetivelmente.

-Tens a certeza? – Começou a dar-lhe pequenos beijos pelo pescoço até chegar aos seus lábios e com os seus braços fê-la abrir as pernas e sentar-se e sob o lavatório enquanto a beijava de forma mais ousada, ela não tinha coragem para lhe dizer que não. E o toque dele em contacto direto com a sua pele das pernas arrepiava-a por completo.

-Absoluta. – Brincou com a situação, sussurrando como resposta. Ela já não tinha coragem de o parar e todo o seu plano de dizer-lhe que não e fazer-se de forte fugira por entre os dedos... 

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