DANNY KEISTING

- Então vocês são apenas amigos... - fiz uma pergunta disfarçada de afirmação e na hora notei que havia aprendido a habilidade de Flávia. Com muito custo, havíamos colocado nossas roupas e sentado em uma das mesas.

- Sim... -Taylor respondeu arqueando uma sobrancelha já sabendo que eu continuaria falando.

- E vocês tem a Lucy...

- Temos a Lucy, mas não temos nada. - se adiantou. - É tão difícil acreditar que é possível ser amigo da sua ex-namorada? - Taylor perguntou achando graça da minha reação. Foi até o freezer e pegou uma cerveja para nós.

- É... digamos, pouco comum. - respondi enquanto tomava um gole da cerveja. – Você disse ex namorada... não chegaram a casar? - perguntei me dando conta que tinha medo da resposta. Ali, envolvida por todo o sentimento do passado e do presente, tive medo de pensar que Taylor, por mais óbvio que fosse, tivesse tocado sua vida e pensado em dividi-la com outra pessoa para sempre.

    Taylor respondeu que quando Anne engravidou eles estavam apenas saindo à algumas semanas. Que ela pensou em tirar, mas que ele nunca a deixaria fazer uma coisa daquelas. Depois começaram a namorar e que por um tempo deu certo, até começar a não dar mais. Mas que apesar de tudo, continuavam amigos pela Lucy e que porque sempre se deram muito bem. 

    Eu na minha curiosidade total para saber mais de sua relação com Anne perguntei se eles dividiam a guarda da filha. Taylor respondeu que não foram à justiça, mas que conseguiam dividir a guarda do jeito deles, ela ficando mais com Lucy por causa do Pub e por ele de vez em quando precisar viajar para se apresentar em alguma cidade. Pela minha vontade, continuaria fazendo perguntas sobre ela, me sentia quase obcecada pela mulher que Taylor havia namorado e morado junto. Como era a relação dos dois, como era o relacionamento no passado, mas não quis ser muito invasiva, então guardei as demais perguntas para quem sabe, em uma próxima ocasião. Fiz questão de mudar de assunto para que pudesse me concentrar em outra coisa que não fosse uma mulher que tivesse feito sexo com o Taylor, então... começamos a falar de música, e sobre sua carreira.

- Eu nunca imaginaria você fazendo outra coisa, a não ser músico... a música sempre foi a sua vida, Tay. - dizia aquilo com o maior orgulho do mundo por ter presenciado como Taylor era um ser extremamente musical.

- A música é o que eu sou, não saberia viver sem ela. - e seus olhos tinham um brilho especial quando falava de música.

- Mas você nunca quis mais? Sair daqui, ter uma carreira de verdade, viver de música... você faria muito sucesso! Vi você se apresentando, e você conseguiu se tornar ainda mais incrível!

- Eu tenho uma carreira de verdade, Danny. Eu me apresento, faço shows, sou reconhecido pela minha música aonde realmente me importa, que é aqui. Não faço música para ganhar dinheiro, faço porque é o que eu amo, é o que eu sou. E pra mim, poder ser ouvido por pessoas que sabem quem eu sou é mais do que o suficiente. A minha ligação com a música não depende de nada a não ser eu e o sentimento que eu consigo transmitir através dela.

- Você está certo, me desculpe. - eu não tinha palavras para responder. Era como se toda a minha carreira, sucesso e fama se reduzissem a nada perto do que ele havia acabado de falar. Naquele momento a sua carreira era muito mais significativa que a minha, pensei comigo.

- Não precisa se desculpar. Não estou dizendo que você está errada em ter ido atrás do sucesso, você foi atrás daquilo em que acreditava. Só não funciona para mim. Me desculpe do jeito que me referi ao seu sucesso naquele dia, você devia ter orgulho de você mesma. - disse pegando na minha mão que estava em cima da mesa. Mas por algum motivo, não me sentia orgulhosa de mim.

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