Epílogo - O Urso e a Serpente.

Começar do início
                                    

- quem é Elbe, sulista? – perguntou Erikard. 

- Elbe é a única dona de toda a sabedoria, Deusa mãe do profeta Ellai! A criadora do mundo! 

 - como ela é? – perguntou Erikard. 

- Ela é linda como as nuvens ao vento e como o raiar do dia, bela igual a uma noite de luar e tem um amor como de nenhuma outra mãe no mundo – falou o prisioneiro. 

- perguntei como são seus cabelos, olhos, essas coisas! Não saber de poesias... 

- o profeta Ellai foi o único digno homem que à viu um dia, quando era apenas um bebê e estava mamando em um de seus seios, e essas são algumas palavras que ele usou para descrevê-la. 

- como você pode acreditar que uma mulher criou o mundo? – insistiu Erikard ao dar um sorriso sarcástico. 

 - Tudo que existe foi gerado aos olhos de Elbe, em seu ventre, e é pela graça dela que estamos aqui hoje!- Você acredita em uma Deusa que manda seus fiéis para morte?- Se estou aqui hoje implorando por minha vida é por algo que eu fiz no passado e a desagradou, é um castigo justo! - disse o prisioneiro. 

- Aaaaaah! Os sulistas creem em uma Deusa que julga e pune os seus próprios fiéis! É meio difícil de entender! 

 O prisioneiro deu uma risada e disse. 

- seus deuses são histórias de criança lá no sul! Apenas lendas contadas por velhos e livros antigos! 

 - Nossos deuses estão tão vivos quanto a sua! – falou Erikard olhando nos olhos do prisioneiro calmamente - Torgson! – chamou. 

- Senhor?! – respondeu Torgson rapidamente. Era um homem de meia idade forte como um urso e todo tatuado com runas e tribais, seus cabelos eram grisalhos e ele tinha três cicatrizes no peito, tinha duas grandes adagas e vestia uma calça de couro. 

- acho que o sulista fala demais! Dê um jeito nele! 

 Torgson apenas falou – sim condão! – e pegou um osso fino e um pouco de fibra vegetal de sua pequena bolsa de couro. Ele segurou o rosto do prisioneiro com força enquanto ele se debatia.- por favor não! tenha piedade de mim! – gritou o prisioneiro desesperado. Torgson apenas falou para ele se calar e começou a costurar a boca dele. Apos alguns minutos o trabalho estava feito, a boca do prisioneiro estava selada, mas ele ainda gemia de dores e chorava como uma mulher no parto. Assim que Erikard montou em seu cavalo, o negro brilhante, todos também montaram nos seus. O condão então se aproximou do prisioneiro, o encarou por alguns segundos de uma forma calada e ímpar. 

- Uma vez que ousar negar aos nossos deuses na próxima vida, você vai lembrar do que aconteceu nesta e não fará o mesmo erro! 

 O prisioneiro arregalou os olhos como se estivesse assustado. Então Erikard foi perto do velho e pegou Erik em seus braços e o colocou em frente sua cela, ele parecia muito nervoso com o que aconteceu, e Erikard percebeu isso rápidos como flecha. 

- o sulista estava nos ofendendo, falando mal do nosso povo, por isso mandei Torgson fazer aquilo! Um dia você será o condão do norte, quando eu me for e terá que lembra-los de nossa força também! – falou ele.

 O pequeno Erik ficou em silêncio por alguns segundos e perguntou.- mas como o senhor entendeu? Ele falou em uma língua estranha!- é a língua dos sulistas filho! Chamam de Novo Beldariano no sul! 

- Pai! Quem são estes sulistas? 

- histórias contam que eles são descendentes dos homens que vieram do mar chuvoso há mais de duzentos anos e lutaram pela terra com os nativos daqui, os sulistas conquistaram a terra e os nativos vivos foram obrigados à fazer as coisas do jeito sulista e perderam a essência de suas raízes. Apenas nós, os homens do norte! Restamos desses povos e mantemos nossas raízes vivas, por isso não podemos tolerar nenhuma ofensa! 

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Oct 17, 2017 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Os Sons da Guerra - O Urso e a SerpenteOnde histórias criam vida. Descubra agora