# Capítulo I- Olhos Vermelhos.

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-Xô cão, passa fora. - disse Daniel em uma tentativa desesperada de afastar a criatura.

Ela rosnava cada vez mais alto e dava passos lentos em direção a eles, Arthur olhou para a direita, tentando achar um jeito de fugir da criatura, mas se deparou com um outro "lobo" de coloração ruiva ao lado de uma lata de lixo.

Aparentemente parecia ferido ou debilitado. Arthur sem se importar com a grade criatura cinza em sua frente, foi até o lobo ruivo e se ajoelhou perante ele, mas o lobo cinza colocou-se à frente, impedindo que Arthur pudesse-o tocar ele.

-Eu posso ajudar!. - disse ele estendendo a mão para o lobo ruivo.

O grande lobo cinza apenas olhou no fundo dos olhos de Arthur e conseguiu ver, amor, paz, carinho, passividade. Arthur conseguiu ver no olhar frio do lobo, raiva e preocupação junto a um misto de sentimentos e emoções.

-Deixa eu ajudar ele?. - disse ele sentindo a dor do lobo ruivo. - Ele precisa de cuidados.

O lobo Cinza saiu da frente dele e ficou ao lado do lobo ruivo. Arthur pois as mãos em um corte ensanguentado na costela, e fechou os olhos e em suas mãos, encheram -se de calor e um brilho de cor azul reluzente emanou e tocou a ferida, imediatamente o corte foi cicatrizado.

-Arthur, como você fez isso?. - disse Daniel impactado.

Arthur ficou de pé e encarou o lobo que agora parecia ser do mesmo tamanho que o lobo cinza, ele conseguiu ver nos olhos castanhos do lobo ruivo, algo que ele não conseguiu descrever no momento, mas conseguiu ouvir em sua mente uma voz doce.

-Muito obrigado por me curar, acho que sem você eu iria sangrar até a morte.-disse telepaticamente para Arthur.

Ele apenas balançou a cabeça positivamente e assim os lobos correram em velocidade sobrenatural para a floresta.

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Ao chegar em sua casa Arthur foi direto para seu quarto onde se jogou na cama e ficou imaginando o quê tinha ocorrido mas cedo naquele beco.

-"Será que tudo isso tem haver com a morte do professor?" - pensava ele.-" se essa espécie de lobo atacou o professor, porque será que eles não nos atacaram?"

Decidiu parar um pouco de pensar nesse assunto e resolveu tomar um banho quente, já que estava anoitecendo e esfriando o clima. Embaixo do chuveiro sob a água morna, ele se pegou pensando novamente nos lobos sobrenaturais, mas então lembrou-se que durante a aula de Biologia do colégio, a professora disse que não havia lobos nessa parte do estado, à mas de 50 anos, devido a caça dos moradores para acabar com a ameaça que os lobos vinham trazendo.

Ficou curioso, e decidiu investigar por conta própria, sua mãe bateu na porta de seu quarto.

-Filho, o jantar está sendo servido.

-obrigado mãe, já estou descendo.-disse saindo do banheiro e vestindo uma cueca branca e uma calça de moletom e pondo uma camisa negra de mangas longas.

Foi para a cozinha e viu seu pai na mesa mechendo no celular.

-Boa noite Pai, faz uma semana que eu não lhe vejo, sempre sai antes que eu acorde e volta de madrugada.

-Bom, desculpa filhão ando tendo muito trabalho com os pacientes do hospital. - disse coçando a nuca s sorrindo com cara de culpado. - mas hj eu decidir jantar com a família.

-chega de papo rapazes e vamos comer antes que esfrie a comida. - disse a mãe de Arthur.

Jantaram sem falar muito, mas o assunto da morte do professor surgiu no meio da conversa, e Arthur decidiu perguntar uma coisa.

-Pai, depois da perícia, foi encontrado DNA de algum animal?

-Bom, no início não foi, mas conseguimos encontrar pelos de lobos no corpo do professor. - respondeu seu pai. - mas como você sabe?, não foi divulgado para as mídias.

-Bom... É... Já que o corpo foi encontrado com marcas de mordidas eu pensei ser um animal né?! - disse nervoso, ele não poderia acreditar que aqueles lobos possam ter feito isso. Matado um professor. E poupado ele e Daniel.

Após o jantar ele estava cansado e decidiu deitar na cama, pensando como ele conseguiu se comunicar com um lobo.

Deduziu que tinha sido coisa de sua mente, na hora da adrenalina, sua imaginação deve ter lhe pregado uma peça, não séria possível se comunicar com animais, muito menos curá-los com uma forma de energia que emanou de seu corpo.

-"Eu devo ter tomado alguma droga na casa da minha amiga, essa é a única explicação plausível para o que aconteceu".

Ele não demorou muito e foi vencido pelo sono, que levou ele para uma floresta escura onde o clima estava frio, ele não entendia como havia parado ali, mas sabia que não deveria está sozinho, ele olhou em volta e conseguiu avistar uma sobra que caminhava entre as árvores, só era possível ver sua colocação negra e dois pontos de luz vermelha.

Dando passos para traz Arthur foi recuando até se encontrar em uma árvore grande, onde se encolheu e ficou quieto para que a criatura não o avista-se, ele colocou as mãos trêmulas, por causa do frio, na boca abafando sua respiração que estava nervosa.

Ao fechar os olhos tentando imaginar como havia ido parar naquele lugar, se esqueceu da criatura que o rondava, ao abrir os olhos novamente, se viu em estado de pânico e desespero, já que dois olhos vermelhos e uma boca cheia de dentes afiado, junto à um corpo de um lobo enorme, estavam à sua frente.

Não houve reação alguma ele apenas ficou encurralado sob o olhar do lobo negro, que rosnava avisando o ataque eminente.

Arthur não teve ideia de correr ou fugir, estava em pânico e seu corpo não respondia aos comando do seu cérebro, ele ficou de pé com muita dificuldade e sem retirar os olhos do lobo negro. Lágrimas percorriam por seu rosto e em seu peito, seu coração batia em ritmo acelerado, seu sangue parecia ter sido retirado de seu corpo.

E o lobo apenas observava suas ações com muita atenção, ele rosnava e sua saliva gotejava no chão da floresta, seus olhos transmitiam raiva, puro ódio, pareciam os olhos do próprio diabo.

Mas Arthur sabia que não tinha como fugir daquele ser monstruoso, sua hora havia chegado. Ele se jogou de joelhos no chão e sentiu os dentes do lobo perfurar sua carne e as garras cortarem seu corpo. Foi tudo tão rápido que não deu tempo de gritar ou emitir um único som.

Logo estava ali, um corpo desfigurado e sem vida, abandonado numa floresta escura e gélida, sob a luz da lua.

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Gente, eu voltei dos mortos, brincadeira...
Eu sinto muito ter sumido esses meses, mas eu tava na bad, eu tinha feito vários capítulos e tinha salvo em uma conta de Email no meu celular , mas a pohaa do filhote do Cão, veio e roubou meu celular, sendo assim perdir a conta de email e os capítulos... Eu mereço 😧😭

Fora isso eu me inspirei e fiz esse capítulo pequeno mesmo, peço desculpas e a compreensão de vcs.

Obg. Não esqueça de votar e comentar

Eu também queria saber a opinião de vocês em relação a essa história, peço que votem ou me mandem mensagem mesmo. No próximo capítulo eu coloco meu número de WhatsApp.

Até o próximo capítulo. ⚡Kchauuuu tumtuns 💙💪👍

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