Capítulo 2 - OS SERVOS DO MAGO SUPREMO

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A figura misteriosa examinava cada centímetro do bar, como se estivesse analisando cada detalhe da destruição do local. Ele trajava um terno verde escuro e um chapéu, que lançava uma sombra negra em seu rosto, deixando escapar apenas alguns fios grisalhos de seu queixo. O velho caminhava por entre os escombros não demonstrando grande dificuldade, como se os outros presentes naquele local sequer existissem, até que chegou a um lugar em que se deteve. Os grandalhões subjugados, Brutas e Montes, jaziam caídos à sua frente, feridos, atingidos por alguma força certamente sobre-humana. Foi então que o velho tirou seu chapéu e fitou os podcasters. – Foram vocês que fizeram isto a estes homens?

Naquela altura o quinteto, apesar de ainda assustado, não se surpreendeu ao notar que aquele era Xanadu, um dos maiores vilões de todo o universo Marvel! Pelo que lembravam, ele era o inimigo daquela edição e eles tinham acabado de mudar o rumo da história ao derrotar Brutas e Montes antes que esses fossem recrutados pelo mago.

– Eu procuro guerreiros poderosos para me servir, e vocês quatro são os meus escolhidos! – berrou Xanadu, no melhor estilo super vilão de quinta categoria. – Os usarei nos meus planos para recuperar o que é meu por direito!

– Eu, hein. – comentou Monio, achando aquelas palavras uma maluquice desmedida.

Mas algo surgiu quase que unanimemente na mente dos aracnofãs. Por que Xanadu falou quatro e não cinco? Todos se entreolharam e notaram que Dante havia desaparecido sem deixar vestígios. Teria ele se acovardado e se fingido de morto entre os corpos desmaiados no chão? Essa dúvida percorreu a mente de Macgaren, mas logo desapareceu por que ele não conseguia parar de cantar mentalmente a música tema do Xanadu. – Onde está o Dante? – Disse Erick num sussurro baixo, com os lábios semicerrados, evitando que Xanadu o escutasse. Presto foi quem lhe respondeu – Observei todos os corpos caídos ao nosso redor e nenhum deles é do Dante. De alguma maneira ele conseguiu se esconder... ou alguma outra coisa aconteceu.

A breve conversa foi interrompida bruscamente quando Xanadu avançou – Como ousam desprezar a mim, o grande Xanadu, mestre das artes místicas?! Vocês me seguirão, por bem ou por mal! – O que aconteceu a seguir foi um pouco confuso para todos. De repente tudo ficou turvo e cada um sentiu como se seu propósito de vida estivesse sendo limpo e reescrito. – Meus advogados entrarão em contaaaaahhh... – Monio foi o primeiro a cair sob o domínio de Xanadu, seguido de Erick, que tentara resistir em vão. – Ai Jesuis! – Presto reagiu rapidamente e utilizou toda a sua força de vontade restante para se esgueirar e sair por uma janela localizada a alguns metros. De alguma forma a fuga tinha sido muito fácil para ele, mesmo em uma situação tão complicada. Macgaren era o único que restava de pé, mas, após pouco tempo de resistência, também caiu sobre o controle hipnótico de Xanadu.

– Deixem o covarde fugir – Disse Xanadu após Presto escapar. – Agora vocês me servirão! – disse o vilão em meio a uma gargalhada sinistra.
– Vivemos para servi-lo, meu senhor – Disseram Erick e Macgaren em uníssono.
– Acho justo – Foi a resposta de Monio, igualmente afirmativa à vontade de seu mestre.

Xanadu e seus novos servos saíram do bar, deixando toda a destruição para trás, partindo para realizar os planos maquiavélicos do vilão.

– O-oi. Tem al-alguém aí? – Um dos corpos caídos no chão se levantou, não vendo mais ninguém no local. Vários minutos haviam se passado desde que Xanadu surgira no bar e, numa reação desesperada para evitar o pior, Dante só se lembrava de ter pensado em se esconder. De alguma forma aquilo havia funcionado e agora ele estava sozinho no local onde toda a confusão havia começado. Rapidamente Dante correu para fora do bar mas não conseguiu localizar seus amigos. Em desespero, partiu a esmo à procura de algum rosto conhecido – Ca-calma. Eu preciso me concentrar e ten-tentar entender o que aconteceu. Não que-que-que eu não tenha entendido direito, mas só não faz muito sentido acontecer da forma que aconteceu. Assim, viemos parar num mundo de qua-quadrinhos, mas isso não significa ne-ne-necessariamente que seja ruim. Eu até gosto de quadrinhos, ma-mas não era bem isso que-que... – Naquele momento o monólogo de Dante foi interrompido ao visualizar um rosto familiar a alguns metros à frente. – Presto?

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⏰ Last updated: Sep 22, 2017 ⏰

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