- Tanto faz! - reviro os olhos. - O senhor sabe muito bem que eu não quero me casar e ter que cuidar desse reino. Não sirvo para ser rei e muito menos para ser marido de alguma mulher. Eu nasci para fazer a felicidade de várias mulheres.

- Adam Hennig está ouvindo as barbaridades que estão saindo de sua boca? - meu pai pergunta um tanto alterado. - Isso não são palavras de um príncipe, sua mãe e eu não te educamos assim.

Meu pai parece não entender que eu não quero me casar e nem quero ser rei. Mas por causa de uma promessa que ele fez, eu terei que me casar com uma princesinha mimada, que deve ser tão enjoada quanto as que eu conheço. Sinceramente não acredito que eu possa me apaixonar por essa garota como minha mãe diz, eu não acredito mais nisso.

Já fui apaixonado uma vez mas ela acabou transando com o traidor do meu primo. Desde o dia que eu os peguei nus no quarto dele, deixei de acreditar em qualquer coisa que envolvesse amor ou paixões. Porém eu sei que eles existem, meus pais são prova disso, mas esses sentimentos não existem para mim.

- Não são barbaridades. Eu só não acho justo o senhor ter se casado com quem escolheu e eu não. - apesar de que não quero me casar esse me parece um ótimo argumento para convencê-lo.

- Filho já lhe falei que foi uma promessa ao meu melhor amigo. Não posso quebra-la. - ele suspira pesadamente. - Além de ser um ultraje contra nossa amizade, séria capaz de ocasionar uma guerra entre os reinos.

- E eu sofro as consequências? E se ela for uma mulher da vida? E se ela for horrível? E se ela não gostar mim e tentar me matar a noite em quanto eu durmo? Ou pior, se ela for um bicho esquisito da floresta encantada? - espero que isso o convença, caso contrário não tenho mais argumentos.

- Não seja bobo, Adam. Eu a conheço, ela é bonita, doce, gentil e meiga. - descreveu as princesinhas chatas.

Ergo minhas mãos encerrando o assunto. Depois de uma hora fazendo os reparos no meu traje de casamento, fomos para casa. Ao chegar em casa fui direto para o meu quarto, e uma das criadas levou meu jantar já que eu não desci para comer. Após terminar fui para o banheiro e me arrumei, vesti uma roupa preta e coloquei um chapéu azul marinho que deixava meu olhos escondidos.

Olhei pela janela do meu quarto e não vi nenhum guarda do lado de fora, abri a janela e pulei. Comecei a andar cuidadosamente para não chamar atenção de nenhum guarda, logo consegui sair do castelo. Caminhei pelas ruas de Paládia e fui em direção a casa de burlesco mais conhecida do Reino, Lá Seducción. Já que vou jurar fidelidade eterna diante do Destino, tenho que aproveitar meu último dia como solteiro.

Adentro a casa e está lotada, homens por toda a parte e mulheres vestidas com pouquíssima roupa. O cheiro de bebida, cigarro e suor predominavam no ambiente. Três mulheres dançavam sensualmente encima de uma pequeno palco feito de madeira, enquanto homens babavam sedentos por seus corpos.
A

s vezes eu sentia nojo dessas mulheres, mas como vinha aqui só para beber e vê-las dançar não havia problema algum.


- Olá, belo senhor! - uma das mulheres que antes estava dançando se aproximou. - Me paga uma bebida?

- Claro! - não é a primeira vez que uma delas vem falar comigo, eu sempre dispenso elas, acho que se tornou algo pessoal se deitar comigo. Mas sempre é difícil manda-las embora, são tão bonitas, por outro lado eu sempre me lembro que não sou o único na vida delas e prefiro não me sujeitar a isto.

Prometida Ao Rei Onde as histórias ganham vida. Descobre agora