Malleus Maleficarum

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Texto: O Martelo das Bruxas e minhas considerações sobre o caso.


É sabido de todos que a Idade Média foi uma completa loucura. Não é a toa que é chamada de "idade das trevas", o que é discutível, mas não é desprezível, pois realmente haviam "trevas" sobre a "sociedade medieval".

Bom, vamos lá. O Martelo das Bruxas foi escrito por um monge alemão chamado Heinrich Kramer. O seu nome original (o qual é bem divertido de se falar) é: Malleus Maleficarum. Foi concluído em 1468. Em linhas gerais, existem vários dados envolvendo vítimas, o processo de "lançamento" do livro, enfim, muitos dados que, na minha opinião, não entram no contexto do texto.

Agora, vamos ao que interessa. O Malleus Maleficarum foi uma grande febre. O escritor desse livro era na verdade um "Inquisidor", e foi a partir dos tribunais de inquisição exercidos por ele que o livro foi escrito. Alguns dizem também que ele era louco, perturbado, um completo maluco. Eu não vejo bem assim, mas muitos pensam que o Malleus Maleficarum não foi nada além de uma loucura que foi aceita pelo povo porque "o povo vivia sobre a escuridão da idade média". Em outras palavras, o livro não é nada mais que uma loucura idiota que foi aceita porque a sociedade era composta por um bando de burros que não sabiam raciocinar direito. Duro, né? Mas é isso que dizem.

Claro, é fácil afirmar isso hoje, afinal, não vivemos naquela época! Para uma geração que tem absolutamente toda a informação que quiser nas mãos sem ter o mínimo de esforço mental para tal, é muito fácil dizer que aquela sociedade vivia "nas trevas". Mas a questão é: por falta de conhecimento da sociedade ou por qualquer outro motivo, o Malleus Maleficarum se tornou uma Peste Negra. Ele foi o "Harry Potter" daquela época. E é realmente importante que vocês entendam que por mais que fosse extremamente difícil espalhar uma informação naquela época, ELE FOI UM EXTREMO SUCESSO.

Pois bem, livro impresso, pessoas lendo, inquisição em andamento, e ai começa a chacina da qual quero deixar breves considerações. Já haviam ocorridos outros surtos de preconceitos contras as bruxas antes, mas talvez esse tenha sido o maior.

- As Bruxas X Malleus Maleficarum (Bruxas, apenas)

O livro trata elas como seres demoníacos, são as próprias amantes do diabo. As suas noivas!
Bruxas existiam? Sim, existiam.
Elas eram os monstros que pregavam? Sim, talvez até pior!
Mas vamos devagar, porque embora o Malleus Maleficarum estivesse certo sobre o que falava sobre as bruxas, ele não foi usado da maneira correta.

DETALHE: sim, os homens dificilmente eram acusados nos tribunais. Por que? Simples, a mulher é o ser quem atraí para o pecado. Apenas. E não posso explicar isso, é uma questão de religião e cultura, não dá para discutir esses dois elementos no contexto desse texto.

- As "verdadeiras Bruxas"

Hoje em dia temos uma ceita em que seus membros se dizem "Bruxos e Bruxas". Esses membros adoram o sol, a lua, as estrelas, a natureza e bla bla bla. São inofensivas, acredita-se.
Há quem na verdade diga que por trás dessas pessoas inocentes, há também uma ceita violenta e demoníaca, o que eu particularmente acredito, mas que não convém discutir sobre.

- O Efeito e o porquê

O Malleus Maleficarum gerou o que nós podemos chamar de "estéria coletiva". E qual o motivo de ele se espalhar? Bom, já falei um pouco ali em cima. Talvez a falta de conhecimento, talvez a fé como único ponto de vista, talvez o medo de ir para a fogueira também. A verdade é que essa estéria coletiva de pânico e terror se espalhou e causou 60.000 mortes. Não parece muito, o crime organizado mata muito mais do que isso todo ano. Mas em proporções demográficas populacionais, foram muitas mortes.

- Considerações sobre o caso.

Infelizmente, todos vão ler esse texto com a visão que trouxe "Harry Potter". Todos vão dizer: "Coitadas das bruxinhas, não faziam mal a ninguém, só sabiam voar nas suas vassourinhas as pobres garotas". NÃO É ESSA A QUESTÃO.
Harry Potter trouxe uma visão completamente fantástica e fantasiosa sobre a bruxaria. Eu não vim aqui falar de bruxariazinha de adorar sol e lua, vim aqui falar das bruxas da antiguidade, de rituais satânicos, de gente que bebe sangue de criança, gente que conversa com demônio!
*O grande e perturbador erro dos que defendem as bruxas é esse: esquecer que a bruxaria não é uma brincadeira de criança.

Mas eis que surge o grande problema. 60000 mortes, mas quantas dessas pessoas (99% mulheres), eram realmente bruxas? O problema do Malleus Maleficarum não foi o fato de ele ter existido ou não, não foi o conteúdo monstruoso e maligno que ele trouxe, não foi o pânico que o acompanhou. Foi, apenas, a falta de reconhecimento verdadeiro.

Em outras palavras: o problema do Malleus Maleficarum foi a estéria coletiva. A população ficou com tanto medo, com tanto pânico e pavor, que já era impossível distinguir o que era e o que não era uma bruxa de verdade!
Porque isso aconteceu? Bom, talvez a igreja católica fosse um terror para a sociedade, o que eu concordo. Naquela época discordar com qualquer coisa que a igreja católica concordasse era sinônimo de suicídio. Aliás, suicídio era MUITO melhor! Porque eles te torturariam com toda a malignidade que tivessem em suas mentes.

Em resumo, PARTICULARMENTE, eu, LUCAS MENDES, em MINHA OPINIÃO, acredito que o martelo das bruxas estava correto. Mas o descontrole emocional da população fez com que inúmeras vitimas fossem para a fogueira injustamente. Não foram as verdadeiras bruxas que foram mortas, foram pessoas que eram vistas com maus olhos pela sociedade. Se você não gostasse do seu vizinho, a única coisa que você precisava fazer para se vingar era acusar ele ou ela de bruxaria. Se uma pessoa te olhasse com uma cara feia que você se incomodasse, acusasse-o de bruxaria. Apenas a acusação era suficiente para uma tortura desumana e a futura morte, nada mais.

- Considerações Finais

Eu acredito sim que a Inquisição teve um grande fundo de verdade e necessidade, mas infelizmente ela foi conduzida por homens BURROS. Os homens que conduziam a inquisição na verdade deveriam estar sentados na cadeira de réu nos tribunais da inquisição. Homens completamente podres, imundos, nojentos, malignos e desgraçados conduziram esse processo, por isso ela foi o desastre que foi.

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