Escolhemos nossos quartos e nos acomodamos, os meninos foram dormir enquanto eu levava as minhas malas para o quarto e comecei a arrumá-lo. Depois de um tempo quase me senti em casa com meu álbum de fotos, livros e bugigangas.
Depois de todo este trabalho peguei um livro e fui até a sala. Sentei no sofá e comecei a ler e me desliguei do mundo como se eu estivesse em casa e nada tivesse acontecido naquele dia.
***
Passou um tempo, e Matsuda apareceu na sala vestindo uma camiseta do naruto e uma calça moletom preta com o cabelo todo bagunçado, colocando a mão na frente do seu rosto para se ajustar a claridade.
Matsuda: Que horas são?- Ele perguntou em inglês com um sotaque japonês muito fofo.
Eu: São 17:26.- respondi em japonês
Matsuda ri fechando os olhos: Esqueci que você falava japonês, Arigatô.- Ele senta do meu lado- O Knight-san não acordou ainda?
Eu: Ainda não. Mas vamos deixá-lo dormir mais, ele parecia muito cansado.
Ele fez que sim. Coloquei meu livro na mesa, e olhei para as cestas que eles deixaram para nós, foi aí que eu percebi que estava com fome.
Eu: Nakamura-san, você pode me ajudar a levar essas cestas de comida para a cozinha?
Ele disse que sim e começamos a levar as coisas para a cozinha. Depois de abrir os armários e a geladeira cheguei a conclusão de que dava para sobreviver uns 3 anos em um apocalipse zumbi com tudo isso.
Enquanto eu arrumava a mesa para o café, Matsuda sentou na mesa e estava "lendo" meu livro. De vez em quando ele ria ou falava algo positivo tipo "é isso aí!", sendo que eu estava lendo "A menina que roubava livros" e até o que eu sei não tem tantas coisas felizes assim para ele estar tão animado.
Ele levantou e começou a me ajudar também. O único problema é que ele estava só pegando umas coisas aleatórias da geladeira tipo um pote com cebolas, uma lata de sardinhas e até tofu ( eu juro que não sei daonde ele tirou isso ). Ele ficava olhando e sorrindo pra ver se eu falava alguma coisa.
Mas coitado, eu não sei se ria ou se chorava. Resolvi não fazer nenhum dos dois, ele parecia ser sensível, e se eu risse ele provavelmente ficaria envergonhado e ofendido. Então eu expliquei para ele que usualmente não usamos estas coisas quando vamos tomar café, ele riu e troquei o que ele tinha colocado na mesa.
E eu finalmente consegui. Quando fui pegar os pratos eu tropecei em sei lá o que, Matsuda me segurou, os dois pratos cairam no chão e para o gran finale eu dei um grito. Estávamos tão perto, que eu podia sentir a sua respiração em meu pescoço, e ele me abraçou.
Matsuda: D'Angelo-san... você está bem?
Eu: S-sim... obrigada. E-eu vou limpar isso aqui... Não se preocupe co...
???: O que aconteceu? Alguém se machucou?
Que susto da porra, um Gilan sem fôlego e desarrumado apareceu na cozinha gritando, ele olhou para mim e para o Matsuda confuso e um pouco bravo. Nos afastamos e eu comecei a juntar os cacos do chão.
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Vida de cinema
RandomBella ganhou um concurso internacional de cinema e agora viajará pelo mundo com os outros 2 finalistas para conhecer mais sobre o estilo de produções cinematográficas de cada país em suas origens.
Colegas novos
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