Coming Back

136 5 0
                                    


Eu não me recordava da última vez em que tinha posto os pés nessa região de Washington. Tenho uma vasta lembrança de ir ao cinema em Port Angeles e visitar meu avô Charlie em Forks. Era engraçada a forma como ele e Renée já tiveram algo, um dia; a diferença entre os dois era marcante. No entanto, os dois me acolheram bem. Quer dizer, Charlie acolheu. Ele soube desde o começo sobre a loucura do sobrenatural. Já Renée só me conheceu em meus seis anos, quando fui apresentada como a filha adolescente adotiva de Bella e Edward Cullen. Ela também é ótima como avó.

Pensei em passar na mansão Cullen, que ainda me aguardava em meio à floresta. Mas segui em frente. Assim como fiz com a casa de Charlie. Eu tinha certeza de que poderia vê-lo muitas vezes, mas, agora, eu queria chegar no apartamento que meus pais haviam alugado para mim e ver os papéis de matrícula da escola da reserva. O prédio ficava próximo à divisa com Forks, enquanto as demais partes da cidade abrigavam apenas casas e pequenos chalés de madeira.

Conheci Jacob. Até os meus três anos, fomos muito próximos. Passeávamos juntos com frequência. Depois disso, ele assumiu a liderança da matilha, e não o via desde então. Não conheci os outros habitantes da reserva. Nenhum além de Billy, que tem sido uma ótima companhia para Charlie e sou eternamente grata por isso.

-São U$20,00, senhorita.- A voz vinda do banco do motorista me tirou de meus devaneios. O entreguei o dinheiro e descarreguei o porta-malas, o agradecendo. Tudo era lento e fraco. Como metade de mim.

A construção era extremamente sofisticada, e rapidamente me dirigi ao elevador, apertando o nono andar. Entrei no 91 e deixei as malas no meio da sala de estar, fechando a porta. Pedi para que Alice o decorasse para uma única pessoa, e não para toda uma família, mas ela não foi bem sucedida nisso. A sala de estar, por si só, já gritava modernidade e aconchego e, devo admitir, estava maravilhosa.

Aqueles míseros instantes já me davam a sensação de liberdade; de poder andar com os meus próprios pés, sem a necessidade de minha família me vigiando e resguardando a cada segundo.

Fechei meus olhos e me joguei no sofá, criando expectativas sobre tudo o que aconteceria dali por diante. Pensei nos meus pés na areia, pensei em uma sala de aula e até mesmo em um emprego qualquer. No meio de todas as conjecturas, criava também, aos poucos, ânimo para organizar um canto finalmente meu.

After All This TimeOnde as histórias ganham vida. Descobre agora