— E você Nathaniel? Como se sentiu diante do que aconteceu? — Nathaniel levanta e baixa sua cabeça.
— Queria qualquer coisa, menos estar na minha pele. Jason a beijou na minha frente, para que eu descobrisse da forma mais suja possível. — baixo a cabeça e respiro fundo. Eu queria muito conseguir defender Jason, mas não vejo como defendê-lo. Nathaniel sofreu muito com aquilo, nota-se que ele amava Paige e estava muito feliz com a vida que eles dois tinham.
— E então... acabou sofrendo um acidente de carro. — retruco pensativa.
— Sim Ana. Um grave acidente. Sinceramente, não sei como sobrevivi. — retruca.
Aquela história possui dois lados, o de Jason e o de Nathaniel, cada um com a sua forma de enxergar os acontecimentos. Sei que Nathaniel sofreu com o que aconteceu, mas Jason é condenado até hoje pelo passado. Paige com certeza tem também a sua versão, mas não sei onde poderia encontrá-la.
Então meus pais surgem vindo em nossa direção.
— Ana querida, acho que deveríamos dar um tempo a família Whittemore. Acho que eles precisam pensar no que aconteceu. — diz meu pai.
— Concordo pai. Acredito que hoje tenha sido um dia difícil. Nathaniel, nós nos vemos logo mais. — digo sorrindo. Nathaniel sorri.
— Tudo bem Ana. Foi um prazer recebê-los, vocês são pessoas muito boas. Lamento que tenham presenciado a explosão de Jason. Mas, acreditem... isso não é tão anormal quanto parece. — Nathaniel ri de forma descontraída.
No caminho não houve comentários, o silêncio se propagou, me sentia muito aflita e morrendo de vontade de saber como Jason está e onde está. Ao chegarmos ao meu apartamento, minha mãe acaba quebrando o silêncio.
— Aquilo não sai da minha cabeça. Pobre Jason. — a olho confusa.
— Pobre Jason? — ela revira os olhos pensativa.
— Deve ter sofrido muito. Albert o comparou todo o tempo com Nathaniel. Sinceramente, sinto muito por tudo que aconteceu. E você filha, como está se sentindo depois disso?
— Muito confusa. Não sei, Jason me deixa tão confusa. Queria saber como ele está! — minha mãe se aproxima e coloca delicadamente os meus frios de cabelo por trás da orelha.
— Querida, dê um tempinho a Jason. Acho que ele precisa. — diz ela sorrindo como um anjo.
— Você tem toda razão. É isso que eu farei. Obrigada. — a abraço, naquele abraço apertado eu me sinto refugiada.
O dia amanhece e eu não consegui dormir bem, mas eu tinha a necessidade de saber como Jason estava depois de ontem. Não havia nenhuma ligação, nem ao menos uma mensagem. Mas, como minha mãe disse: Jason precisa de um tempo. Tomei um banho demorado e em seguida fui tomar café, minha mãe e meu pai já estavam tomando, o assunto principal era sem dúvidas: Jason.
— Bom dia filha — disse o meu pai me olhando, sorrio para os dois — Então, como dormiu?
— Dormi bem, obrigada. Falavam de Jason? — pergunto curiosa.
— Sim. — diz minha mãe.
— Falava a sua mãe que Albert não deveria fazer comparações entre Nathaniel e Jason. — retruca meu pai.
— E eu estou de acordo. Acho um absurdo. — assenti minha mãe. Sento numa das cadeiras da mesa.
— Concordo com vocês. Se Albert não tivesse feito o comentário ontem, Jason não teria tido tanta raiva. Jason sempre foi incontrolável, explosivo e raivoso. — indago enquanto me sirvo.
VOUS LISEZ
Dançando sobre o fogo
Roman d'amourJason Whittemore era o mais novo de três irmãos, e segundo seus pais o mais rebelde desde a infância, com uma personalidade forte e um humor para poucos, brinca com as mulheres e quase sempre estampa jornais. Há muitos anos Jason não via Ana, a filh...
CAPÍTULO QUINZE
Depuis le début