Capítulo um

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Capitulo 1

Seis meses depois daquela noite terrível onde eu minha matilha tínhamos sido amaldiçoados e nada, simplesmente nenhuma pista de onde estava uma de nossas companheiras. E para completar a nossa incrível sorte toda e qualquer bruxa que encontrávamos pelo caminho e pedíamos ajuda se recusava a se quer nos ajudar.

A trezentos anos atrás eu e mais cinco amigos decidimos que para quem vive aproximadamente cinco mil anos, passar todo esse tempo seguindo ordens de uma matilha retrógrada, era muito tempo para viver no tedio. Então decidimos viver por ai conhecer novas pessoas, culturas e lugares. Por ser o mais forte deles me nomearam o alfa da matilha, e escolhi meu melhor amigo Julian como meu beta. Muitos achavam loucura nosso modo de viver sem limites, regras ou um lugar para voltar, Mas nunca foi necessário.

Com o passar dos anos mais alguns jovens lobos se juntaram a nós e hoje somos doze na matilha Cercato. Porém em nenhum momento nenhum de nós pensou que tal coisa ia acontecer, pois para um lobo encontrar sua companheira é a coisa mais importante que existe. Viajávamos sem rumo por ai e com apenas o nosso extinto nos guiando e rezando para quem quer que estivesse nos ouvindo que nossa sorte mudasse um pouco.

Cento e noventa dias depois daquela noite estávamos em uma pequena lanchonete, de uma pequena cidade da qual eu nem mesmo sei o nome, e eu já via o olhar triste em um grupo de homens que a maioria dos dias sorria e brincava uns com os outros eu mesmo estava assim.

As noites vagamos pelas festas em busca de um cheiro especial e pela manhã andávamos pelas ruas em busca do mesmo aroma. Numa dessas caminhadas pela manhã uma fragrância me atraiu e eu simplesmente não podia acreditar que a sorte finalmente estava começando a mudar.

— Alana você tem que contar para alguém o que está acontecendo!

— Eu não posso Camile.

— Porque não pode?

— Por dois motivos; eu não tenho nem coragem, nem como provar isso.

Quanto mais eu me aproximava da praça em que as duas mulheres estavam conversando menos gostava da conversa que elas estavam tendo. Uma daquelas duas mulheres era a minha companheira e alguém a estava prejudicando e isso não ia ficar empune. Me aproximei um pouco mais tentando ser o mais discreto possível, para tentar descobrir qual das duas era, mas o cheiro delas estava muito misturado.

As duas eram lindas, uma tinha cabelos loiros, olhos verdes e era mais alta que a outra. A outra tinha os cabelos castanhos assim como os olhos em uma combinação perfeita era um pouco mais baixa, era a beleza mais rara que eu já vi, tinha também um olhar triste. Algo me dizia que ela era minha companheira e se dependesse de mim, nem que levasse o resto dos meus anos eu iria mudar isso. Mas antes tinha que tê-la em meus braços de preferência sem ter que persegui-la pois por ela ser humana ela teria grande desvantagem.

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O destino realmente não deve ter gostado muito de mim quando eu nasci, porque não é possível ter tanta má sorte para uma pessoa só. Nunca conheci meu pai, meu avô expulsou minha mãe de casa quando ela descobriu que estava gravida de mim e a abandonou a sua própria sorte, para me sustentar ela trabalhou mais do que uma pessoa só deveria, namorou alguns homens mas nenhum que valesse a pena segundo ela, até conhecer o Oliver, que por coincidência ou não era filho do patrão dela na época.

Ela se apaixonou pelo traste, mas ele nunca disse a ela quem ele era de verdade até o dia em que ela descobriu que estava gravida novamente. Quando ela contou ele disse que não iria ter um filho com a empregada do pai dele, ela ficou devastada e resolveu ir embora da cidade onde eu tinha crescido, foi onde tudo começou a dar errado.

Na época eu tinha dezesseis anos, e minha mãe teve uma gravidez muito difícil quis parar de estudar para ajudá-la, mas ela não permitiu. Quando o Ben nasceu minha mãe, teve vários problemas durante o parto o que a deixou com sequelas e três anos depois ela faleceu. Passamos a ser só eu e o Ben no mundo, eu arrumei um emprego e pude continuar minha faculdade graças a nossa vizinha que cuida do Ben para mim.

Pensei que mesmo com todos os altos e baixos da minha vida eu iria conseguir continuar sem muitos problemas, mesmo tendo vinte anos e um bebê de três anos para criar, mas o meu querido professor da faculdade agora resolveu me assediar. Como não dei muita atenção as suas investidas agora ele resolveu me ameaçar. Eu simplesmente não sei o que fazer.

Minha melhor amiga acha que deveria denuncia-lo mas eu não tenho como fazer isso porque não posso provar. Estamos na praça que chamamos de praça das notícias, por ser próxima à loja que trabalhamos e sempre que queremos privacidade para falar sobre algum assunto é pra lá que fugimos para conversar. Estava tentando a fazer entender porque não iria denunciar o "professor abusivo", quando vi o homem mais lindo que já vi na vida.

Ele é alto, cabelos loiros, olhos cinzas como as nuvens de tempestades e um olhar penetrante ele exalava masculinidade e mistério fiquei encantada com tal beleza e a única coisa que me fez perceber que estava praticamente babando naquele homem foi Camile.

— Terra para Alana! Na escuta?

— Hum...

—Quer um babador amiga?

— Não precisa.

—Que bom que você não precisa porque eu quero um. Nunca vi homem mais lindo.

Quando olhei de novo ele estava sorrindo e tenho certeza que foi o sorriso mais sexy da história tal coisa deveria ser proibida. Ele estava olhando para nós agora e por algum motivo não conseguia parar de olhar de volta era como se algo me puxasse para ele. Mas me puxaram mesmo foi de volta a realidade pois o meu celular começou a tocar o alarme mostrando que estava na hora de ir trabalhar.

Antes de ir embora não resisti e dei mais uma olhada no homem lindo, pois ia ser a última, mas ao menos teria muito material para ter sonhos a noite (ao menos isso), porque um homem como esse não iria prestar atenção em mim. Que como já me disseram uma vez sou uma baixinha e gordinha e ainda por cima sem graça.

Matilha Cercato - Livro 1 - HenryWhere stories live. Discover now