- Por favor, quero o teu apoio!!- Mia, só tenho medo de... de te perder. Vais para um país completamente diferente do teu, sozinha... - o seu olhar em mim é algo que não consigo decifrar - Eu não vou lá estar para proteger-te.
Todo este tempo pensei que ele não queria deixar-me ir porque queria que eu apostasse noutra área...
- Oh pai, eu tenho juízo. Vou para Londres com a cabeça completamente virada para os estudos. Não te preocupes!
- Meu amor, eu confio em ti e sei que não vais desiludir - me!
- Isso quer dizer que me apoias? – Pergunto novamente, só para ter a certeza.
- Não posso impedir-te! – Ele riu e eu simplesmente abracei-o.
- Gracias papiii!
- Aproveita, porque oportunidades destas não acontecem todos os dias!
- Eu sei pai, eu sei. Vou dar o meu melhor. Prometo!
As duas semanas passaram-se a voar e aqui estou eu a espera do voo! Ainda não acredito, isto ainda me parece tudo surreal.
- Pai calma. Eu estou óptima! – Falo, sem no entanto impedir mais uma abraço sufocante do meu pai.
- Lá tem Internet certo? Quero o teu telemóvel sempre ligado, nada de ficar constantemente sem bateria Mia!
- Vou para Londres, não vou para a Antárctida! Respira!
- Ai princesa. Sei lá... Tens a certeza que queres ir?
- Certeza absoluta.
Antes que eu pudesse respirar. Ele volta a esmagar-me num daqueles abraços sufocantes, que eu adoro mas que hoje estão a acontecer numa escala exagerada. Não o condeno, no seu lugar eu faria o mesmo (ou pior)!
- Mia, mal chegues liga-me. Se por alguma razão não gostares da Universidade. Apanha o primeiro avião de volta. Ouviste?
- Prometo!
Aqui estou eu, prestes a apanhar o avião. Sem saber o que sentir. Triste ou feliz. Por um lado deixo o meu pai, os meus tios e a minha cidade, mas por outro, vou viver o meu sonho, de estudar no que eu quero. É fantástico!
Ouço uma última vez, a voz da interlocutora com o número do meu voo. As borboletas no meu estômago, fazem questão de me acompanhar, sem dar tréguas.
- Estou muito orgulhoso. Amo-te muito. - ele sussurra ao meu ouvido.
- Pai, não fiques paranóico. Assim que eu chegar ligo! - eu falei sem dar a minha parte fraca, o que está a ser extremamente difícil. - Também te amo muito.
- A tua mãe iria ficar orgulhosa. – está frase foi a "morte do autor", fecho os olhos para que as lágrimas não caíssem.
- Eu sei pai. – desta vez fui eu a abraçá-lo. Um abraço forte e sentido, que eu não irei ter tão cedo.
Respiro fundo. Eu não quero de alguma forma ficar assim, mas a morte da minha mãe, ainda esta bem presente na minha memória, assim como na do meu pai. Mas é algo com que eu tenho de saber lidar. Dou um sorriso fraco e um último grande beijo ao meu pai.
Passei o portão de embarque. Entrei no avião, sentei-me no meu lugar e coloquei os auscultadores nos ouvidos. Tentando ignorar a pequena lágrima que estava prestes a cair. Eu fiz a escolha certa não fiz? Então...
XXX
Assim que volto a ter as minhas malas na mão, corro o mais que posso até a zona de táxis. Estou exausta, mas isso não me impede de correr e alcançar um táxi.
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Weird - PARADA TEMPORARIAMENTE
Fanfiction"Somos balões cheios de sentimentos num mundo repleto de alfinetes" Ela? É apenas estranha. E ele? É um dos rapazes mais cobiçados do planeta. Capa feita por: @kiitkaaaat