Capítulo 4

1.7K 118 25
                                    

 - Vai demorar muito aí, Chris? – sua mãe estava na cozinha lhe aguardando. Eram sete e quinze da manhã, ela havia feito café e o cheiro emanava pelo ar.

- Já vou! – disse Christopher enxugando seu rosto depois de lavá-lo. Ele já tinha escovados os dentes, agora só precisava dar uma ajeitada rápida no cabelo bagunçado. Ele saiu do Banheiro e foi até sua mãe, como de costume ele iria à padaria.

- Bem, você já sabe o que comprar, mas dessa vez traga mais café em pó. O último pacote que tínhamos eu já usei.

- Tudo bem – Christopher pegou o dinheiro e foi para o quarto. Ele abriu a cortina para a luz entrar, foi quando viu Rafael saindo de sua casa e vindo em direção a dele, estava indo devolver as ferramentas emprestadas. Ele tentou se arrumar rapidamente, tentou ajeitar seu cabelo, mas sem muito sucesso. Rafael bateu à porta.

- Quem será desta vez? - Sua mãe estava na cozinha. Antes que conseguisse sair da mesa, Christopher se adiantou.

- Deixe que eu vejo, mãe - Ela se deteve e voltou a sentar. Christopher desceu a escada, quase caiu tentando descer de dois em dois degraus, mas conseguiu se segurar no corrimão. Ele pegou sua chave e abriu a porta. Lá estava Rafael, quase do mesmo jeito que ele, porém com o cabelo mais organizado.

- Bom dia - disse ele, formalmente.

- Bom dia - respondeu Christopher, da mesma forma.

- Aqui estão as Ferramentas que você me emprestou - ele as entregou em suas mãos. – Muito obrigado.

- De nada. Muito trabalho com a mudança?

- Não muito agora, mas a maioria das coisas foi montada e acomodada. – Falou enquanto ajeitava os cabelos. - Por acaso você pode me dizer onde fica o comércio mais próximo daqui? Estou buscando uma padaria.

Christopher não conseguia acreditar no que Rafael acabara de dizer. Aquela poderia ser outra oportunidade perfeita para se conhecerem melhor.

- Eu estava prestes a sair – disse ele, escolhendo as palavras cautelosamente. – Se você quiser, eu posso mostrar onde fica.

- Sério? Se não for incômodo, eu topo – disse Rafael, abrindo um pequeno sorriso tímido. – Só me dê um instante, preciso ir em casa primeiro.

- Claro, nos encontramos daqui a pouco.

- Tudo bem, com licença – e ele voltou para sua casa. Christopher foi para o quarto terminar de se arrumar, minutos depois ele saiu e aguardou Rafael na rua, não demorou muito e ele apareceu. Estava usando um moletom azul-cobalto e uma calça preta, enquanto Christopher vestia uma jaqueta verde e uma calça marrom.

- Tudo certo? - Perguntou Christopher.

- Tudo, vamos – respondeu Rafael, levantando o capuz do moletom.

O céu estava aberto, com poucas nuvens, o sol brilhava, mas o frio ainda dominava. As pessoas andavam pelas ruas, algumas faziam compras, outras saindo para ir a algum lugar, e conforme andavam, Christopher guiava Rafael e lhe falava tudo sobre a localidade.

- Ali é a Farmácia, depois tem a reprografia e a loja de varejo. Já no outro lado da rua – ele apontou dessa vez – fica o açougue, a sorveteria, um café-da-manhã e, por fim, a padaria. E também há um supermercado não tão longe, fica a umas quatro quadras daqui.

- Nossa, aqui faz mais frio do que onde eu morava – disse Rafael, com as mãos nos bolsos do moletom – ainda mais nessa época do ano.

- Nós estamos em maio ainda, analisando as coisas geograficamente, estamos mais perto do polo sul, mas relaxa, você se acostuma.

Um Amor Em Buenos Aires - LIVRO COMPLETO NO SITE DA EDITORA UICLAPWhere stories live. Discover now