Pouco para liberdade

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Eu sonho com uma liberdade plena. Quem não sonha, não é mesmo?
Sempre quis cantar e dançar por horas sem que me achassem louco. Ou que eu pudesse lavar meu quintal à 01:30 da manhã, ouvindo um rock 70 e usar uma vassoura como microfone. Quem sabe até, levar a garota que eu gosto pra jantar sem compromisso, me deitar com ela a noite e no dia seguinte, voar.
Desde criança achava fácil ser livre. Eu pulava muros, me escondia sempre em lugares inusitados, invadia casas e corria. Corria descalço mesmo, sem me importar com os calos ou machucados do acaso. Me sentia feliz em virar a noite com as estrelas e um céu tão aberto quanto abraço de mãe na tristeza.
Até hoje, acho fácil ser livre, me sentir livre! Não aguento esses muros que eles me trazem e não acho que algo escrito seja sempre uma verdade absoluta, tornando nossos sonhos obsoletos.
A vida é mais linda do que se imagina. E sim, conforme as mágoas vem, tentamos menos, sempre querendo mais. Eu já vi gente se matando por ouro ou por papel com tinta. E confesso, por mim não teria que ser assim. Às vezes até sonho em mudar tudo, que um dia com uma mão toda podridão se varra da terra, aos cafundós do universo.
Eu hoje, me vejo mais pra frente que antes e mais confiante. Sei que sou mais do que eles me moldam, e que estar na moda mesmo, é ser feliz...

VidaWhere stories live. Discover now