Sua frieza me fez chorar ainda mais, e ao digerir suas últimas palavras me afastei dele. O mesmo me olhava, eu apenas lhe lancei um olhar cheio de dor, fui onde deixei minha mochila.

Parei segurando a maçaneta da porta olhei uma para trás, e ele continuou lá me olhando.

--Desculpa...-Sussurrou.

Virei novamente, abri a porta e sai. Esperei alguns segundos, na esperança dele voltar atrás, ao entender que isso não aconteceria segui meu caminho para casa.

[...]

Ao parar em frente a casa do meu pai, vi que seu carro estava lá. Tentei me recompor ao máximo e resolvi correr até meu quarto. Passei correndo por ele e Judi.

--O que houve Liz-Perguntou Judi quando passei correndo por eles.

--Filha?--Ele gritou me chamando, ignorei e tranquei a porta do meu quarto.

Entrei em meu banheiro, já que meu pai estava batendo em minha porta, eu tinha certeza de que ele abriria a mesma, tranquei a porta do banheiro sentei no chão, e chorei até adormecer...

POV NICOLAS

Ela sabia que isso iria acontecer desde o começo, por isso todo seu desespero no dia do cinema.

Olhei para o celular, a chamada ainda em curso, coloquei ele sobre o ouvi e pude ouvi a risada daquela vaca.

-- Satisfeita?

--Você não imagina o quanto!

--Vá pro inferno!

Joguei meu celular para longe, sentei em frente a porta e novamente voltei a chorar.

O que foi que eu fiz?

[...]

Dias depois...

Sai do banheiro, peguei uma toalha e enrolei na cintura. Depois de me vesti peguei minha bolsa, algumas pastas a chave do carro e sai de casa.

Antes de chegar na escola, passei por um Starbucks comprei; um café com puro, e uma gigantesca caixa de donuts de chocolate e doce de leite.

Ao parar na escola ainda no estacionamento, comi uns três donuts e bebi todo meu café - não é um grande almoço mas da para segurar.

Sai do carro, dei boa tarde a todos os alunos que encontrei no caminho. Entrei na sala dos professores com a caixa na mão e distribuir entre os meus colegas, fiquei conversando com o Diego e a Fernanda, que por acaso estavam conversando sobre um show de talentos.

--A menina canta demais, conheci o pai dela quando ele tinha uma banda juvenil. Acho que o talento é de família...

--De quem vocês estão falando?-Sorri para eles.

--Liz Carter do terceiro F°...

[...]

Dei uma olhada no meu horário e vi que tinha os dois últimos períodos no terceiro ano F, justamente a turma dela. Respirei fundo e segui para a sala de aula...

Ao fim das aulas que não me fariam ter um ataque cardíaco, suspirei pesadamente antes de entrar na última turma da tarde...

--Boa tarde!-Falei e todos me olharam, menos ela.

Dei uma explicada nos assuntos, e conversei um pouco com eles sobre cursos, e faculdades. Ao notar que ela estava completamente alheia ao assunto, pós estava utilizando seu celular.

--Senhorita Carter, guarde o celular por favor...-Falei, tentando chamar sua atenção, nem assim me olhou.

--Sinto muito.-Falou baixo.

--Espero que isso não se repita!

--Claro professor...

Eu posso lidar com isso...

--Então galera vamos fazer um trabalho em duplas, mas se sobrar alguém faremos em trio. Ok? Podem escolher suas duplas.

Passei a atividade enquanto eles se acomodavam, expliquei como fazia e me sentei. Peguei meu celular, vi a galeria aberta e à primeira foto que lá tinha era uma nossa.

Ela tirou quando fomos a praia, estávamos sorridentes olhando um olhando para o outro.

Fiquei olhando a foto, até perceber a Juliana ao meu lado, falando algo.

--Professor não estamos conseguindo fazer essa...-Me mostrou a questão.

--Liz é tão boa nesse assunto.-Falei e nos dois olhamos para ela.

--Ela anda distraída...-Seu tom de voz, demostrava que ela não estava nenhum pouco feliz de estar falando comigo.

--Entendo.-A culpa estava me matando.

Expliquei para ela, a mesma voltou a sentar e eu continuei olhando nossa foto...

No fim dos dois períodos, todos os alunos me entregaram os trabalhos e saíram da sala, observei que a Juliana saiu da sala ficando apenas eu e ela ali sozinhos.

Comecei a organizar minhas coisas, quando percebi que ela estava vindo em minha direção.

--Aqui.-Ela foi saindo, porém segurei seu braço.

--Espera...

Ela parou e continuou de costas para mim, soltei seu braço e fui para a sua frente.

--Não precisa ser assim.-Falei e ela me olhou com raiva.

--Quem escolheu assim foi você, agora me dá licença que a criança aqui tem hora para chegar...-Me empurrou e saiu me deixando arrasado.

Tenho minha parcela de culpa...

Eu sei, estou ferrado.

O Professor (Livro 1)Where stories live. Discover now