Prólogo

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Ela estava nervosa. Todas ficavam nervosas minutos antes de entrarem de braço dado com os seus pais pela igreja acima até encontrarem o seu amado.

Violeta não era diferente. Sentia um formigar crescente na barriga de ansiedade. Sabia que no altar, junto com o padre estaria o seu amado esperando-a. Ouviu a tão famosa música de entrada da noiva. As portas grandes e pesadas do fim da igreja abriram-se com um ranger de dobradiças. Violeta olhou para dentro e ficou emocionada como tudo estava lindo, olhava para todo e para todos. Flores de todo o tipo ordenavam os bancos, juntamente com um pequeno e entrecortado rasto de pétalas de rosas que ela, com o seu pai seguia a caminho do altar. Ao olhar para aquela multidão que iria presenciar o amor existente entre ela e Toby sentiu-se calma. Olhou para cima e viu o paraíso. Toby tinha vestido um conjunto de fato que lhe ficava muito bem. Ela involuntariamente sorriu ao olhar para o seu amado. Naquele momento foi como se só exististe ele e ela naquele lugar, como se mais ninguém exististe ali.

Ela só não sabia o que o futuro lhe reservava, mas mesmo assim ela pensava em aproveitar ao máximo.

O seu pai deu-lhe um beijo na testa e cumprimentou Toby com um aberto de mão e com um enorme sorriso. A filha também tinha um sorriso verdadeiro nos lábios, ela lembrou-se naquele momento que um dia quando estava numa viagem com o seu amor, este lhe disse que ela ficava linda de qualquer maneira, mas principalmente quando tinha aquele sorriso. Ao lembrar-se aumentou automaticamente o seu sorriso. Todos se sentaram e olharam para o padre que tinha começado com a missa de casamento.

Finalmente, chegou a hora de dizer "sim". O padre começou por Violeta que prontamente disse um sim com toda a convicção, olhando para Toby que tinha um olhar vazio, parecia estar a pensar no que fazer. O padre de seguida virou-se para ele e fez-lhe a mesma pergunta. No entanto, e ao contrário do que tinha acontecido com a noiva, ele demorou tempo a responder. Muito tempo, na igreja parecia que de repente tinha acabado o ar para Violeta, porque ela olhava para Toby com um olhar talvez de súplica e interrogação ao mesmo tempo.

Toby olha a volta, como se procura-se alguém. O seu olhar fixou-se numa pessoa que naquele momento, tinha acabado de entrar. Violeta começou a suar frio, com receio. Ela sabia que ele estava a olhar para alguém e ela queria saber quem era. Quando, mesmo disfarçadamente, se vira para poder saber quem era o alvo dos olhares de Toby, foi como se um grande balde de água fria lhe caísse em cima.

Ela não podia acreditar que aconteceria de novo, podia ser que não acontecesse. Olhou novamente para Toby que ainda tinha o seu olhar poisado naquela rapariga. Já se tinha passado tanto tempo desde que o padre tinha perguntado ao noivo, por isso o padre voltou a perguntar-lhe. Ele voltou a olhar para a rapariga perto da porta que vestia um simples vestido preto, que lhe ficava muito bem e ao virar-se, metade para o padre, metade para Violeta, disse "não".

Toby olhou para Violeta como um pedido de desculpa, como se apenas com aquilo ele pudesse ser perdoado. Violeta sentiu uma lagrima solitária escorrer-lhe pela cara enquanto Toby se desenvencilhava das mãos dela.

O noivo olhou para todos e sorriu para o seu padrinho de casamento que era também seu melhor amigo e correu, como se a sua vida dependesse disso, para perto daquela rapariga. A rapariga sorriu quando ele chegou ao pé dela e disse-lhe alguma coisa que a fez sorrir ainda mais. Antes de abandonarem a igreja a rapariga ainda desconhecida olhou para a noiva parada no altar com um sorriso de vitória. E foram-se os dois embora.

Violeta estava a chorar agarrada ao pai e a sua mãe. Ela ainda não acreditava no que via. Não queria acreditar que voltava a acontecer. Até os seus pais não acreditavam, eles gostavam mesmo de Toby achavam que era um homem bom para a sua filha, mas acabou por ser igual ao outro.

Violeta afastou-se dos seus pais e também dos olhares de pena dos convidados. As lagrimas que até agora corriam para fora dos seus olhos tinham secado.

Já lhe tinha acontecido o mesmo fazia alguns anos, quem ela pensava que amava e que a amava, deixou-a também no altar. Ela não tinha sorte.

Toby era uma pessoa boa, gentil e também tímido, não parecia capaz de fazer tal coisa, além do mais nunca deu qualquer sinal que não gostasse dela.

Violeta jurou naquele momento que iria vingar-se dele como fez ao seu primeiro noivo.


Olá. Espero que tenham gostado do prologo. :-) 

Esta e a Violeta

Esta e a Violeta

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Este é o Toby 

Este é o Toby 

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