Capitulo 1

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ANNE COOPER

Aperto o botão do elevador nervosa, afinal, é mais um dia correndo atrás de um emprego para se sustentar em uma cidade tão devastadora. Hoje em dia poucas pessoas conseguem se estabilizar em NY, a maioria acaba desistindo e indo vender coisas nas ruas -é o que eu estou quase fazendo nesse momento-

Assim que entro no elevador sou tirada do meu momento pensadora com a voz grossa de um homem

-Segura aí

É claro que eu vou segurar, quem não seguraria um elevador para um homem desses? Alto, cabelos negros e lindos olhos verdes. Percebo que carrega uma criança em seu colo todo atrapalhado. Coitado

-Obrigado -diz ofegante entrando. Meu Deus, nem quero imaginar esse homem falando assim após ...-quero sim-

-Por nada -sorrio- você realmente não leva jeito - CALA A BOCA ANNE

-Hã? -me olha confuso- Do que está falando?

-Você está todo embolado com essas bolsas. Sua esposa viajou? - JÁ AVISEI PRA CALAR A BOCA

-Não...- fala sem graça rindo fraco- Não sou casado -ajeita a pequena criança no colo

AMÉM.

-Hmmm... e qual é o seu nome pequena? -pergunto para a menininha que cora escondendo o pescoço no pai -eu acho-

-Xophia...

-Eu sou a Anne

-Você conhece alguma babá, Anne? -diz o homem

BIMBA
TÁ AÍ
O EMPREGO
PERA
NÃO SEI CUIDAR NEM DE MIM

-Babá? -Não idiota, uma cozinheira

-Sim...preciso de uma

-Eu acho que conheço

-Pode me passar o número?

-Sim... -pego e anoto o número logo o entregando -que mãos grandes meu senhor

- Obrigado -fala colocando no bolso

Vejo as portas se abrirem

-Foi um prazer conhecê-los -disse animada

-Prazer todo meu -diz tentando tirar as chaves do bolso

MARRIE, ME AJUDE

AXEL CARTER

Já é a décima vez que Sophia me pede algo para comer. Só tenho algo congelado e creio que ela não goste de comer esse tipo de coisa - e que tipo de pai dar isso pra filha de 4 anos comer?- acho que está na hora de ir no supermercado

Pego a bolsa de Sophia -odeio rosa- e a chamo para ir na rua. Foi difícil, mas consegui.

Saímos em direção ao elevador e vejo uma menina entrando e na mesma hora grito um "Segura pra mim" e a mesma segura.

Vamos conversando durante o trajeto do elevador e pergunto para a mesma se conhece alguma babá. A menina, que no caso é Anne já que me disse o nome, disse que conhecia uma e me passou o número

Preciso mesmo de uma babá, não posso deixar Sophia em casa sozinha enquanto trabalho - preciso me lembrar de comprar uma casa maior -

Chego no carro pondo Sophia no banco de trás - me lembrar também de comprar uma cadeirinha- coloco cinto na mesma e sigo para meu lugar no banco da frente. Assim que ponho o cinto, dou partida no carro e sigo para o supermercado.

Assim que estaciono o carro pego Sophia e sigo para o supermercado, ponho ela no carrinho e sigo para fazer as compras

-Nao quelu babá

-Mas precisa de uma, não posso deixar você sozinha em casa

-Pode sim

-Posso não

-Ela vai me bate

- Vai não, elas são boas

-Mamãe dixe que são buxas

-São nada, você vai ver, são boas

-Quelu vê desenho -Acho incrível como essas crianças mudam de assunto de uma hora para outra

Pego meu celular abrindo em um vídeo de desenho e entrego para ela e sigo para fazer as compras. Olho alguns biscoitos e vou colocando no carrinho, vou ser um péssimo pai, eu não sirvo pra isso

SOCORRO, PRECISO URGENTEMENTE DE UMA BABÁ

Sophia Onde histórias criam vida. Descubra agora