Relton não lutara com Lucien quando ele lhe ameaçou e nem quando se viu próximo a morte.

—Se não falar irei mata-lo – Lucien avisou frio ao apertar ainda mais o pescoço de Relton, o qual mantinha um sorriso na face apesar de ser difícil respirar – Não me importarei em mata-lo, sabe bem disso.

— Os sábios não ficarão felizes.

— Posso matar eles também.

Relton enfim percebeu o olhar de Lucien, o qual encontrava-se em chamas. Ele conseguia enxergar toda a raiva e a fúria em seus olhos, e teve certeza que poderia ser morto.

— Prefere ser morto? – A voz repleta de frieza causou calafrios em Relton, o qual permaneceu quieto – Morra em silêncio então – Lucien disse ao apertar o pescoço com ainda mais força, somente parou quando Relton começou a balbuciar coisas desconexas. – Diga – Falou ao soltá-lo.

Relton sorriu levemente, enquanto tossia ao sentir o ar entrar pelos seus pulmões livremente.

— Não sei quem os enviou – Começou a falar com calma – Vi um barco estranho atracar, e eles não possuíam permissão, mas me ofereceram algo em troca.

— O que?

— Me ofereceram um reino assim que conquistassem todos os reinos.

— E qual o motivo lhe levou a acreditar nisso?

— Isso terá que descobrir por si mesmo – Deu de ombros – Pode me matar, mas nada me fará falar.

Lucien estreitou o olhar antes de fazer um sinal para os guardas o levarem. Seu olhar direcionou-se para o local onde estava ficando curioso por ninguém ter se aproximado deles. Eles se encontravam no meio do porto.

—Aquele desgraçado já havia montado tudo – Lucien respirou fundo ao sentir a adrenalina envolver o seu corpo. A cada segundo se sentia ainda mais entusiasmado para conseguir encontrar Safira – Cacem todos que sejam estranhos no reino e busquem evidencias.

Os guardas concordaram ao começar a ronda.

***
Safira sentiu o gosto de sangue em seus lábios. E sem perceber um sorriso se formou em seus lábios ao sentir o seu rosto queimar devido ao tapa que o homem havia lhe dado. A única coisa que ela fazia era tentar conseguir tempo até alguém ir lhe resgatar.

Olhou determinada para o homem que sorria ao se divertia.

— Deveria saber o nome do homem que está tentando me afligir tanta dor, não concorda? – O homem sorriu com os olhos semicerrados.

— Todas as jovens nobres estariam chorando e implorando clemencia.

— Não sou como elas.

— Estou percebendo, princesa de Landivia. Tornarei tudo mais interessante – Aproximou-se dela, a qual ainda se mantinha amarrada sentada no chão da cabana – Meu nome é Desmon.

— E a que reino pertence?

— A qualquer um que me pagar mais – Revelou sorridente – Obviamente fui contratado por um reino e devo leva-la até eles assim que descobrir que poder possui. Se facilitar posso lhe ajudar.

— Como? Me entregando a quem oferecer mais?

— Posso avisar ao rei de Vantis, e imagino que ele queira pagar para tê-la novamente. O que me diz princesa?

— Qual motivo lhe faria fazer isso?

— Sou curioso como todos.

Safira o observou atentamente em busca de algo, mas nada conseguiu. Ela não conseguia ver nada. Ela sentia o seu coração bater cada vez mais forte, a sua respiração se tornar ofegante, e na tentativa de enxergar o futuro fechou os olhos, concentrou toda a sua energia afim de controlar seus batimentos cardíacos e sua respiração. A dor em sua face dificultou, entretanto ela conseguiu. Avistou uma nuvem negra, sangue e o homem a sua frente ajoelhado.

Ele vai morrer, mas quem vai mata-lo? Pensou angustiada ao não conseguir enxergar o seu salvador, o qual se encontrava como uma nuvem negra em sua visão.

***
No palácio, Richiston se mantinha impassível ao saber dos acontecimentos. Olhou para Garsiel, o qual se manteve ao seu lado desde que Lucien sairá.

— Espero que esteja satisfeito com o que fez – Garsiel disse frio ao olhar para Richiston, o qual se encontrava sentado em seus aposentos. Ele não havia sido permitido de sair até o retorno de Lucien – Se ela estiver morta quando ele a encontrar, irá se encontrar com o Deus do Sol antes que pense.

Richiston engoliu em seco ao perceber a verdade nas palavras do primeiro príncipe.

— Não fui culpado por nada – Richiston se defendeu.

— Lucien não se importara com isso.

— Eu sei.

— Todos sabem – Deu de ombros. Para ele, aquele seria o preço que Richiston deveria pagar por ter sido obcecado. – Ele não lhe perdoará.

Richiston nada disse ao olhar para a parede. Ele possuía pouco tempo para descobrir o que havia acontecido e salvar a si mesmo.

Continua... 

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Então pessoal.. espero que tenham gostado do pequeno capitulo.. e o que imaginam que irá acontecer agora? Estou muitoooo curiosa com suas teorias.. 


Beijosss

Tentação Real [Completo]Where stories live. Discover now