Capitulo 2 - A volta dos que não foram

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Capitulo 2 - A volta dos que não foram

Mais um ano se passou, eu finalmente aderi as garotas que tem um corpo! Uhu, não que eu seja a rainha dos seios, longe disso! Na verdade estou mais para a garota que colocou maçã nos peitos, mas tudo bem, é um começo.

Nesse começo de ano, eu e Lia decidimos fazer nossa festa juntas, ela faz em janeiro e eu faço em fevereiro, é quase um mês de diferença, mas decidimos irmos a uma matinê. O chato que teríamos que voltar cedo, se não nossos pais iriam nos castigar. Foi divertido, conhecemos uns garotos bonitinhos, ficamos com alguns, nos divertimos com as amigas.

Tive uma singela festinha de aniversário com a minha mãe, meu irmãozinho, meus avós, duas tias e dois primos e uma prima e claro, a Lia.

— Nossa, vocês não se separam nunca? - Soraya perguntou, ela é uma das primas pequenas que eu tenho, ela tem 9 anos, tem os cabelos castanhos bem lisos e escorridos, usando um vestido amarelo que deixa ela bem bonitinha.

— Porque faríamos isso? - Lia sorri, tomando um suco no copo de plástico branco da festa.

— Eu conheci minha melhor amiga no colégio. - Soraya sorri, enfincando o garfo de plástico na carne macia.

— A gente também. - Lia pega o prato dela, dando uma garfada na farofa. — Sabia que a Minzy me conheceu chutando um gelo?

— Um gelo? - Soraya franze a testa, dou uma risada e balanço os ombros, como se dissesse que não tenho como explicar também.

— Achei no chão, pareceu divertido, chutei e foi parar no pé dela. - Lia dá risada.

— Conheci minha amiga porque ela se sentava na minha frente, e sem querer puxei o cabelo dela com a carteira. - Ela dá uma risada, a gente também.

— Achei ofensivo. - Lia olha pra mim com a cara séria e depois começa a dar risada, a gente tem esse lance idiota de comentar algo fingindo ser séria e depois dá risada. Não aguento com a cara que ela faz.

— Caramba, nunca para ninguém nessa casa? - Arthur pergunta, ele é um dos meus primos, moreno, alto, com quase nada de bigodinho, e tem 18 anos e acha que tem 25. Me levanto pra ver do que ele está falando, do lado dele está Fábio, que é menor, com os cabelos castanhos claros.

— Que casa? - Olho pela janela e vejo o caminhão branco, estacionado na frente da garagem da casa vizinha, onde Adam morava.

— Nem sabia que estava vendendo a casa. Ou alugando. - Lia comenta, se aproximando do meu lado, colocando a mão nos meus ombros.

Um rapaz sai do caminhão, carregando uma caixa que parece pesada, mas ele não se vira, não sabemos se ele trabalha para a empresa que está com a mudança, ou é quem vai morar na casa.

— Vamos cantar parabéns? Sua tia, Livia já está indo embora, e seu avô também quer ir. - Minha mãe chama no batente da porta da cozinha, a gente começa a andar para a cozinha.

— Bolo! - Meu irmão vem pulando na minha direção, ele tem os cabelos castanhos claros como os meus, e os olhos castanhos esverdeados bem redondos, com os dois dentes da frente faltando, ele tem 5 anos, é arteiro e fofo. — Vou poder assoprar as velinhas?

— Você pode ajudar. - Olho para ele que tem as sobrancelhas claras, como os cabelos, ele continua me olhando, me observando durante um tempo, pensando.

— Tudo bem, ajudar já é legal. - Ele corre para a cozinha.

O bolo era de brigadeiro, e estava uma delicia, eu não ganhei muitas coisas mas foi bem divertido, vi minha família, minha amiga ficou comigo, mas na próxima semana começava as aulas, a gente estava empolgada, mas ao mesmo tempo não estava.

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