Leonardo sorri.

— Como você conheceu a Marina? — Nathan finalmente pergunta.
— Longa história, Barolli. — Leonardo gesticula.
— Por que ela nunca me falou de você?
— Porque eu pedi à ela.

Nathan o olha, como quem pergunta "E por quê?"

— Minha vida não é das mais pacatas. Nunca quis envolver ninguém em meus problemas. Então, quanto menos pessoas soubessem de mim, melhor.
— Mas envolver ela, aí tudo bem?
— Eu não a envolvi em nada! Tudo o que eu vinha fazendo era protegê-la.
— Parece que não deu muito certo. — Nathan ironiza.
— Realmente. Mas pelo menos eu tentei. E quanto a você? Onde você estava? — Leonardo pousa a mão no queixo. — Ah, é verdade. Trancado em seu escritóriozinho medíocre, acatando todas as ordens de seu chefe, como um cachorrinho.

Nathan tenta se levantar, mas eu o impeço.

Leonardo sorri.

— Ei, se acalmem! Já deu para notar que os dois estão afim da mesma garota. Mas será que podemos voltar ao foco? — Sugiro e os dois, à contragosto, concordam. — Então, você é um tipo de... Espião?
— Gostei dessa definição. — Leonardo sorri, acenando com a cabeça. —Digamos que eu ajudo as pessoas.
— O herói mascarado. — Nathan revira os olhos.
— Ah não, não. Eu não esconderia esse rostinho lindo em uma máscara. — Leonardo sorri torto.

Nathan revira os olhos e eu dou uma risada.

— Como podemos te ajudar? — Pergunto.
— Fazendo o que eu mandar.
— Eu não vou obedecer ordens suas! — Nathan rosna.
— Ah, você vai sim. Até porque agora você também corre perigo e se não fizer o que eu mandar... — Ele passa o dedão pelo pescoço. — Já era.
— Bem... Eu estou dentro.
— Como sempre, você e suas sábias escolhas, Gama. — Leonardo sorri. — E você, Barolli?
— E eu lá tenho escolha? — Nathan resmunga.

Encolho os ombros.

— Beleza, — Nathan se dá por vencido — estou com vocês.
— Muito bem. — Leonardo ajeita sua camisa. — Fiquem perto de seus celulares, não dêem bandeira e não digam a ninguém que me conhecem. Eu sei demais e isso atrai alguns... Inimigos. Não quero que eles descubram vocês.
— Mas, e quanto à Helena? — Pergunto.
— Coloquem-a a par de tudo, ela precisa estar ciente do que está acontecendo. Ah, e a mantenha o mais longe possível de Otávio. Ele já percebeu que ela é seu ponto fraco e pode usar isso contra você. Não podemos nos esquecer que você é o único herdeiro da Exxon.
— Se ele encostar um só dedo nela, eu juro...
— Eu estou de olho nele, fique tranquilo. Mas em todo caso, não baixem a guarda.

Concordo com a cabeça.

— Bom, agora tenho que ir. — Leonardo se levanta, analisando o relógio. — Avise seu pai que já nos encontramos.
— Você conhece meu pai?
— Estou trabalhando com ele. Nos vemos em breve.
— Ok. — Aperto sua mão.
— Até logo, Barolli.
— Até. — Nathan sorri, à contragosto.

— É, agora você sabe como eu me sinto. — Dou um leve tapinha em seu ombro, logo que Leonardo some de vista.
— Vai, vamos embora. — Nathan pega a chave do carro.

 — Nathan pega a chave do carro

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— Cheguei. — Aviso, assim que entro em casa.

Logo, Helena vem ao meu encontro.

— Você demorou. — Ela me beija rapidamente.
— Ficou me esperando?
— Fui um pouco no apartamento, mas a Lívia estava lá. — Revira os olhos. — O Nathan já foi?
— Já. Ele está precisando cuidar da dor de cotovelo. — Sorrio.
— Dor de cotovelo?
— Leonardo é doido pela Marina.
— Caramba! — Helena morde seu lábio. — Mas e aí, como foi?
— Cheio de revelações.
— Me conta. — Ela se senta no sofá e me puxa junto.

— Pesado, né? — Comento, depois de contar à Helena toda nossa conversa no Alemão

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Pesado, né? — Comento, depois de contar à Helena toda nossa conversa no Alemão.
— Muito. Seu pai poderia estar morto agora.
— Pois é.
— No meu primeiro dia de trabalho, Jorge me alertou sobre Otávio. — Ela diz, após refletir por um instante.
— Jorge nunca confiou nele.
— Ele me disse também que seu pai não pode tirá-lo da empresa.
— Otávio obtém grande parte das ações, só não sabemos como as conseguiu. Por isso meu pai não pode expulsá-lo.
Tá aí! Mais um mistério para nossa lista: "Como Otávio obteve as ações da Exxon."
— Você fica tão sexy falando Exxon. — Sorrio torto.
— E você sorrindo assim fica irresistível.
— Fico?

Ela consente, mordendo seu lábio.

Envolvo sua cintura e puxo seu corpo para mais perto do meu, beijando-a com desejo.

— Vamos lá para cima. — Helena sussurra.
— Tem certeza?
— Absoluta. — Ela se levanta e me puxa pela mão, escada acima.

Abro a porta do quarto, sem parar nosso beijo.
Helena tira minha blusa e beija meu pescoço.

— Tem certeza mesmo? — Sussurro em seu ouvido.
— Já adiei isso por tempo demais. — Ela me olha, com um brilho nos olhos hipnotizador. — Eu sou sua. Inteiramente sua.

Plano B  [EM BREVE NA AMAZON]Where stories live. Discover now