- Fala pai. - ela grita

- Eles acham que ele foi sequestrado...

Ela para como se absorvesse a informação... só em dele falar isso, meu instinto diz pra ligar pro meu pai.

- Sequestrado? Mas quem por que? – Isa pergunta atormentada

- Não sei minha filha, vou pra lá agora para tentar descobrir, vou ligar pro Renato do caminho. Mas quero que me prometa que não vai sair de casa!

- Eu não vou ficar aqui de braços cruzados.

- Vai sim. E não é um pedido é uma ordem. Não quero você é minha neta correndo riscos

- Eu fico com ela, vou pedir para meu segurança ficar aqui conosco. – digo.

Ele se afasta, não perco tempo.. pego meu celular para falar com meu pai logo. Apesar de terem seus recursos para encontra-lo, não custa nada chamar meu velho.

Isa desaba em lagrimas, a Grace tenta a acalmar.

- tudo bem filha ?

- oi pai, sim... quer dizer, comigo sim.

- como assim com você sim, com quem não esta ?

- uma amiga, lembra que falei que vinha vê a noiva do Alex Duran ?

- sim

- então, ela acabou de receber uma ligação... hum, ele foi sequestrado.

- puta merda, tem certeza ?

- infelizmente pai... o senhor pode ajudar ?

- claro, chego aí daqui a pouco.

De longe vejo Isa passar as mãos na barriga e cochichar algo. Essa pequena cena me quebra.

- corre pai, por favor.





Pietro


Vim correndo pra casa do Alex, não acreditei que ele foi sequestrado. Quando a Rah me ligou falando, falei que era mentira.

Não disse que tinha o visto, claro.

- Rah. – ela corre pros meus braços quando me vê, esta chorando. – calma.

Ela funga em meus braços, aliso suas costas.

- culpa dos hormônios. – sussurra

- eu sei.

- filha. – Ross entra.

- vem. – ela me beija rapidamente e se afasta puxando o pai pra algum comodo.

- Jorge. – o chamo.

- cara, isso vai dá treta. – fala se aproximando, mas baixo para a Isa não ouvir.

- o que houve ?

Ele me conta o que o sargento o passou, falei a ele que vi o Alex mais cedo na editora e até então não estava tenso ou preocupado com nada. Pelo contrário, queria ver a mulher para entregar uma surpresa.





Chyarah


- Com licença sr. Arthur - bato na porta do escritória, pelo que Malu falou, é o do Alex.

- Pode entrar menina, e me chame de Arthur. Algum problema?

- Acho que tá mais pra solução de todos os problemas. Quero te apresentar uma pessoa.

Saio e faço sinal para meu pai entrar junto comigo.

- Arthur esse é meu pai... Ross Lorenzo.

Pela reação dele, acho que sabe beeeem que é meu pai. Também vamos combinar, meu velho é o maior narcotraficante da história. Meu pai tenta se manter serio, mas perde feio.

- Prazer Arthur.

- Er... prazer sr. Ross.

- Nada de formalidades aqui estamos entre amigos.

Arthur fica em silêncio, não deve ter curtido meu pai falar que são amigos. Papai percebe e logo se manifesta pra adiantar o real motivo de eu ter o chamado aqui.

- vamos esquecer da minha suposta fama, e focar no sr. Duran. Quero ajudar e com meus contatos, sabemos que será mais rápido.

- Contatos? Como assim?

- Arthur, você já trabalhou como policial. Sabe que dentro há aqueles que felizmente no meu caso, ajuda pessoas como eu. Terei a ajuda deles e mais desses burros de carga que se acham traficantes aqui no Rio. Claro, isso se quiser minha ajuda.

- Eu não só quero. Como preciso. Qual seu plano?

- minha filha falou que tem uns suspeitos. Preciso dos nomes, pedirei aos meus homens para ir atrás e vê se descobrem algo... hum, uma pergunta. Posso matar o mandante ou preciso o entregar vivo?

Me arrepio toda, da cabeça aos pés com essa pergunta do meu pai. ele dá de ombros pra mim.

- Até agora temos 3 fortes suspeitos; Bárbara Martins; a ex mulher do Alex, Carlos Duran pai dele e Miguel Tavares um antigo "amigo" dele. Quanto ao que fazer com o mandante e seus ajudantes faço o que achar melhor. Tem minha autorização para fazer o que quiser, desde que traga meu genro vivo, não suporto mais o sofrimento da minha filha.

Meu pai acena e me puxa para fora da sala...

- fique aqui com a Isabella, deixarei alguns homens aqui também. Caso tentem pegar ela também. Não sai daqui, me entendeu ?

- sim, senhor. - ele me dá um beijo no topo da cabeça e sai andando me deixando pra trás.

Amigo VirtualWhere stories live. Discover now