2º- Jéssica

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Quando chegamos no aeroporto, Robert comprou a passagem, eu pessoalmente penso que ele deveria ter comprado antes, mas acho eu que não possui problema. Não demorou muito até que ele voltasse, sentei nos bancos que haviam ali e ele sentou ao meu lado.

—Sabe que qualquer coisa que você fizer eu posso simplesmente gritar e te chamar de pedófilo certo?

—Mas eu posso falar que sou seu padrasto.

—Mas não tem nenhum documento dizendo que Robert Cristoffer Ferreira é meu padrasto.

Ele suspira.

—Por que todo esse ódio por mim?

—Porque você quer o dinheiro da minha mãe. — Olho para ele — Você pensa que eu não sei da sua história?

—Todos sabem a minha história, Sarah, até sua mãe.

—Minha mãe é burra em ficar com você. Eu não acredito que ela trocou o Carlos para ficar casada 4 anos com você. Ele seria muito melhor.

—Como pode ter certeza disto?

—Ele me dava atenção e eu tinha todo o prazer em chama-lo de pai.

No avião

—Poltrona 9. — digo olhando minha poltrona e vendo um garoto sentado em meu lugar. Coço a garganta e sorrio força — Com licença, este lugar é meu.

Noto que ele esta de fone e que não pode me ouvir. Retiro os fios pretos de seus ouvido e me aproximo dele.

—Esse lugar ai é meu. — digo séria.

—Bom para você.-Disse ele botando os fones novamente.

—Presta bem atenção no que eu falarei agora,-Tiro os fones dele novamente. —eu não paguei para ficar sentada na janela, eu odeio altura. — digo calma — Então se você for uma pessoa de bom coração tirará seu traseiro do meu assento e continuaremos a viagem inteiro sossegados.

Ele revirou os olhos e sentou na poltrona do lado. Sentei na minha poltrona e me arrumei, provavelmente eu dormiria, estava com muito sono para acompanhar a viagem.

—Acorde, caso contrário você passara a noite no avião.

Acordo com o garoto ao meu lado me cutucando.

—O que foi? —Pergunto sonolenta.

—Chegamos faz 5 minutos e você não acordou, pensei que estava morta.

—Que? Cinco minutos?

—Sim, agora pode levantar seu traseiro deste banco para que eu possa sair dessa merda?

Me levanto e pego minha mala, saio do avião junto com o garoto que estava sentado ao meu lado. Depois de pegar minha outra mala, saio do aeroporto e vejo meu pai encostado no carro de braços cruzados, sorrio e corro até ele.

—Pai!-Digo abraçando ele.

—Filhota, quanto tempo, como você cresceu.

—É, o tempo voa não? As pessoas mudam e dependendo melhoram.

Ele me olhou confuso e então sorriu prestes a rir.

—Vamos? Jéssica deve estar nos esperando.

—Claro.

Meu pai me ajudou a botar minhas malas no carro, entrei e fomos conversando até a casa dele. Porto Alegre é realmente muito bonita, vários parques e shoppings, uma cidade dos sonhos, se posso assim chamar.

Quando chegamos, ele me ajudou a tirar as malas do carro e levou-as para dentro.

—Chegamos.-Disse meu pai largando as chaves do carro em cima da mesa perto da porta.

—Então essa é a famoso Sarah?-Perguntou uma loira que vinha em minha direção.

Ela me abraça e acaricia minhas costas.

—Como está, meu amor? Me chamo Jéssica, penso que já me conhece.

—É claro.

Ela me mostrou a casa, era muito bonita, uma sala de jantar, cozinha, banheiro em cada quarto que no caso eram 3, um grande quintal nos fundos com piscina. Ela me mostrou meu quarto que era um verde água fraco, o quarto era simples, provavelmente para visitas. Bem, não é o meu quarto, mas, serve...

—Vai arrumando suas coisas, vou preparar um lanchinho para você, deve estar com fome depois dessa viagem.-Ela disse isso e saiu fechando a porta.

Sentei na cama e suspirei, comecei a esvaziar minhas malas botando tudo o que eu tinha nos lugares que tinham naquele quarto, roupas, sapatos, acessórios e maquiagens. Quando terminei de organizar o "meu" quarto, me joguei na cama e fiquei deitada lá até ouvir alguém bater na porta.

—Entra.-Digo.

—O lanche está servido.-Disse Jéssica sorrindo.

—Ok, eu já estou indo.

Me levanto e acompanho ela até a sala de jantar, sento ao lado de meu pai e começo a me servir.

—Talvez você veja amanhã Scott, ele foi em uma festa do time de futebol, sabe como é, não é?-Disse Jéssica se servindo — Ganham um dia e no outro comemoram.

Sorrio.

—E, quantos anos o Scott tem?-Pergunto com cara de quem não quer nada.

—17, fez esse ano.

— Pensei que ele era uma criança — digo mordendo meu pão.

Jéssica riu.

—Sempre é assim, falo que tenho um filho e todos pensam que ele é criança por causa da minha idade e aparência.

Assenti com a cabeça e comecei a comer.


O Filho Do Meu Padrasto ~ FinalizadaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora