Um sentimento reciproco

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  Castiel narrando

  Eu tinha dito aquelas coisas para Alya, mas foi meio que sem pensar. Seu rosto estava vermelho e seus olhos arregalados. Não deu para segurar, uma risada meio alta saiu e foi meio forçada também porque.... poxa! Eu estava nervoso!
  - Argh, Castiel!
  A baixinha saiu pisando duro e indo rápido em direção a escada. Fui a acompanhando, bem, pelo menos tentei.
  - Castiel, pare de me seguir!
  A baixinha começou a andar mais rápido do que antes e pisou rapidamente nos degraus da escada, vez ou outra pulando alguns.
  - Hey pirralha. Tá tudo bem!
  - Eu quero ficar sozinha...
  - Por que?
  - Quero pensar! - tá bom, estou boiando.
  - Pensar no quê?
  - Ai, ai, ai - ela disse voltando a subir os degraus com impaciência.
  A escada que subíamos daria direto no terraço e com a pressa que Alya estava, chegaríamos rapidinho. Ah, espera... chegamos.
  - Pirralha, espe...
  Caramba! Olha, eu juro que não esperava ver o que vi, e pela cara que Alya estava fazendo... parecia que ia vomitar a qualquer momento.

                     *****

  Depois de toda confusão, enfim, eu e a baixinha ficamos sozinhos. O vento estava frio e o céu  indicava uma chuva rápida. Os cabelos castanhos da pirralha dançavam no ar, junto com suas mechas azuis. Seus olhos me olhavam profundo, mas sua boca vermelha chamava minha atenção por total.
  - C-Castiel...?
  - Hum...?
  Um sorriso começava a se formar nos lábios de ambos e só passei meu braço por seu ombro, andando até a beira do terraço, deixando nossos pés no ar. Bem, tudo isso é muito mais meloso do que eu pensei em falar algum dia (se é que um dia pensei em falar coisas melosas), mas, é como se Alya e eu estivéssemos em completa sintonia. Como se eu pudesse saber o que ela pensa, e assim também, ela pudesse saber o que eu, penso.
  - Castiel....
  - Hum?
  Sentados, dançando no ar... meu braço em seus ombros. Um momento perfeito para uma.... declaração?
  - Eu... bem... - ela pigarreou - Você....
  - Pode falar Alya.
  - É que... sabe, quando você foi embora... eu... senti muito sua falta! Quando você se... - hesitou - d-declarou, pensei que meu coração fosse sair do peito e que minha pele estivesse queimando. Você... é especial para mim! E... quero que possamos ser assim para sempre - bom, ela meio que me deixou sem palavras.
  - Bem, você também é especial para mim. E quer saber... vou falar mais uma vez, eu... g-g-gosto de você.
  - Dá última vez você não gaguejou tanto - disse por fim depois de um tempo. Rimos de nervoso e logo o silêncio pairou de novo.
  - Castiel... você é incrível!
  Sua cabeça encostou em meu ombro, e foi a melhor sensação! O tempo tinha parado, e a paz pairava sobre nós.
  - Sei disso! - brinquei.
  - Gosto de você...!

            
                    *****

  Depois que descemos, Alya insistiu para que fôssemos falar com Kentin. E fomos...

- Ken! - o chamou parecendo brava - O que foi aquilo no terraço? Hum?

  - Ahn, Alya, hum...

- Não vem com essa. O que você tava fazendo com a Ambre no terraço?

  - Ela... estava chorando... sua autoestima estava baixa e...

 - Você ia... ai meu Deus. Como pode sequer pensar nisso? Com Ambre...?

  - Você nunca a conheceu de verdade... todos tem os seus dois lados, Alya, até você. Ambre é apenas uma garota, sua mente está embaralhada como várias cartas - falou firme.

- Kentin, já  parou para ouvir o que  está dizendo? Meu Deus, quando você se tornou tão prestativo a esse ponto? Fazer isso por caridade... seria loucura!

- Eu sei - gritou -, eu sei... Só não queria a fazer sofrer, queria vê-la feliz.

- Por que a  faria sofrer? Seria bem pior se...

- Eu te amo. - disse enquanto Alya daria um discurso moralista.

- Quê? - falei bravo.

- Desde quando éramos crianças... você nunca percebeu - riu soprado.

  - Chega, vamos embora Alya - disse a puxando.

- Espera... o quê? - droga.

  - É isso aí... O motivo de magoar Ambre? Não posso retribuir os sentimentos dela.

Kentin disse por fim, e foi embora logo depois. Que idiota! Queria mata-lo ali mesmo. A pirralha me olhou surpresa, depois me lançando um olhar compreensivo e me puxando pelo braço para irmos embora. Já que eu estava parado como uma porta.

                   *****

  - Hey, me dê uma provinha do seu sorvete, só um pouco.

- Não mesmo - disse.

  - Aff. Sorvete de chocolate nem é bom mesmo - empinou o nariz. Mostrei a língua e sujei seu nariz com a cauda de caramelo.

 - C-Castiel! Argh - a baixinha tinha me sujado bem na bochecha, uma grande marca de sorve de milho verde no rosto...

  - Ah... Você vai me pagar!

Começamos a correr pelo parquinho, e ela acabou subindo em uma árvore, num canto afastado das demais partes do parque. Comecei a subir atrás dela e de novo, éramos só nós dois.

  - Chegou a hora de quitar sua divida, pirralha... - ela estava em um galho a cima do meu, e desceu, ficando em pé no meu, bem de frente para mim.
  - Okay - nós beijamos mais uma vez. Nossos dedos entrelaçados, nossas pernas se tocando e um quase desequilíbrio.

- Opa! Castiel... quer namorar comigo?

  - Hum, espera, é o quê?

- Isso mesmo.

  - Droga Alya! Eu devia ter pedido primeiro!

                   :-°~*¡

  Sorry pela demora, e desculpem se o cap. não estiver bom :\

  

O Garoto Do Rock - Amor DoceWhere stories live. Discover now