Capítulo 3

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Com isso, sua boca tomou a minha e gemi de prazer. Sua boca tinha gosto de vinho e algo diferente, mais intrínseco, que eu nunca havia provado. A partir daí todo o resto foi um borrão. Havia mãos para todos os lados, tentando desesperadamente se unir mais, se tocar mais, se provar mais. Subir as escadas e tirar a roupa ao mesmo tempo não foi tarefa fácil, mas quando enfim chegamos no quarto, só sobrara minha lingerie e a cueca de Alex. Seus beijos eram cada vez mais provocantes, mais intensos e reivindicadores. Eu sentia Alex em cada parte de mim. Alex beijou meu pescoço nos pontos mais sensíveis, para logo se estender para minha clavícula e ombros. 

Eu estava em chamas, e a umidade entre minhas pernas era a prova disso. Ele virou meu corpo de costas para si e abriu o fecho do meu sutiã, o jogando em algum canto do quarto em seguida. Quando Alex me virou para si e seus olhos percorreram meus seios nus, não pude conter o rosado que assumiu minhas bochechas. Corri meus olhos por seu corpo, porque a intensidade com a qual ele me olhava me constrangia. Da cabeça até os pés, Alex era magnífico. Não de uma maneira simplória, mas absolutamente, completamente magnífico. Os músculos eram bem desenvolvidos, e a tentação de tocá-lo fez a ponta de meus dedos coçarem. 

Alex tinha porte, os ombros eram largos e era uma cabeça e meia mais alto do que eu , mas ainda assim, ele não era nem um pouco desengonçado. Muito pelo contrário. Ele usava todo o seu tamanho ao seu favor. Literalmente. O volume em sua cueca comprovava que o desejo que estava me tirando o ar, também era partilhado por ele, e o pensamento fez um sorriso vagaroso se espalhar por meus lábios levemente inchados pelos beijos urgentes. Ele correu as mãos grandes e habilidosas por meu rosto, deslizando por meu pescoço, ombros até finalmente alcançar o ponto do meu corpo que, arrebitados, clamavam por atenção.

- Você é linda... - ele disse, unindo mais uma vez nossos lábios. Só percebi que estávamos em sua cama pois o lençol macio entrou em contato com minhas costas. Alex espalhou beijos por meu rosto, peito e barriga. A partir daí, seu ritmo ficou mais lento, apreciativo, como se ele estivesse adorando cada parte de meu corpo. Ele beijou a parte interna de minha coxa, minha virilha e quando suas mãos alcançaram a lateral da minha calcinha de renda preta e a deslizaram por minhas pernas, prendi o ar. Ele continuou beijando minhas pernas até a calcinha estar completamente fora de meu corpo, então, subiu novamente com seus beijos e parou em cima do núcleo do meu prazer. Ele depositou um beijo leve em meu monte de vênus, e recorri a todas as minhas forças para não fechar minhas pernas e prendê-lo ali. Soltei um suave gemido de prazer e pude sentir o riso de Alex contra minha pele. Devagar, ele voltou até nossas cabeças estarem na mesma altura, e me beijou novamente. Só pude enfiar minhas mãos por seu cabelo denso e macio e retribuir a carícia. 

- Sem preliminares. - Eu resmunguei, impaciente para senti-lo dentro de mim. Alex sorriu contra minha boca. 

- Tem certeza? - Ele perguntou, arrastando os lábios por cada centímetro de pele que conseguia alcançar. 

- Deixa pra segunda rodada. - Tentei falar, mas tudo saiu como um suave gemido satisfeito. Alex riu mais uma vez e travou seus olhos nos meus. 

- Marina, - Ele sussurrou - Acho que vamos nos dar muito bem. - Declarou e rapidamente, Alex se desfez de sua cueca, protegeu seu membro e com urgência desenfreada, nossos corpos se tornaram um. 

O desejo tomou o controle, e a névoa de luxúria nos abraçou. Eu estava completamente inerte ao mundo. Alex me completava, como nenhum homem havia feito antes, e eu não sei se tinha algo a ver com seu tamanho ou o fato de que eu nunca havia sentido tanto prazer antes, mas isso era um fato. Tudo o que eu conseguia sentir era Alex dentro de mim e os sons que fazíamos juntos. Ele distribuiu beijos molhados em meu pescoço, e mordeu meu ombro levemente. Meu coração batia em um ritmo frenético, nossas respirações se misturaram descompassadas. Minhas mãos passeavam por seus cabelos, suas costas e bíceps firmes. Cravei minhas unhas neles fazendo Alex rosnar. Já não havia mais controle, apenas entrega carnal. Estávamos em um frenesi. As investidas de Alex tornaram-se mais frenéticas e ele falava palavras desconexas em meu ouvido. Puxei seu cabelo, ele me roubou um beijo e então mil estrelas explodiram em minha frente num show pirotécnico que acompanhou os espasmos de meu corpo. Alex depositou um beijo em meu ombro e se jogou do meu lado. 

Estávamos ofegantes e esgotados, meu coração batia descompassado em um ritmo rápido. Alex olhou para mim, seus olhos me analisando, sua pele brilhando pelo esforço feito, sua boca entreaberta convidativa a um beijo. Eu nunca havia tido um orgasmo junto com algum parceiro, e a primeira experiência, havia acabado de ser extraordinária.

- Isso foi... - ele disse, olhando para o teto em seguida.

- Eu sei. - eu disse virando para cima e seguindo seu olhar. Alex era bom. Não bom de um jeito mediano, ele era bom de um jeito enlouquecedor. Eu ainda podia sentir cada ponto em que seu corpo tocou o meu, e o leve dolorido entre minhas pernas confirmavam o ato. Alex se virou em minha direção, com um sorriso aberto e me roubou outro beijo, porém, agora lento, e pra lá de sensual.

- Me fala de você. - Ele pediu, quando nossos cérebros voltaram a raciocinar. O encarei com um sorriso. 

- O que você quer saber? - Eu pergunto, apoiando minha cabeça em meu braço. 

Os olhos de Alex se acenderam novamente, o sorriso sedutor brincando em seus lábios, como sempre.  Sorrir de volta foi quase incontrolável. 

- Nada. - Ele disse, seus olhos cravados em minha boca. - Acho que preciso entrar dentro de você de novo. - Afirmou, feroz, antes puxar meu corpo para cima do seu e juntar nossos lábios. Nem uma vez pensei em impedi-lo. 

Mais tarde, quando atingíssemos o ápice mais uma vez, Alex preencheria uma lacuna dentro de mim, cuja esta, eu não fazia ideia da existência.




O ACASO - Irmãos Fiori: Livro I - EM REVISÃOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora