Capítulo 37

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— Eu sei! Mas porque isso? — Ela pergunta interessada.

— Eu fui problema pros meus pais, eu carreguei esse problema por não saber da verdade. Inclusive agradeço por tudo que cê fez. E agora vem tudo de uma vez, inclusive a Ayla.

— Ah para! você não foi um problema pra eles! .. E eu sinto muito pela Ayla...

— Não é que ela seja um problema! — Interrompo. — Sou eu o nosso problema, nós dois.

— Eu não entendo. Mas você deve ter seus motivos! Tudo vai se resolver!

— É o que eu quero!

— Vou preparar alguma coisa pra gente comer! Ja volto!

Ela sai. Mesmo ela tentando conversar e me ajudar, isso foi mais forte que ela. Eu sei porque ela encerrou o assunto, eu sinto muito por isso também!

(...)

Hoje, não tem bom dia que me desejem que faça valer. Vai ser dificil encarar a realidade, ou melhor, a verdade, assim tão de perto. Quero, mas também não quero ter que passar por isso, não hoje, não agora. E está decidido, hoje eu não saio do meu quarto.

Ayla narrando:

— Que droga! Por que eu não acordo ?! Eu não acordo! Abro os olhos e ainda estou dormindo!! Que ódio!! — Levanto e pego algumas coisas. Jogo no chão com toda força. Estou quebrando coisas que eu não sei o que é, porque eu não estou enxergando.

Comecei a chorar, um choro de revolta, de angústia, de medo, de se sentir inválida. Gritando o mais alto que consigo, pra ver se tiro tudo de mim. Faço do quarto o verdadeiro cenário do que eu estou sentindo e vivendo.

— Ayla!!! O que é isso?! — Minha mãe fala provavelmente ao entrar no quarto. Então a Duda não estar aqui.

— Sai daqui mãe! Me deixa! — Quebro alguma outra coisa.

— Meu Deus! — Ela chora. — Para! Para com isso!

— Não! Sai! — Procuro minha cama. Assim que acho bagunço tudo, puxando os lençois, jogo os travesseiros no chão.

— Ayla cuidado! Você vai se machucar, para!! — Ela grita e eu grito mais alto. — Maria! Maria vem aqui!

— Não!  — Grito dominada pelas misturas de sensações que estão me atingindo.— Não chama alguém!

Ando um pouco desnorteada sobre as coisas que quebrei e acabo pisando em falso e caindo.

Enquanto estou no chão ouço a voz da Maria. Sinto ardência em minha pele.

— Que isso gente?! — A voz dela me parece assustada.

— Maria me ajuda! Me ajuda! — Minha mãe pede entre o choro. — Ela está transtornada!

— Aaaii! Inferno! Ai! — Sinto que me cortei e não foi um corte qualquer, dói muito e sangra muito também já que sinto muito líquido. Meu antebraço e minha perna estão sangrando.

— Ayla! — Minha mãe grita.

Com a ajuda da Maria e do Mário ela me leva até o carro e saimos para um hospital. Ao chegarmos logo fui atendida. Tive cortes profundos, peguei varios pontos e precisei ser levemente dopada para me acalmar.

(...)

Voltamos para casa. Quando cheguei minha mãe me deu banho, enquanto eu chorava e ela chorava junto por eu me sentir um lixo. Enquanto eu estava no hospital, Maria arrumava o quarto tirando os indices de um surto. Me deitei novamente na cama ja arrumada e comi uma salada de frutas, quando bateram na porta.

Armadilhas Da VidaOù les histoires vivent. Découvrez maintenant