Esta história é uma ficção.
Confesso que eu não ficaria em paz se eu deixasse de contar essa bela história de amor para você. Ela tem como pano de fundo os sentimentos existentes entre duas pessoas reais. Embora ambos neguem o romance, grande p...
Apresentar o Vídeo Show foi a maior surpresa que me aconteceu. Eu ainda estava gravando Alto Astral quando o Boninho me chamou para gravar um piloto numa quarta-feira. Na sexta-feira ele me ligou dizendo que estrearíamos ao vivo na segunda-feira.
Dia 6 de abril de 2015, segunda-feira após o domingo de Páscoa foi a nossa estreia com o programa ao vivo. Confesso que fiquei um pouco apreensiva, mas eu me sentia segura ao lado dele, Otaviano Costa, meu parceiro de bancada, um homem alto, grisalho, 41 anos, muito bonito. Nós nos conhecíamos há apenas alguns dias, mas a impressão que eu tinha é que nós já éramos amigos há décadas.
Acho que o mesmo aconteceu com ele, pois parecia estar muito feliz. Nós conversávamos muito antes, durante e depois do programa. Como se não bastasse trocávamos mensagens a todo o momento. Estávamos muito felizes!
Os dias foram passando e Otaviano estava cada dia mais solto. Desde os primeiros dias ele me pedia beijos, queria me abraçar, tudo isso ao vivo, e lógico, era apenas uma brincadeira para alavancar a audiência do programa. Isso acontecia comigo também, fazia apenas dez dias que o programa, em sua nova versão, estava no ar e me peguei apertando as bochechas do Otaviano dizendo que eu gostava muito dele e que ele era muito fofo.
As maluquices só aumentavam dia após dia e a audiência do programa também. Através das redes sociais recebíamos muitos elogios vindos do Brasil inteiro. Nossa química era incrível e fazer o programa era uma delícia. Nós brincávamos muito. Algumas vezes eu tinha a impressão que nós éramos duas crianças grandes.
Quem sabe essa fosse a nossa essência. Ainda mantínhamos a alma infantil. Assim como Peter Pan, nós estávamos em busca da Terra do Nunca e a encontramos não num lugar, mas um no outro! Foi um Encontro de Almas.
Apesar de toda a euforia que eu estava vivendo e do muito que deu certo nossa parceria, eu sabia que era por pouco tempo! Eu havia imposto isso a mim mesma. Não havia mais tempo para ficar desviando a atenção do meu foco: ser atriz. Eu havia combinado com o Boninho que eu permaneceria apenas por três meses na apresentação do programa.
Eu estava vivendo um momento especial. Apesar de profissionalmente não ser bem o meu foco, eu estava feliz. Na vida pessoal eu estava namorando o Felipe. Ele era muito carinhoso comigo, estava sempre me apoiando e aconselhando. Nós nos dávamos muito bem e minha expectativa era, quem sabe, construir uma família ao seu lado.
O Felipe não era ciumento, ainda bem, porque a personagem que eu criei para apresentar o programa era uma apresentadora que adorava agarrar os galãs da emissora. Isso deu certo e o sucesso só aumentava. A interatividade do programa estava cada dia maior.
No dia 13 de maio foi o aniversário do Otaviano. Foi quando eu disse o que eu pensava dele: "Eu conheço o Otaviano há pouquíssimo tempo, a gente se conheceu na semana que eu vim entrar aqui e eu me apaixonei por ele; Ele é uma pessoa deliciosa, é um cara doce, ele é generoso, ele é bocó, mas é uma pessoa maravilhosa que a gente gosta muito."
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Ele se emocionou e quase que eu me emociono junto.
Quando chegou o final de junho o Boninho me chamou e pediu para que eu permanecesse até o fim do ano. Os trabalhos como atriz ainda estavam um pouco confusos. O que a dramaturgia estava me oferecendo eram papéis cômicos, o que não me agradava, por esse motivo resolvi dar mais um tempo e assumi o compromisso de permanecer até dezembro na atração.
Na tarde que dei essa notícia para o Otaviano, ficou nítida a sua alegria.
