Capítulo 1 Evelyn Dias

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- Ei moça, você está bem? - Ele se levantou e pediu para um homem te terno escuro que estava ao lado apenas observando, e que só vi neste momento- Erick chame uma ambulância, por favor!

-Já estão á caminho Senhor Bianco.

- Obrigado Erick. -E se voltou em minha direção.

- Se sente bem agora? Se não quiser, não precisa conversar.

-Tu... Tudo bem, des...desculpe-me. - comecei a respondê-lo e para variar gaguejei. -Não sinto nada além da ardência no braço.

Ele me olhou por um instante, sem nada falar, que me deixou muito sem graça.

- Fico feliz em saber que você não se machucou muito, mas mesmo assim você tem que ir ao hospital, fazer exames e constatar que nada pior aconteceu.

- Agradeço muito sua gentileza, mas, não precisa se preocupar. Cuide de seu pai, acho que ele está em choque pelo estrago que causei no carro dele.

Ele deu uma gostosa gargalhada, mas se recompôs muito rápido.

-Eu é que devo pedir desculpas pelas palavras que ele proferiu à você. Ah, ele não é meu pai, e sim meu sogro. - Tinha que ser comprometido, oh sina cruel a minha! Ah, mas mesmo que fosse solteiro não me olharia com olhos diferentes e eu também não quero saber de homem em minha vida - E estávamos indo a uma reunião, que pode muito bem ser remarcada.

O Velho tem que entrar na conversa para atrapalhar.

- Victor, precisamos dar um jeito de irmos á reunião, ela é muito importante para nós. - Eis que o velho babaca resolve se meter na conversa, me ignorando totalmente.

- Senhor Augusto, darei ordens a Erick para entrar em contato imediatamente com a senhorita Jéssica, e ela remarcará nossa reunião para mais tarde ou até mesmo para outro dia.

- Não podemos fazer isso, eles são um grupo de investidores que não costumam bajular muito.

- Eu entendo sua preocupação, mas, neste instante o mais importante é nos certificarmos que a senhorita... - Se dirige a palavra a mim. -Como é mesmo seu nome? Não me lembro de ter respondido.

- Er... perdão, esqueci mesmo de responder. -fico tão sem graça que não consigo encarar aqueles olhos brilhantes e expressivos de volta- meu nome é Evelyn, Evelyn Dias.

Ele volta novamente a conversar com chato de galocha.

- Não podemos simplesmente deixar a senhorita Evelyn aqui sozinha, além de que, devemos acompanhá-la ao hospital e garantir que a moto dela vá para um local seguro.

- Não acredito que você está se preocupando com uma pessoa insignificante, e que por causa dela podemos perder um investimento que é algo muito importante para nossa empresa. - E ele falou tudo isso, com a raiva nitidamente na voz e estampada na cara.

Não sei por que, mas não é só pelo que aconteceu, este tal de senhor Augusto, tem algo que não sei o que é, mas é obscuro, e me amedronta. Quando sismo com algo sai de baixo, que não erro.

Victor coça a cabeça, demonstrando que já está ficando nervoso com o papo do velhote, mas não transmite sua irritação ao falar com uma voz baixa e comedida.

- Senhor Augusto, sugiro então, que o senhor vá à reunião e nos represente, mas eu, não tenho coragem de abandonar esta moça sozinha neste momento. Tenho por obrigação me certificar que ela tenha no mínimo um atendimento primário digno.

- Como quiser Victor, espero que este seu ato heróico não nos prejudique. Erick! - falou aos berros com o pobre empregado. -Ligue imediatamente para meu motorista!

Meu lugar é ao seu lado #DEGUSTAÇÃOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora