2 - Dúvidas disfarçadas de respostas

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-Como você sabia das minhas dobras? – Perguntou a garota, logo depois que Asami e ela saíram do jardim. Naquele momento elas subiam as escadas para um andar superior onde a Grande Lótus a prometeu dar algumas respostas. – E o que significa Twul?

-Em uma linguagem arcaica significa "Sem-Barreiras" ou "Sem-Fronteiras", é uma designação usada para definir pessoas que derrubaram a barreira entre duas dobras. – Asami falou, parecendo momentaneamente muito versada, o que provavelmente era. – Quanto a como eu sabia... Você descobrirá logo.

A mulher levou a garota para uma sala aconchegante, com várias cadeiras, um armário de bebidas, uma mesa com vários papéis e várias frutas em cima, um rádio em cima de uma mesa e um mapa na parede, que balançava com o vento que vinha de uma grande janela que se abria para uma descida pedregosa.

-Esta é a sala de reunião desse Centro da Lótus Branca. – Disse Asami, abrindo os braços para mostrar o local. – É onde os nossos soldados vem quando estão livres do trabalho, para descansar.

-Não tem ninguém aqui, exceto nós duas. – Observou Dyali, e Asami assumiu um olhar preocupado.

-É porque não tem ninguém em descanso... - Respondeu a mulher, com um tom duro na voz. – Venha, tem algo para mostrar a você.

A mulher levou Dyali para um armário com várias coisas. Haviam alguns prêmios, documentos, e algumas fotos. Parecia um lugar usado para "guardar memórias". A menina correu os olhos avidamente pelas prateleiras, até que uma coisa chamou sua atenção.

-O que... Porque meus pais estão em uma foto aqui?! – Exigiu a garota, apontando para uma foto com várias pessoas juntas. Elas estavam sujas e maltratadas, mas ela reconheceu imediatamente Andros e Olida, seus pais, mas muito mais jovens. Eles carregavam sorrisos cansados, mas felizes. A garota também reconheceu Asami, que estava juntos de outras três pessoas. Dois caras, um com olhos castanhos avermelhados e o outro de olhos verdes, e de uma mulher morena de olhos azuis. Essa mulher parecia forte e decidida.

-Você ouviu falar da queda da Grande Unificadora, Kuvira, depois do ataque que ela realizou à Cidade República? – Perguntou Asami, e a garota assentiu. Com certeza ouvira, era uma história bastante famosa, pois um novo portal espiritual surgira no fim da batalha que ocorreu naquele dia. – A Avatar Korra conseguiu convencer Kuvira a terminar o seu intento de dominar o Reino da Terra, e ela se entregou à justiça, ordenando todos os seus seguidores a fazer o mesmo. Mas nem todos o fizeram. Muitos deles se recusaram à sair de suas fortalezas, ou de liberar os reféns, então a Avatar, eu, e outros dois amigos nossos, Mako e Bolin, além de outros aliados tivemos que enfrentar esses remanescentes do exército unificador e libertar esses reféns. Entre eles estavam seus pais, Andros e Olida. Eu os conheci, Dyali.

-Quer dizer que essa é a... a Avatar Korra? – Perguntou Dyali, olhando admirada para a foto. Ela tinha Korra como sua heroína. Principalmente depois de ouvir histórias que Korra era explosiva e impulsiva na sua juventude. Asami abriu um sorriso, um sorriso carregado de saudade, pelo que Dyali percebeu.

-Sim. Esta é a Korra... - Respondeu, olhando para a foto com uma ternura ímpar em seu olhar. Dyali imaginou se havia algo mais ali, mas a mulher logo adiantou-se. – Estes são Mako e Bolin. Grandes amigos nossos.

-Continuando... Meus pais foram salvos pela Lótus Branca. Mas eu não era nascida nesse tempo ainda, como a senhora sabia de mim?

-Chegaremos lá, minha querida. – Asami riu, trazendo a garota para um dos sofás, onde se sentaram juntas. – Andros e Olida sempre foram muito determinados e fortes, como verdadeiros cidadãos do Reino da Terra, e não se entregaram nem se curvaram à Kuvira. Quando foram libertos de seu cativeiro, imediatamente procuraram se juntar à Lótus Branca.

Avatar - A Lenda dos TwulOnde histórias criam vida. Descubra agora