O mostrador do meu relógio mostrava-me uma da manhã e eu olhei para o céu, que naquela noite estava cheio de estrelas e pensei que por um segundo era uma dessas estrelas.

Se fosse uma estrela todo este pânico, esta dor, este medo não estaria comigo, eu como estrela estava mais preocupada com o meu próprio brilho do que com o brilho dos outros. 

Porque haverei eu de me armar em sol? Porque haverei eu de morrer aos bocadinhos para alguém brilhar?

Esse era o meu grande erro, querer ser o sol de quem já era estrela. De quem já tinha luz própria.

Toda esta angustia que eu trago comigo aparece à noite. Já que toda a gente se foi embora, as vozes ficaram sussurros e já não há tanta luz como havia.

Alguns dizem que eu enlouqueci, outros dizem que eu preciso de descansar. Mas eu só preciso de uma coisa. De companhia.

Quero que me ouçam, quero que fiquem comigo, quero o tão prometido «eu não me farto de ti».

Não quero palavras, eu quero atos.

Quero tudo sem querer nada.

Quero ser a lua pela primeira vez e ter alguém que seja o meu sol e que me ilumine. 

Sabem que mais? Não quero isso, eu quero uma estrela que saiba viver comigo ao lado, e quando perdermos o brilho perdemos as duas.

Porque como dizem os entendidos, o amor é assim

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Alô alô espero q gostem. Este livro vai ser um conjunto de pequenos desabafos meus, aquilo q nunca consigo dizer em voz alta.



Night CallWhere stories live. Discover now