Capítulo Um

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JAMIE

Vinte anos atrás...

Era uma segunda feira normal. Mamãe estava cozinhando a comida, papai estava sentado em sua poltrona lendo jornal, eu estava brincando perto do fogão com os meus carrinhos. Derrepente a porta foi arrombada e um homem invandiu a nossa casa.  Foi tudo muito rápido, o estranho atirou em meu pai, e em seguida mirou pra minha mãe. Eu mesmo sendo pequeno entendir que ele ia matar minha mãe assim como matou meu pai e quando eu ia me levantar pra impedir ele, minha mãe me olhou e sussurou.

- Fique ai jamie, por favor.

- Mas mamãe...

- Eu estou implorando fique ai. - ela disse chorando.

Eu me encolhi em meu canto. Nesse momento o homem atirou contra minha mãe. Ela caiu de frente pra mim.

- Mamãeeee. - chorei baixinho

Quase sem vida, minha mãe me olhou e disse:

- Eu te amo meu anjo. Pra sempre.

E ali eu chorei bastante, meus pais estavam mortos, eu estava sozinho no mundo. Eu olhei para homem que matou meus pais, ele estava parado olhando ao redor, me procurando talvez ? eu estava atrás do balcão ele não conseguia me ver, mas eu conseguia vê-lo. Eu gravei seu rosto, e jurei pela alma de meus pais, que eu me vingaria.

Atualmente - 2016 - 20 anos depois.

Eu observei dakota johnson por meses, ela estudava em um internato/convento. E era a coisinha mais linda que já vi. Seus cabelos castanhos até o meio das costas, seus olhos de um tom profundo de azul, seu corpo era lindo e me fazia ficar de pau duro toda hora. Observar dakota era um pouco dificil já que o convento era todo fechado mas eu sempre dava um jeito de ver-lá. Eu estudei seus hábitos. Ela gostava de ler romances, obviamente escondida das freiras. Ela gostava de passear pelos jardins, notei que ela era bastante solitária, o que era ótimo pra mim, gente solitária sempre quer um amigo.

Para muitos, hoje seria um dia normal, para mim não. Hoje dakota está fazendo 18 anos, hoje seu pai irá buscá-la, hoje o meu plano começa.

Eu me tornei "amigo" de don. Isso mesmo "amigo". Eu tinha vontade de matá-lo toda vez que estava perto dele mas ser amigo de don deixaria tudo mais fácil pra mim. Eu falei pra don que estava solteiro e ele logo falou que sua filha já estava na idade de ser casar. Ele era louco ? Como podia jogar a própria filha pra um estranho que ele havia conhecido a pouco tempo ? ele é nojento.

E foi querendo bancar o cupido que don me pediu pra ir buscar dakota no aeroporto alegando que precisava resolver coisas importantes no trabalho. Vi nesse momento uma oportunidade perfeita pra finalmente me apresentar a dakota.

Agora estou aqui no aeroporto segurando uma placa escrita "dakota johnson" esperando dakota aparecer. Como se ouvisse meus pensamentos, dakota aparece. Ela está linda, apesar de estar vestida com roupas ou melhor dizendo trapos horríveis. Ela está de trança e olha pra tudo parecendo deslocada. Ela olha por todo o aeroporto atrás de seu pai até finalmente ver minha placa e me ver. Seu olhos de anjos me encaram e eu vejo doçura e inocência neles. E mais uma vez eu me pergunto: "será que é certo arrancar essa inocência dela, ela não é culpada pelos erros do pai, é ?" E então eu lembro de mim, eu também não era culpado pelos erros dos meus pais então porque fiquei orfão ? Meus pais eram boas pessoas porque eles morreram, então ? E assim eu me convenço de que talvez eu esteja fazendo sim a coisa certa.

Dakota vem lentamente em minha direção, ela não olha pra mim e sim para o chão. Ela chega na minha frente e me olha :

- Quem é você ? - ela diz olhando pra mim.

Mas quando eu a olho ela abaixa os olhos rapidamente.

- Sou amigo do seu pai. - eu digo. - Jamie dornan. - digo estendendo a mão.

- Dakota. - ela diz mas não olha em meus olhos.

- Seu pai teve que resolver alguns negócios.

-É sempre assim. - ela diz baixinho

- Meu carro está lá na frente, vamos ? - perguntei.

Ela apenas acena e eu pego suas malas. Quando chegamos no estacionamento, eu abro a porta do carro pra ela, ela entra e eu dou a volta e guardo suas malas no porta-malas. Dou a volta e entro no carro. Enquanto dirijo percebo pelo canto do olho que ela está olhando pra mim. Eu dou um sorrisinho, isso significa que ela me achou atraente. Quando chegamos de frente a casa de don, noto que ela fica apreensiva.

- O que foi ? - eu pergunto.

- Porque meu pai resolveu me trazer de volta pra casa ? Você sabe ?

- Acho que ele estava com saudades. Não sei.

Ela dá um risada sarcástica.

- Saudades ? Até parece.

- Porque diz isso ?

- Eu estava abandonada naquele convento faz 10 anos. E eu posso contar nos dedos, as vezes que meu pai me visitou.

Ela parece magoada. Porém don me contou que deixou ela lá porque tinha medo de algum inimigo seu tentar matá-la e que não queria se arriscar indo visitá-la. Ele podia ser seguido.

- Vai ver, seu pai tenha bons motivos.

Ela não respondeu nada. Entramos juntos na mansão de don. Dakota olhava tudo fascinada.

- Minha filha. - don disse quando a viu.

Ele veio na direção de dakota e a abraçou, dakota ficou meio relutante no começo mas finalmente correspondeu ao abraço.

- Eu senti sua falta. - Ele disse. - E bom que você finalmente esteja em casa.

Dakota apenas sorriu.

- Você conheceu jamie né ?

- Conheci.

- Jamie é um ótimo rapaz, querida. É um ótimo partido também e já que você está na idade de casar...

Dakota ficou vermelha igual uma pimenta.

- Dakota é um ótimo partido também. É linda e sabe tudo que uma esposa deve saber não é ?

Ela olhou pra mim e sorriu tímida.

- Obrigada.

- Pelo o que ?

- Por dizer que sou bonita.

- Não precisa agradecer. É a pura verdade.

-Hum hum. - don limpou a garganta.

- Quer ir se trocar, meu bem ?

Dakota o olhou e acenou. Don chamou a empregada que levou dakota até seu quarto. Ela me deu um último sorriso antes de seguir a empregada. Sim, meu plano daria certo. Logo eu estaria casado com dakota e sendo dono de metade da empresa de don.

A vingançaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora