Chapter 26: Caindo de amor

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Entretanto nessa minha tentativa de chegar mais perto de Sean acabo pisando em falso nas pedras da beirada do lago e escorrego.

- AAAAAH! – grito quando sinto que vou cair. Sean prontamente tenta me segurar, mas sem sucesso, pois quando meu pé vai de encontro ao fundo do lago eu me agarro a ele, trazendo-o para frente.

CABUUM! É o barulho que ouço.

É água e peixe para todo o lado e nem havia percebido, mas esse laguinho aqui é fundo pra caramba! Estou debaixo d'água e quando volto à superfície para respirar tusso um pouco, já que engoli um pouco de água na queda. Nem sequer abri os olhos e já cinto uma grande mão em minha cintura, me puxando para cima e para o lado. Sento-me no fundo do laguinho, a água bate da minha cintura para baixo. Quando abro os olhos não vejo nada, já que meu cabelo está todo molhado e caído em meu rosto.

- A senhorita está bem? – Sean pergunta. Jogo meu cabelo todo para o lado rapidamente para vê-lo. Ótimo, devo estar bem linda agora.

- Sean! – gemo. - Oh, meu Deus! - coloco as mãos no rosto. Sean está completamente molhado, como eu, e seu cabelo todo bagunçado. Porém parece que não se importa, está olhando para mim, conferindo meu corpo preocupado.

- Algum problema querida? – questiona apreensivo. – Está sentindo alguma coisa?

- Não, mas olha pra você! – coloco as mãos em seus ombros e quando faço isso sinto um peixe passa saltando perto da minha coxa. Não me aguento e começo a gargalhar. Isso é horrível! Eu acabei de derrubar meu chefe dentro de um laguinho cheio de peixes e estou rindo. Maravilha.

- Me desculpa. – falo entre risadas e não consigo parar.

Eita, Deus! Quando me imaginei caindo em Sean isso não tinha nada a ver com quase se afogar em um laguinho. Sean se junta a mim e também rir de nossa situação. Depois de alguns minutos de risadas paramos e olhamos um para o outro.

- Acho melhor tirá-la logo daqui, a senhorita pode se adoentar. – Uma cachoeira de água cai de suas calças quando se levanta e eu solto algumas risadas bobas enquanto uso a mão para tampar minha boca. – Venha. – ele se abaixa me levantando.

Estava em pé em seus braços quando noto que minhas roupas estão completamente molhadas, como as suas, mas isso fez com que elas colassem em meu corpo. Examino a situação e no instante em que olho novamente para Sean vejo que ele já notou o mesmo, seus olhos famintos não desgrudam do meu corpo.

Isso não vai acabar bem.

Outro peixe bate em minha perna me fazendo voltar à realidade. – Acho melhor a gente sair logo daqui. – sorrio. – Eles parecem não gostar de mim. – indico os peixes pulando para lá e para cá.

- Só se eles forem loucos. – sorri e pega minha mão. – Vem, eu te ajudo.

Saí da água muito encharcada, Sean então nem se fala. Seu terno estava completamente cheio de água e cada vez que se movimentavam dava para se notar isso.

- Ai meu Deus, olha só você! O senhor precisa se secar. – vou até ele e começo a apertar seus braços, quando faço isso uma cascata de água cai. – Opa... Hmm, vamos lá pra dentro te secar. – pego seu braço e sigo o caminho de volta, porém Sean me para.

- Não acho uma boa ideia. Iriamos molhar todo o restaurante e o senhor Bertuzzo iria nos matar. – sorri suavemente. – Sei de um lugar bem melhor. – pega minha mão e guia ao outro lado do jardim.

Atravessamos todo o lugar e passamos por debaixo de uma pequena árvore cheia de pequenas flores amarelas. Ao lado dela havia uma grande parede de tijolos laranja e uma porta. Sean chegou mais perto e a abriu para mim mostrando o caminho. Era uma grande sala toda decorada em madeira e lotada de garrafas de vinho. Tinha alguns sofás pequenos e ao centro uma grande TV.

Sempre sua Luce (Concluído)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora