prologue.

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A morena roda seu corpo lentamente ao ouvir seu nome ser aclamado de longe. Ela vê sua mãe sorrir e a abraçar quando já estão próximas. O gesto afetivo da mais velha faz a mais nova querer chorar. Então, sem delongas, as finas lágrimas caem de seus lindos olhos castanhos ora claros, ora escuros. A mais velha passa uma de suas mãos sob os cabelos da filha tentado fazê-lá cessar o choro.

- Já se passou tanto tempo, Mandy. - a mais nova murmura, durante o choro.

Ela não queria mais chorar, mas estava sendo difícil. A morena passou três anos chorando, três anos chorando por uma pessoa que simplesmente foi embora sem se despedir, chorando por uma pessoa que se autodenominava como seu melhor amigo.

E hoje, nesse exato segundo, se completavam quatro anos de sua partida para um lugar desconhecido para a morena.

- Você não pode passar sua vinda inteirando chorando por alguém que simplesmente foi embora, Selena. - sua mãe a soltou e a segurou pelos ombros. - Chega! Chega de se lamentar.

- Está sendo difícil, você não percebe, Mandy?

Ela negou com a cabeça fazendo com que a menor simplesmente virasse as costas e saísse daquela escola. Ela tirou sua beca junto do chapéu e os jogou no banco de trás de seu carro.

Após dirigir por vinte minutos, ela parou. Saiu do carro e o travou. Andou até o banco mais próximo e se sentou nele. Ela apoiou seus cotovelos nas pernas e cobriu seu rosto perfeitamente maquiado de um modo simples.

Era como se ela pudesse ouvir os resmungos do louro ao sentir o contato de suas mãos com seus cabelos para retirar qualquer resíduo de areia ou folha. Era como se pudesse ouvir suas gargalhadas com ele ao longos dos anos, era como se pudesse ouvir sua última conversa com ele nesse mesmo banco que estava sentada.

Doze anos atrás.
14h05min PM.

Ela olhou para o louro ao seu lado e o viu apertar sua mão fortemente lhe causando uma dor suportável. Mas ele não precisava saber. Como de costume, lhe deu um tapa na nuca, causando gargalhadas no louro.

- O que você tem, mongolóide? - ele deitou sua cabeça no ombro dela e respirou fundo.

O cheiro doce da garota vestida de preto ao seu lado invadiu suas narinas. Talvez esse tenha sindo um dos motivos pela qual Bieber se aproximou dela. Ela não era como as outras meninas. Ela preferia o preto ao rosa, o azul ao vermelho e o verde ao branco. E talvez, esse tenha sido o motivo pela qual a mãe do louro jamais tenha gostado da morena. Para a mãe do louro, Selena jamais foi uma boa companhia para seu perfeito filho. Para a mãe do louro os motivo eram simples; ela não era tão rica quanto eles, não era loura, não se vestia conforme a sociedade manda, e, o pior deles, ela não era Hailey Baldwin.

what a feeling • jelenaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora