Capítulo Um

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DEGUSTAÇÃO

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CAPÍTULO UM

Elliot Stabler

Estava sem paciência. Algo muito difícil de acontecer. Mas acredito que hoje não era o meu dia. Continuei olhando para fora da janela, o trânsito na frente do fórum parecia mais interessante do que a discussão do promotor com o advogado de defesa.

Deus, como eles são chatos.

Já tinha ouvido mais do que gostaria. O triste era que não poderia para-los, já que precisava ouvir ambas as partes.

Mas eles não poderiam ser mais diretos? Talvez mais profissionais?

Sabia que era comum esse tipo de jogada, o advogado de devesa tende a persuadir a testemunha da promotoria e isto vira uma infernal briga entre eles. Onde eu, Elliot Stabler, tenho que apaziguar a situação diante as leis.

Chato.

Sempre achava divertido esse tipo de briga, mas hoje eu só conseguia achar chato. Impaciência me corroía por dentro. Saí da janela e me servi um copo com água. Encarei os dois que me olhavam e jogavam farpas um ao outro. Talvez o mais legal de tudo, era que eles usavam palavras bonitas e difíceis para ofender ao outro. Não era muito profissional, mas tirava um pouco da chatice da situação.

-Basta!

Ordenei em um tom de voz rude.

Estava cansado daquela mesma ladainha, pelo amor de Deus.

-Não é a primeira vez que o Dr. Harris persuadis uma testemunha! – Exclamou o promotor. __Ele deveria fazer o trabalho dele e não comprar as pessoas para darem falso testemunho.

-Eu não comprei ninguém! Somente conversei com a testemunha e ele resolveu ficar do lado da defesa senhor James. Não vejo o que pode estar errado nisto, e além do mais é o meu trabalho.

-É mesmo? E o que usou para que ele fosse para o seu lado? Prometeu um acordo? Já que ele está em condicional? Prometeu não contar ao agente de condicional dele que o mesmo continua fazendo o uso de entorpecentes?

O advogado fechou ainda mais sua expressão para o promotor. Mas James não parecia tão disposto a parar.

-Confessou com todas as letras o uso de drogas e as ameaças que recebeu do seu cliente.

-Eu disse basta!

Enfim eles fecham a boca.

-Vou permitir que tenha sua testemunha Dr. Harris. Digo impaciente.

James me olha feio e eu o ignoro.

-Que isto não volte a se repetir, estamos lidando com o destino de pessoas. Pessoas que merecem justiça. Estou permitindo a testemunha, mas não quer dizer que não olharei mais atento ao seu caso. Espero que tenha sido uma boa jogada.

Dr. Harris acena concordando, mas seu rosto está tenso.

-Obrigado meritíssimo.

Aceno para ele e indico que já pode sair.

Quando a porta se fecha, volto meu olhar para o promotor. Parece perdido em pensamentos, talvez buscando uma nova estratégia. Reviro os olhos com impaciência.

-James?

-Sim.

-Nunca confie em um viciado.

Ele me encara por um momento e depois sorrir mostrando que entendeu minha dica.

-Claro!

Indico que ele deveria sair para retornamos com o julgamento. Ele sai primeiro e depois eu o sigo.

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