— Sim. Ele parecia um pouco como o... — ele levanta as mãos do volante novamente para fazer chifres do diabo sobre sua cabeça com os dedos. — ...Louis sombrio. Mal-humorado como o inferno. Mas ele disse que viria, então isso é bom, certo?

Harry agita as mãos, abrindo e fechando-as em seu colo. Mal-humorado como o inferno. Houve um tempo em sua vida em que ele sabia qual seria o humor de Louis pela maneira como ele dormia. Se ele acordasse com Louis curvado em torno dele como uma meia lua, ele sabia que seria um bom dia. Esparramado no meio da cama significava perigo. Significava ficar em mares calmos. Ele mordisca seu lábio inferior e se pergunta como Louis dorme agora, se ele acordou sozinho esta manhã ou envolvido em torno de alguém. Se ele fez um único copo solitário de chá ou o suficiente para dois. Egoisticamente Harry espera que fosse a primeira opção, mas ele conhece Louis, ou sabia que Louis nunca gostou da vida solitária. Sempre a vida de festas, sempre alguém pronto e disposto pendurado em seu braço.

Essa pessoa costumava ser Harry, quase que exclusivamente.

Ed descansa a mão em sua coxa tranquilizador.

— Estamos quase lá. — diz ele, apertando. — Basta dizer a palavra e eu me transformo, ok? Vou pegar algumas cervejas em uma unidade local e falar um monte de merda sobre ele. Que maldito idiota! Canalha do inferno!

— Oh, para com isso. — Harry murmura. — Mesmo quando você está fingindo odiar alguém, você ainda soa loucamente apaixonada por eles.

— Bem. — Ed diz, finalmente, atirando o cigarro metade fumado para fora da janela. — Eu sou romântico.

Eles chegam no estacionamento do estúdio de Louis e Harry ama-o imediatamente. É exatamente o tipo de lugar que Louis sempre tinha falado. É uma rua principal e velha, toda com tijolos vermelhos do lado de fora. Ele sai, esticando as pernas, antes de ir olhar na janela da frente. Parece ser quase toda renovada, mas ainda mantém o charme de um edifício antigo. Ele vê alguns discos de ouro que revestem a parede oposta, e isso o faz sorrir até que ele ouve pneus sobre o cascalho ou seja, alguém acaba de chegar.

x

Louis pensa em primeiro lugar que ele vai ficar doente.

Harry está olhando para seu estúdio. Harry está em Londres. Ed está radiante e acenando para ele como um lunático e Harry está de costas e não se virou e Louis não consegue respirar.

Ele considera colocar o carro em sentido inverso e voltar para casa, para seu apartamento vazio e sua cama vazia e rastejar sob as cobertas até que Harry deixe o continente. Ele não tem ideia de quanto tempo vai demorar, mas ele está disposto a esperar.

Ed continua acenando, mas seu sorriso vacila um pouco, e Louis respira fundo antes de sair de seu carro. Harry se endireita ao som da porta batendo, a coluna ficando reta, antes de se virar para enfrentar Louis.

Deus, os anos têm sido bons para Harry Styles. Seu cabelo está longo, caindo sobre os ombros em cachos soltos. Ele parece mais alto de alguma forma, e mais amplo. Ele está vestindo uma camisa branca simples e jeans pretos, mais apertado do que nunca. Louis quer rir, mas ele está com medo que saia como um grito.

Harry abre a boca e depois fecha. Louis apenas o encara.

—Louis! — Ed finalmente diz, olhando entre eles. — Obrigado por nos encontrar, companheiro! Já tem um bom tempo.

Louis balança a cabeça, ou pelo menos parece que sua cabeça está se movendo, e, em seguida, arrasta a mão pelo cabelo.

— É bom ver você, Ed. — ele finalmente diz, sem tirar os olhos de Harry. Ele está olhando para Louis como se ele fosse o sol, e isso faz sua pele parecer muito apertada sobre seus ossos. Harry sempre teve uma maneira de olhar para ele como se ele fosse o centro de todas as coisas em movimento, como se ele tivesse um puxão que Louis simplesmente não podia ver a si mesmo. Ele dá um passo para frente assim como Harry, suas mãos estendidas.

our shoulders, necks (used to fit so well together)Where stories live. Discover now