Capítulo 1: Sistema Solar

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O Sol se concentra. O Caos se refaz, constituindo-se naquela mesma forma global.

"Agora, trilhador do meu caminho, emane seus raios com fervorosa vontade. Exclame meu amor ao universo."

Por sua vez, o gigante dourado brilha radiando a toda nova galáxia seu amor por Uno.

– Não! – Grita desesperado o Caos, dissolvendo-se dali.

A mesma voz que adentrou os pensamentos do Sol, fala agora para toda a galáxia:

"Provou ser digno de mim, o respeito

Deixo a ti esse novo Sistema perfeito

Lidere com sabedoria, faça bom proveito

Só não se esqueça de mim e de seu novo feito

A ti deixo instaurada a minha vontade

Estampe em tua face somente a bondade

Não deixe as trevas te consumirem com deslealdade

Pois é deles, dos maus, que devemos ter pura piedade."

Um silêncio tomou conta dali novamente.

Agora o Sol é o líder do Sistema que irá se criar em sua volta. Acompanhou o nascimento de seus irmãos, denominados estrelas. Tinham elas como objetivo iluminar a galáxia, mantendo, assim, o Caos longe dela.

Então um novo núcleo parecia se formar. O Sol virou-se para acompanhar o processo de perto e já decidiu que iria chamar a todos de Planeta. Depois deste nome, os batizaria da forma que achasse necessário.

Solidez define esse núcleo. Localiza-se à frente do globo dourado, realmente muito perto. Possui planícies lisas e crateras de impacto. É muito pequeno. Névoas o rodeiam, o Caos estava tentando possuí-lo. O Sol fitou aquilo com raiva e incandesceu seus poderosos raios em direção das trevas. Estas tentam revidar, mas logo são sugadas pela luz. O novo planeta está salvo. Uma espécie de barreira arroxeada tornou a desenhar-se em volta deste. O líder sabia que era Nous o acolhendo.

– Chamá-lo-ei de Planeta Mercúrio – afirmou o grande globo flamejante.

Logo emergiram de Mercúrio duas aparentes forças, que de tempos em tempos rodeavam o núcleo e algumas estrelas ali perto. Patrulhando e servindo.

Então tudo foi acontecendo muito rápido.

Um grande portal negro se forma não tão longe dali. Possui aspecto gasoso e não traz nenhuma névoa junto. Toma forma de uma enorme massa redonda e surgem de dentro dele, através de uma mistura de gelo, poeiras e material rochoso, anéis em sua volta. O Sol sentira uma grande quantidade de Nous vindo dali, concluiu então que aquilo que se formara era um Planeta e resolveu chamá-lo de Saturno. Um guardião sucumbiu perante o núcleo. Ele trabalhava muito para mantê-lo em movimento.

Não tão depois, próximo de Saturno, duas faixas de gases, as quais foram expelidas pelo planeta e logo combinadas com energias em constante movimento, tomaram forma arredondada e trouxeram pouco Nous consigo. Névoas as acompanhavam. O Caos olhou com raiva para o Sol, que, por sua vez, brilhou ofuscando uma luminosidade que apagara de vez o grande vilão, dando forma, assim, a dois novos núcleos. Um aparenta apenas uma grande mancha vermelha, é maior e mais próximo do Sol do que o gigante dos anéis. O líder o chamou de Júpiter. Brotou dali uma nova força que tinha como objetivo central fazer o Sol sorrir.

Já o outro se localiza atrás de Saturno e é enorme. Possui uma densidade mais massiva do que os outros, gasoso, envolto de água e gelo, e apresenta, dentro de si, um complexo sistema de anéis. O Sol, por sua vez, escolheu o nome Urano para este. Logo viu também uma nova força emanar dali. Achava-a muito linda.

Origem do Além - EvezelOnde histórias criam vida. Descubra agora