- O que tá olhando, mulher? - Me encara, com olhos vermelhos. Instantaneamente me encolho no sofá. - Levanta seu traseiro daí, vai para o quarto agora, vou viajar amanhã. Você já sabe o que tem que fazer. - Deixou um estúpido sorriso malicioso escapar por seus lábios.
- Mas, Zy, você voltou de viagem há uma semana. - Comento. Não que eu me importasse de qualquer forma, mas também não quer dizer que eu não me preocupo. Afinal se ele está assim, é pela sobrecarga.
- Cala a boca! - Gritou avançando em cima de mim. Fechei meus olhos ao sentir suas mãos em meu pescoço, me levantarem do chão. - Eu. Mandei. Você. Ir. Para. O. Quarto. - Repetiu, pausadamente. - Agora, Lauren! - Soltou-me, após deixar um tapa em meu rosto.
Subi as escadas já chorando. Eu já não aguentava mais isso.
Creio que tenham ideia do que aconteceu quando ele subiu. Assim que o mesmo dormiu, corri para o banheiro, me sentia suja, estúpida, pequena, frágil. Eu odiava me sentir assim. Encarei meu reflexo no espelho, suspirando ao ver marcas roxas espalhadas pelo mesmo, sem conter o choro desesperado, lembrei-me de minha família. Minha mãe, meu pai. Ah, Papa J, como eu sentia saudades, ele não era um mero pai, ele era meu herói. Meus irmãos, Chris e Taylor. Como eles devem estar? O Chris deve estar um galante, lindo como sempre. E a TayTay, minha menininha, deve estar linda, uma moça. Será que ela já namora? Espero que não, ela é minha irmãzinha. As vezes sou super protetora... Acabei deixando um sorriso escapar ao pensar. Tomei um banho demorado e deitei no quarto de hóspedes, não aguentaria dormir na mesma cama que aquele homem.
No dia seguinte, acordei e não encontrei ninguém em casa, como sempre. Respirei aliviada, durante dois meses. Sim, dois meses o Zayn passou longe de casa, arrumei um emprego para poder me sustentar. Eu já estava pensando que ele havia desistido de voltar para casa, mas pelo visto eu estava completamente enganada.
Terminava de preparar o jantar, para quando voltasse do trabalho, até que o barulho da maçaneta se fez presente. E Zayn, visivelmente bêbado, entra. Apresso minhas ações e pego minha bolsa e chave, para sair logo. Mas assim que passo pela sala sinto duas mãos envolverem meu corpo.
- Onde pensa que vai, querida? - Seu hálito gritava álcool. Senti meu corpo tensionar.
- Para o meu trabalho, Zayn. - Respondo, tentando, inutilmente me soltar de seu aperto.
- Trabalho? Você arranjou um trabalho, Lauren? - Largou-me, exasperado.
Assenti lentamente, me afastando do mesmo.
- Mulher minha não trabalha. - Seus olhos transbordavam fúria.
- Eu trabalho, e não vou sair do meu trabalho, para satisfazer suas vontades. - Retruco, ousada. Me surpreendo com minha fala, e mais ainda quando sinto uma forte dor em minha mandíbula.
- Ah, você vai. Você vai sim, Jauregui. - Explodiu, passando as mãos pelo cabelo.
Me sento no chão ainda perplexa e sem acreditar no que havia acabado de acontecer. Levo minha mão a meu lábio inferior, quando percebo o gosto de ferro em minha boca.
- Desde quando se tornou tão ousada? - Puxa-me pelos cabelos até uma parede próxima. - Não posso te deixar dois meses sozinha que você abre as asas! - Soltou um riso sarcástico. - Mas deixa eu te lembrar quem é que manda aqui. - Deferiu outros socos em meu rosto. - Vamos nos divertir primeiro. - Levou-me para o quarto, me jogando na cama e já começando a se despir.
- Zayn... Zayn, por favor. Por favor, não faz isso. Pelo amor de Deus, para. - Eu implorava, minha voz trêmula e lágrimas escorriam por todo o meu rosto.
Eu estava com medo, estava apavorada. Eu não queria aquilo, não queria. Por Deus, ele não podia fazer isso.
O mesmo subiu em cima de mim. E por graça divina, eu consegui acertar um golpe no meio de suas pernas. Ele caiu, com expressões de dor. Levantei apressada e desci as escadas correndo. Quando cheguei ao andar de baixo, não conseguia achar minha chave. Estava entrando em pânico, quando avisto-a perto da mesa de centro. Vou até lá, porém antes de alcançá-la, me sinto ser jogada para trás. Gemi com o baque de minhas costas e cabeça contra o chão. Novamente sou golpeada, dessa vez por chutes em minhas pernas. Tento de todas as formas me levantar e quando consigo vejo que não foi uma boa ideia. O homem volta a me socar, até que caio sobre a mesa de centro. Ouço um zunido e apago.
-----------------------------------------------------------Então, como eu disse é isso. Perdão qualquer coisa, e deixem sua opinião.
Só para reforçar, eu estou postando essa fic de minha autoria, e de autoria de minha amiga, aqui, e ela pelo Social Spirit, se quiserem vão lá conferir. O user dela é: ImCamrenLovato.
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||When Two Paths If Intersect.||[>Camren, Jerrie<]||
RandomQuando dois caminhos se cruzam... Vidas interligadas de forma intrigante. O que fazer quando tudo no qual você acredita e vive vai por água a baixo? O que fazer quando você se vê sem nada, com sua esperança acabada e sonhos destruídos? E sabendo que...
Where it all began.
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